Nas ruas, transportes em ação
Bancos infectados, cercados da humilhação
Cabisbaixo, com voz
mascarada, cantando a disparada
Olhando triste pro chão.
O que será dos pobres/velhos,
Das cidades e do sertão?
Que o silêncio a caminho
é sem volta, revolta, sem rumo
E na contramão.
Mas escutamos os passos largos da histórica procissão
Sem fé, sem santo sem comunhão.
Não tem como olhar pro céu, embaçado pelo véu
Dos facínoras, hipócritas,
palacianos cristãos
Sem oráculo, sem
mística e sem perdão.
A tragédia dos famélicos, uma faisca na combustão.
Impõem-nos o matadouro,
Do tempo presente e vindouro,
Na cantiga
triste do não.
Não ao emprego, não a vida.
Não ao choro de despedida.
Na vala comum carcomida
O corpo vira torrão
Para adubar as
sementes
Da negação da negação.
Lá vem chegando a procissão
Cabeças erguidas e unidas.
Com voz limpa e
destemida,
Com ou sem deuses por perto
De quem já marchou no
deserto,
Sem a terra prometida.
Agora sou procissão
Não olho mais só pra terra.
Não me importo se com guerra.
As sementes com mentes
são
A partilha permanente da nova recriação.
Aldo Santos – Militante das lutas Sociais e do Psol
É triste....mas a luta continua!
ResponderExcluirAssim do jeito que estamos!! Resta pensar...
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