sábado, 30 de junho de 2018

Organização da Célula do PCB na Região do Grande ABC

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Importante evento realizado no Plenarinho da Câmara Municipal de Santo André.
No vídeo apresentado no inicio do evento, as palavras em destaque foram: Sonhos, Sementes, Lutas e memórias.
Fui convidado pela Amanda para fazer uma saudação em nome do Psol de SBCampo, e além da observação acima, acrescentei na minha fala outra palavra nucleadora que é a unidade dos lutadores diante de uma conjuntura devastadora para nossa classe.

Falei da minha admiração da luta e da memória dos lutadores que alimentam sonhos, semeiam esperanças e fiz referência ao companheiro Mauro Iasi, que o conheço de várias batalhas pela vida.
Fiz referencia também a um grande comunista que é o companheiro Wagner Lino, com quem o Mauro socializou importantes contribuições teóricas ao longo de sua caminhada na militância institucional.
Destaquei ainda que o protagonismo e triunfo da nossa classe será inevitável e que todos marchamos para uma sociedade comunista.

Santo André, 30 de Junho de 2018.

Aldo Santos para o abcdaluta

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST ABC

Redação junho 23, 2018
MTST ABC – É a organização regional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto na Região do ABC.
 O que é MTST ABC?
Como vimos na matéria, “O que é MTST?”, o movimento conta com diversas formas de organização. Uma das formas de Organização é a regional e é sobre a Regional MTST – ABC que trataremos hoje.
O MTST começou a se organizar a 20 anos como principal bandeira de Luta, a Moradia. Porém a primeira atuação na região do ABC se deu somente em 2003, na cidade de São Bernardo do Campo.
Essa primeira ocupação não trouxe uma “vitória” prática para o Movimento. Porém abriu as portas para uma organização do Movimento na região. Nessa primeira tentativa houve muita tensão, veja: uma reintegração de posse conflituosa, veja:
Já naquela época a imprensa tratava os Movimentos como Invasores. Vejam, existe uma diferença gritante entre Invasão e Ocupação.
Após 2003, o MTST ABC promoveu algumas outras ocupações e várias ações na região do ABC.
MTST ABC
Atualmente conta com 4 ocupações ativas, Confira:
 Ocupação Novo Pinheirinho – Iniciado em 2011 em Santo André; Conheça:
Ocupação Oziel Alves – Iniciado em 2015 em Mauá; Conheça:
Ocupação Rosa de Luxemburgo – Iniciado em 2016 em Santo André: Conheça:
Ocupação Povo Sem Medo – Iniciado em 2017 em São Bernardo do Campo; Conheça:
Além das ações políticas, o movimento conta com apoio de vários setores da Sociedade, onde destacamos o Apoio de Caetano Veloso. Caetano faria um Show que estava programado para ocorrer em São Bernardo. Porém Caetano foi impedido de se apresentar por ordem do judiciário à pedido da PMSBC, como resultado ele teve que suspender a atividade. Veja:
Além de apoio de intelectuais, O MTST ABC conta com diversos apoios, passando pela Mídia Alternativa, onde a Aliança Informa se soma.
Não é só as atividades das ocupações que o MTST ABC atua, também é parte de um projeto de construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para isso utiliza vários recursos, onde destaco a atividade que vai ocorrer no próximo 21 de Julho.
Nossas conquistas sendo realizadas. Nesses 20 anos do mtst também teremos entregas de chaves no Abc e início de obras na Zona Leste ocupação Dandara. Temos muitos motivos para comemorar.
Cada ato feito na rua nos fortalece mais. Vemos os resultados aparecerem com nossas atitudes de união, fé e força.
Convidamos você a estar junto comemorando com muita alegria. E fortalecendo nossa luta com as vendas nas barracas e nosso bingo que está super  premiado. Essa festa unifica fortalece mais a nossa região. Venha e compartilhe de alegrias conosco.
E a Aliança Informa encerra com a frase de Mauro de Mesquita:
“Juntos somos mais fortes, Misturados somos Imbatíveis”

              Acampamento de sem-teto vive tensão após morte de fotógrafo

19h32 - 24/07/2003

Por Eduardo Acquarone

SÃO BERNARDO DO CAMPO (Reuters) - A disputa pela posse de um terreno às margens da rodovia Anchieta, no ABC paulista, tomou contornos trágicos esta semana, com a morte de um fotógrafo na entrada do acampamento montado para abrigar milhares de sem-terra.

Na quinta-feira, dia seguinte ao crime, centenas de barracas cobertas por plásticos negros pontilhavam a área que há poucos dias era apenas um terreno vazio. O clima de tensão era palpável entre os integrantes do jovem movimento.

As cerca de 5 mil pessoas -- homens, mulheres e muitas crianças -- que ocupam o terreno, numa avaliação da liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), estão tensas. Elas temem a possibilidade de confronto com a polícia e também estão receosas que sejam usadas como bode expiatório por causa da morte do fotógrafo Luis Antonio da Costa, de 36 anos.

No dia seguinte ao crime, uma faixa colocada pela direção do MTST informava: "Nós, famílias acampadas, apresentamos nossos sentimentos aos familiares deste jornalista que teve seu sangue derramado nesta terra onde lutamos para que brote mais um alicerce na construção da paz, da inclusão e da justiça social."

La Costa, como era conhecido, foi baleado na entrada da área ocupada após um assalto a um posto de gasolina a poucos metros dali. A polícia investiga a possibilidade que um dos assaltantes tenha dado um tiro à queima-roupa no jornalista que fazia uma reportagem para a revista Época. Nenhuma ligação formal entre o crime e os invasores do terreno foi estabelecida.

