segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Não chegarei a terra prometida?


Ouço o pisado da marcha dos famélicos  seguindo e seguida, sentida e incontida.
Não alcançarei a terra que corre lei e mel, trigo, soja, arroz, milho, feijão e todos os alimentos  saudáveis partilhado,  desenvenenados.
Mas ela é o farol da noite amanhecida.
Não desista nem se preocupe que darei a minha contribuição em vida ou não, resistindo e organizando, ou  regando e adubando a terra para fomentar a sementeira na Pátria viva da vida.
Afinal, era a terra, a riqueza e os bens produzidos  que querias  ver dividida.
Será uma pátria grande e para todos, de bom tamanho,
Todos viventes  irmanados, em plena vida, liberdade, partilha, emprego, equidade e o farto pão nosso de cada dia.
Construiremos ombro a ombro num ritual de eterna saudação a quem tem coragem!

ENFRENTESEMPRE!

ALDO SANTOS. PROFESSOR DE FILOSOFIA E MILITANTE DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E DO PSOL.

TOCANDO NA FERIDA: MARX E NIETZSCHE

 TOCANDO NA FERIDA: MARX E NIETZSCHE: ponto em comum⁉️

Há profundas diferenças entre Marx e Nietzsche no que se refere às questões da injustiça social e de como superá-las. Mas para ambos está claro que a religião pode alienar, pode tornar os homens escravos e fracos, pode nos nivelar por baixo e nos fazer viver (sobreviver) no consolo de um "reino" que não é deste mundo! 

Muito da solidariedade e caridade cristãs e outras, caso sejam mero assistencialismo, mais escraviza os necessitados do que liberta! Eles acabam aceitando e se acostumando à miséria a que são submetidos pelo sistema injusto e explorador. 

 O caridoso solidário acaba amenizando a dor das feridas, mas não resolve suas causas ou quem as provoca. Assim também os "bolsa-família" ou renda-Brasil"...e a religião, como ideologia e negócio de padres e pastores inescrupulosos, é usada para iludir, enganar e ser o consolo dos sofredores, necessitados, excluídos,  converte-se em fuga da luta pela vida no sentido de mudar as situações que provocam as injustiças!

 O assistencialismo e o paternalismo reproduzem a escravidão! Miseráveis não fazem revoluções! 

São Paulo,  30/08/2020 

 Prof. Chico Gretter - Filósofo, mestre em Filosofia e História da Educação

sábado, 29 de agosto de 2020

Psol terá uma chapa coletiva majoritária em São Bernardo do Campo.

NOTA DO DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, SOBRE AS ELEIÇÕES 2020. 




Em reunião do diretório municipal do partido Socialismo e Liberdade de São Bernardo do Campo, realizada nesta sexta feira dia 28/08/2020, as 19 horas, com a presença da totalidade dos seus membros, após ampla discussão, foram aprovadas as seguintes resoluções sobre os encaminhamentos para as eleições municipais a se realizarem no dia 15 de novembro próximo:
1 – A Convenção será realizada no dia 05/09/2020 (sábado), às 16 horas, virtualmente, com objetivo de homologar a chapa de candidatos aos cargos proporcionais e majoritários (Prefeitas/Prefeitos e Vice – Prefeita/Vice - Prefeito),cujo formato e composição foi definido por esta reunião do Diretório;
2 - Teremos uma chapa coletiva majoritária composta de até 7 (sete) membros, além do companheiro ALDO SANTOS que foi aprovado como Co - candidato por unanimidade;
3 – A maioria dos presentes aprovou que para fins de registro cartorial e formalização da Chapa majoritária, foram aprovados as pre-candidaturas  da Professora Maria de Lourdes de Souza, professora e advogada para Co - candidata a Prefeita e Sonia Maria de Almeida Professora e militante da sindical como nome para formalizar a Co – candidatura a Vice – Prefeita/Vice – Prefeito.
Esta composição será concluída até a próxima reunião da executiva para  composição da chapa majoritária.
Foi informado que estamos construindo e que teremos uma significativa bancada de pré-candidatos/as a vereadores/as para representar o partido na cidade.

Diretório do Partido de São Bernardo do Campo.
28/08/2020

Aldo Santos
Presidente

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Estive internado no Hospital do Servidor.

EM DEFESA DOS SERVIÇOS E SERVIDORES PÚBLICOS: Estive internado no HSPE, desde quinta-feira,  vitimado por uma trombose. Pago o IAMSP há mais de 30 anos e estou sendo bem atendido, mesmo com falhas...Todavia, muitos professores/as já não têm mais esse benefício  graças às subcategorias criadas no governo José Serra: subcategorias O, F, etc. 
Um escárnio.Aqui no Hospital do Servidor sinto no ar e nos comentários dos funcionários, enfermeiros e médicos o cheiro das terceirizações e a ameaça da privatização que vem sendo imposta pelo tucanato há décadas e que agora se agrava com o governo ultraliberal de João Dória. 
 O Estado entrega nosso patrimônio, adquirido com a contribuição dos funcionários públicos há muitos anos. Alegam déficit para privatizar a saúde, a educação, a Previdência e a segurança. 

Nem a pandemia consegue mudar a lógica perversa do lucro acima de tudo (embora falem de Deus...), pois a cabeça desses governantes e de seus comparsas no empresariado, no judiciário e na grande mídia é corroída pela pretensa lógica do capitalismo neoliberal do Estado mínimo. Eles só veem um cifrão à sua frente, eles só conseguem ver números, estatísticas, um falso progresso que concentra renda e exclui a maioria da população dos benefícios das riquezas produzidas.  Mas quem produz as riquezas? São os trabalhadores! Ou não? Todavia, nos tratam como gado, como mais uma mercadoria e, com apoio de uma grande mídia neoliberalóide e massacrante, enganam a muitos e os tornam realmente gado em direção ao matadouro. Precisamos urgentemente reagir a essa sanha privatista irracional de João Dória & Guedes/Bolsonaro que adoram o bezerro de ouro do "deus-mercado". 
Os serviços públicos e os servidores não são privilegiados como repetem todos os dias, como Paulo Guedes não se cansa de dizer em cima de seus cascos de energúmeno ultraliberalóide. Que moral tem o senhor Paulo Guedes para atacar os/as servidores/as? O funcionalismo público e os trabalhadores em geral exigem respeito! Tirem a mão do que é nosso, abutres do capitalismo necrófilo! Em defesa dos serviços públicos e dos servidores/as, em defesa do IAMSPE, em defesa da Vida! Vamos à luta! 

São Paulo,  24/08/2020 - 

Prof. Chico Gretter - Filósofo - Diretor da APROFFESP

sábado, 22 de agosto de 2020

ÁGORA DA MATRIX



Toda terça feira por volta das 19 horas, centenas de jovens das mais variadas regiões empobrecidas da cidade se encontram na praça da matriz em São Bernardo do Campo. Um espaço de liberdade e empoderamento do espaço físico urbano, embora, frequentemente reprimidos pelos agentes da repressão institucional. Rola todo tipo de troca e cultura das mais variadas camadas sociais e faixa etária cidade e região. É nesse contexto que procuro denominar de Ágora da Matriz. O conceito de ágora vem do mundo grego "ágora (ἀγορά; "assembleia", "lugar de reunião", derivada de ἀγείρω,"reunir") é um termo grego que significa a reunião de qualquer natureza, geralmente empregada por Homero como uma reunião geral de pessoas”.( https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gora)
Nas Ágoras Gregas também existiam as mais variadas trocas culturais, comerciais e profundas reflexões filosóficas, ainda pressentes nos dias atuais. A diferença é que naquele momento as praças públicas eram ocupadas pela Aristocracia Grega, sustentada pela imposição escravagista, e hoje, a garotada periférica, pobre, negra e excluída exigem o direito a cidade, tomando livremente a Ágora da Matriz para filosofarem nas batalhas culturais, como expressão da repulsa opressora do cotidiano capitalista. Todos tem o direito à cidade e o poder público e religioso deveria expressar um sentimento acolhedor e protagonista de uma juventude que desafia os opressores, lutando pelo direito aos bens culturais produzidos, material e imaterialmente. Destacamos ainda a inovadora prática de distribuição e socialização de livros a juventude que tem sede e fome de conhecimento alternativo. Essa troca é fundamental no processo de formação e interação cultural de todos e todas. É preciso resistir, pois se na Grécia Antiga o filósofo Sócrates foi morto pela defesa de seu método de respeito aos escravos, as mulheres e a juventude, nos dias atuais a juventude constrói seu mundo de liberdade, igualdade ao arrepio das leis ditadas pelos históricos opressores da classe. Todos e todas a Ágora e a Batalha da Matrix!!!

São Bernardo do Campo, 29/09/2015.
Aldo Santos- Ex-vereador em SBC, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Brasil e da Executiva da Intersindical-Central da Classe Trabalhadora.

De: Neusa Maria Pereira Borges
Enviada em: quinta-feira, 1 de outubro de 2015 14:57
Para: Aldo Santos
Assunto: Re: Todos a Ágora da Batalha da Matrix !!!

Caro Aldo,
Amei o seu texto e, ao término da leitura, fiquei pensando o quanto seria legal se ele fosse publicado no blog O Lugar Escrito. Trata-se de um blog criado a partir das nossas reflexões nos encontros do Fórum Permanente de Debates Culturais do ABC, que acontecessem mensalmente nas dependências da Livraria Alpharrábio, em Santo André.
Tempos atrás, debatemos sobre os encontros semanais da Praça da Matriz, os quais, aliás, considero o que há de mais interessante que a nossa juventude da cidade vem realizando.
Abaixo, segue o link do nosso blog. Somos um grupo que se reveza em escrever artigos e comentários sobre os mais diversos temas voltados ao universo da cultura, mas gostamos de postar assuntos interessantes escritos por quem não é membro do fórum.
Se você concordar com a postagem, favor me dar o ok, que eu o envio a Dalila, a coordenadora do fórum.

Grata.Bj
Neusa Borges agente cultural Seção de Patrimônio de SBC

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

A luta pela vida é permanente!

Para maiores esclarecimentos acerca deste problema relacionado à crise das pandemias e à saúde pública, passamos a descrição etimológica sobre essas manifestações no cenário local, nacional e mundial. A tipificação é muito importante para fins didáticos e assertivas acadêmica e populacional.
O SURTO de uma enfermidade é considerado a partir de certo aumento de casos de doenças em uma determinada região, como por exemplo, a dengue.
A EPIDEMIA se caracteriza quando um surto aparece em várias regiões de uma cidade, ou de um estado. Exemplo, a dengue teve destaque em 20 cidades.
A PANDEMIA é quando aparece em várias regiões do planeta, como a gripe suína, a AIDS, Coronavírus19, dente outras.
A ENDEMIA significa um acometimento típico de uma região, podendo ser sazonais, como a febre amarela.
Na história, vamos ter vários registros de grandes manifestações infecciosas e seu estudo significa importantes caminhos para a compreensão da realidade atual.
Como exemplo, podemos reproduzir historicamente aqui várias manifestações efetivas de doenças que acometeram a humanidade, destroçando vidas e colocando a economia em frangalhos.
A Febre Tifoide, em 430 d.C., no Egito, foi devastadora, matando grande parte das tropas atenienses e cerca de um quarto da população, durante a guerra do Peloponeso.
Ocorreram ainda: “Peste Antonina (165–180) - possivelmente causada pela varíola trazida próximo ao Leste; matou um quarto dos infectados. Cinco milhões no total”.
Peste de Cipriano (250–271) - possivelmente causada por varíola ou sarampo, iniciou-se nas províncias orientais e espalhou-se pelo Império Romano inteiro. Segundo relatado, em seu auge, chegou a matar 5 000 pessoas, por dia, em Roma.
Peste de Justiniano (541-x). A primeira contaminação registrada de Peste Bubônica. Começou no Egito e chegou à Constantinopla na primavera seguinte, enquanto matava (de acordo com o cronista bizantino, Procópio de Cesareia) 10 000 pessoas por dia, atingindo 40% dos habitantes da cidade. Foi eliminada até um quarto da população do oriente médio.
Peste Negra (1300) - oitocentos anos depois do último aparecimento, a peste bubônica tinha voltado à Europa. Começando a contaminação na Ásia, a doença chegou à Europa mediterrânea e ocidental em 1348 (possivelmente de comerciantes fugindo de italianos lutando na Crimeia), e matou vinte milhões de europeus em seis anos, um quarto da população total e até metade nas áreas urbanas mais afetadas.” ( https://pt.wikipedia.org/wiki/Pandemia)
Principais pandemias
Em 1850 na Ásia, o vírus da gripe se espalhou pela Europa, África, América da Norte, Reino Unido, eliminando cerca de 10% da população infectada pelo vírus. Veio atacar novamente em 1732, matando em torno de 500 mil pessoas.
Outras pandemias acorreram na China, em 1781, infectando cerca de 25% da população.
Em 1889, a Gripe Russa ataca a Europa e chega até o Rio de janeiro.
Em 1918, aparece a Gripe Espanhola, se espalhando por todo planeta, contaminado cerca de 50% da população mundial, matando cerca de 40 milhões de pessoas.
A Gripe Asiática surgiu na china em 1957 e, em torno de 10 meses, atingiu praticamente o mundo todo.
Em 1968, a Gripe de Hon Kong infectou em torno de 500 mil pessoas, vindo a se espalhar por grande parte do mundo.
 Em 2019, na cidade de Wuhan, na China, o coronavírus se espalhou pelo mundo e estamos em plena pandemia, com um vírus letal deixando um rastro de milhares de mortos e possíveis sequelas comprometedoras.
“Além da gripe, outras doenças originaram grandes pandemias como a Cólera, que acarretou em oito grandes pandemias que tomaram o mundo inteiro.
Teve início na Índia, em 1816, onde se alastrou para China e chegaram à República do Azerbaijão, Cazaquistão, Turcomenistão e Rússia, através do Mar Cáspio.
De início na Europa, a Cólera infectou os Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, em 1832.
Afetou gravemente a Rússia, a partir de 1852, causando mais de um milhão de óbitos.
Alastrou-se, rapidamente, entre a população Europeia e Africana entre 1863 e 1875.
Grande contaminação da América do Norte no ano de 1866.
Infectou principalmente a Alemanha, causando mais de 8 mil mortes no país em 1892.
Atingiu a Rússia em 1899, mas com o avanço da Saúde pública, a Europa foi pouco afetada.
Iniciou-se na Indonésia em 1961 se alastrou para Bangladesh, Índia, e chegou à União Soviética em 1966.
No século XVIII, na baixa idade média, por falta de saneamento, a Peste Negra assolou a Europa, dizimando entre um terço (25 milhões) a metade da população (75 milhões).
Em decorrência da colonização, doenças novas foram introduzidas em certas áreas, onde evoluíram para grandes pandemias como a da Varíola e o Sarampo, que ocorreu entre 1500 a 1530, no México e Peru, causando mais de 2 milhões de mortes.
Atualmente, o vírus HIV causa uma grande pandemia global de AIDS, desde seu descobrimento em 1982, o vírus já infectou mais de 60 milhões de pessoas, resultando em 20 milhões de óbitos. Hoje, mais de 34 milhões de pessoas estão infectadas. Outras doenças como o Ebola, Zika, Dengue e Chikungunya estão sendo estudadas profundamente pela comunidade científica, pela facilidade de contaminação mundial, podendo resultar em grandes pandemias. (https://www.infoescola.com/doencas/principais-pandemias/)

Além das pandemias acima citadas, temos outras tragédias que devastaram parte significativa da humanidade e ainda hoje acometem milhares de pessoas pelo mundo.
A Tuberculose é uma delas com uma grande duração, e ainda faz vítimas pelo mundo afora, embora tenha cura, mas, no período de 1850 a 1950, acredita-se que tenha matado mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo.
Foi graças a descoberta da penicilina por Alexander Fleming, em 1928, que o bacilo de Koch passou a ser tratado.
Outra grande tragédia sanitária foi a Lepra, com a construção de grandes leprosários, o confinamento dessas pessoas que eram esquecidos pelos parentes, uma vez que a tuberculose e a lepra eram muito estigmatizadas pela sociedade. Mesmo trocando o nome de lepra para hanseníase, com a descoberta de medicamentos, hoje os pacientes vivem no meio social, porém ainda vítimas do ataque dessas bactérias.
A Gripe Suína (H1N1), que hoje já dispõe de vacina, ainda é muito presente pelo seu vírus influenza.
Também registro neste levantamento de dados a epidemia de Meningite. Faço este registro por conta dos acontecimentos e da ingerência política da ditadura militar que tentava esconder os dados para evitar desgastes político, pois a mesma teve esta marcada aberta da ação dos militares no poder.
Conheci de perto esta epidemia, pois, por necessidade de trabalho, iniciei na enfermagem em 1974, com a publicação no Estado da lei 500/74, um grande contingente de funcionários foi contratado para trabalhar nessa crise sanitária. Como atendente de enfermagem e depois como auxiliar de enfermagem, vivi de perto as amarguras dos seres humanos que morriam rapidamente, uma vez contaminados. Com o surgimento de medicação e vacina o quadro foi controlado, embora ainda ocorram casos isolados.
A relação das pandemias, e em particular a que estamos vivenciando, com a epidemia de meningite existe alguma semelhança, uma vez que os casos, mesmo com uma vasta rede social existente hoje, estima–se que os dados estão subnotificados. Foi preciso que os órgãos da imprensa criassem seu próprio canal de aferimento dos casos infectados e de mortes para a devida transparência dos acontecimentos. Já que o governo colocou no ministério da saúde um ministro estranho à área e cargos de mando militar e tentou manipular os dados para distorcer os números, a partir dos posicionamentos negacionistas da gravidade e letalidade, levando à matança generalizada em massa que significou e significa os mais de  100 mil mortos no Brasil pelo COVID 19.
Na década de 70, presenciamos este momento histórico e de segregação dos dados da meningite e, sem coincidência, estes fatos tentam se repetir, uma vez que com a tragédia existente, sequer temos um ministro da saúde e sim um militar despreparado, interinamente respondendo pelo ministério, desgaste este que vem recaindo inclusive ao conjunto das forças armadas que, em grande número, estão lotados na máquina administrativa federal.
É relevante, neste como em outros momentos, a existência do sistema Único de Saúde, que de forma capilarizada e mesmo com boicote dos órgãos governamentais ainda socorre a grande maioria da população brasileira que não tem emprego e sequer um plano de saúde.
Isso posto, estamos diante de governantes genocidas, que levarão a uma hecatombe e uma “faxina sanitária” de milhares de idosos/as, negros, indígenas, prisioneiros de um sistema falido, moradores de rua e, assim como em outras grandes pandemias e epidemias, como a tuberculose e meningite, a periferia e a pobreza são empurrados ao matadouro do capital.
Dentro do capitalismo não há esperança nem saída para a classe trabalhadora.

Resistir e revolucionar é preciso!

Aldo Santo -Militante do movimento sindical, popular e do Psol.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Obrigado pelas centenas de mensagens de feliz aniversário!

Meu profundo agradecimento pelas centenas de mensagens de felicitações de aniversário. Reflexões profundas que calam fundo dentro da gente, e eterna gratidão pelos elogios e deferimentos à nossa ação e luta.
Eu nasci no dia 03 de agosto de 1953, mas segundo minha mãe, meu nascimento foi em 1955. Bondade materna. Todavia, meu professor de Francês disse que o que vale é a palavra da mãe. 

Naquela época não tinha cartório por perto e quando nascia um filho/a, a mãe colocava uma pétala de rosa no breviário, até o registro definitivo, para não esquecer o dia em que o filho/a nascera.

Segundo minha mãe, eu nasci fora do tempo, foram três dias num sofrível trabalho de parto à espera da parteira. Minha amada mãe contava ainda, que ao nascer já estava roxo.

Com 4 meses de idade a família migrou para São Paulo num pau de arara, fugindo das dificuldades, da seca e do sofrimento. Foram 18 dias de viagem num caminhão coberto com uma lona, junto à dezenas de famílias que revezavam-se para descansar numa rede, dia e noite, com sonhos distantes, mas determinados a fugir da miséria em busca de um mundo melhor.

 A mãe, o Pai e quatro crianças pequenas testemunharam essa tragédia que é a pobreza  e a migração humana.

 Nasci no sítio Pau Ferrado em Brejo Santo, Estado do Ceará.

Essa geração de migrantes, identificam-se com o hino dos nordestinos, cuja letra é de autoria do competente Patativa do Assaré e cantada com o coração, pelo rei do baião, Luiz Gonzaga.


Procure escutar e meditar sobre esta música: a triste partida - toda vez que a escuto choro revivendo a dor dos nossos conterrâneos e familiares, sinto e fico como descreve o poeta:

“A dor da gente é dor de menino acanhado,
Menino-bezerro pisado no curral do mundo a penar, que salta aos olhos igual a um gemido calado, a sombra do mal-assombrado é a dor de nem poder chorar,
a dor da gente é dor de menino acanhado,
Menino-bezerro pisado no curral do mundo a penar, que salta aos olhos igual a um gemido calado a sombra do mal-assombrado é a dor de nem poder chorar,
Moinho de homens que nem girimuns amassados
Mansos meninos domados, massa de medos iguais
Amassando a massa a mão que amassa a comida
Esculpe, modela e castiga a massa dos homens normais”.
(Compositores: Antonio Jorge Portugal / Raimundo Sodré)


A dor do abandono, da fome, da humilhação, da escravidão, da discriminação, da pobreza, do desprezo e da opressão de classe, como na caixa de pandora, males lançados ao mundo e sem encontrar sequer a esperança contida na mesma, como descreve a mitologia.


Esse sentimento e dor que levou e leva o pobre a romper com seu eixo existencial, carregamos pra sempre, de geração em geração.


Fico a pensar como tenho vivido bastante, pois o que não faltaram foram as pedras no caminho, e hoje, não ter como abraçar os filhos, netas e amigos/as, é tão doído como os que nunca mais abraçarão seus entes queridos, vitimados pela fatídica pandemia.

De qualquer forma, obrigado pelas mensagens nesses tempos de profunda e necessária reflexão.
Aldo Santos-com muito orgulho das minhas amizades, minha família e da nossa ancestralidade, que será carregada pelos que são e virão nesta longa jornada da vida.