Na quinta-feira, dois homens que haviam sido detidos na noite anterior em conexão com o assassinato foram liberados, após não terem sido identificados por três testemunhas.

"Não atrelem a violência aí de fora com a violência aqui de dentro", gritava um líder do movimento através dos alto-falante de um caminhão de som. "Quem mora aqui é gente de Deus, é brasileiro sem teto", diz.

PROFECIA

A justificativa para a invasão é simples, segundo palavras de outra líder do movimento. "Não é só multinacional que pode ocupar terra. Essa terra é muito mais nossa do que deles", disse ela. Até 1990 a Volkswagen tinha uma fábrica de caminhões no local. Há dois anos os prédios foram destruídos, e restou apenas o terreno de terra batida.

Quando as palavras de ordem se calam no alto-falante, Chico Buarque surge cantando, quase profético: "Pode ser a gota d'água."

O terreno foi invadido na noite de sábado, por cerca de 2.000 pessoas do movimento. O número aumentou com moradores de favelas vizinhas, que preferem trocar o barraco onde moram pela chance de ganhar um terreno próprio.

Antonio (que como a maioria dos invasores preferiu não fornecer o sobrenome), de 23 anos, trouxe a mulher e seus dois filhos para o terreno. O ajudante de pedreiro desempregado há um ano. "No momento estou parado, tá tudo muito difícil" -- pode ver de sua nova barraca o local onde mora, a favela de Ferrazópolis.

"Mas lá é muito ruim, quando chove o barraco cai. Quem mora em área de risco veio pra cá", explica ele. "Pelo menos temos comida", diz, referindo-se ao almoço que é fornecido pelo MTST. "Macarrão, arroz e feijão. Não tem jantar, mas não dá pra reclamar, cada um faz o que pode", diz, resignado.

Os amigos Marcos, 18, Leonardo, 18, e Rodolfo, 17, chamam a atenção pelos óculos espelhados no topo da cabeça e pelo sorriso aberto. As histórias são muito parecidas. Todos moram em favelas da região com parentes e pagam de 240 a 500 reais por mês de aluguel. "Eu entregava pizza, mas a polícia me parou e tomou minha moto, que estava irregular, e agora não tenho como ajudar no aluguel", conta Rodolfo.

Os três balançam a cabeça e concordam com Maria Alves, costureira de 35 anos, que também está em busca de um pedaço de terra para morar.

"Ao menos eu ganho um dinheiro, mas quem não ganha, como fica? Todo mundo tem que lutar", diz ela, que mora ao lado do terreno invadido e resolveu se juntar ao grupo assim que a invasão aconteceu.

LIMINAR E NEGOCIAÇÃO

O futuro do grupo é incerto. No acampamento, decorado com bandeiras verde-amarela do Brasil e vermelhas do PTST, não há luz elétrica nem água encanada. Algumas famílias têm colchões e colchonetes para tornar a tarefa de dormir sobre o terreno pedregoso mais tolerável, mas o frio das últimas noites obrigou os invasores a fazerem fogueiras para se manterem aquecidos.

Na terça-feira a Justiça concedeu à Volkswagen uma liminar para conseguir a reintegração de posse do terreno. Mas os acampados esperam ganhar tempo, e enviaram uma comissão para negociar com o prefeito de São Bernardo.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto surgiu no final dos anos 1990 com o compromisso de lutar contra a falta de moradia nos grandes centros urbanos. Atualmente cerca de 2.000 famílias sem-teto ocupam um terreno invadido em Guarulhos -- o acampamento Anita Garibaldi. No início da semana, o Movimento dos Sem Teto do Centro também ocupou quatro prédios abandonados no centro de São Paulo.
 https://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2003/07/24/ult27u37147.jhtm

Sem-teto deixam terreno da Volks em São Bernardo

07 de agosto de 2003 • 12h37 • atualizado às 16h31

Os invasores tiveram 30 minutos para tirar suas coisas do terreno. Foto: Reinaldo Marques/Terra
Os invasores tiveram 30 minutos para tirar suas coisas do terreno
Foto: Reinaldo Marques/Terra
Os cerca de 7 mil sem-teto acampados no terreno da Volkswagen em São Bernardo do Campo deixaram pacificamente, hoje, o local, após a Polícia Militar cercar a área a fim de cumprir uma ordem judicial para reintegração de posse.
De acordo com o comandante da ação, coronel Tomaz Alves Cangerana, a operação contou com 800 policiais militares - 500 da tropa de choque e 300 do policiamento local. A polícia teve ainda o apoio de dois helicópteros e disponibilizou cães, cavalos e canhões de água para caso de conflito.
"O povo pobre não tem direito a nada", disse um dos ocupantes que se identificou apenas como "Snipes" e segurava uma faixa onde se lia "Os renegados pelo sistema". Os sem-teto, alguns chorando, deixaram o local carregando colchões, sacolas com roupas e até móveis nas mãos ou em carrinhos de supermercado. Muitos saíram em um dos ônibus e caminhões enviados pela Volks, por determinação da Justiça, para auxiliar a retirada.
O momento de maior tensão ocorreu por volta das 8h30, quando a polícia chegou ao local. Os sem-teto prometiam resistir e fizeram um cordão humano na entrada do acampamento. Quando a polícia deu um prazo de 30 minutos para que fossem retiradas os objetos, foi feita uma assembleia, na qual os sem-teto optaram pela saída pacífica do local.
À tarde, policiais das tropas de choque entraram no terreno acompanhados por oficiais de Justiça para se certificar de que todos os sem-teto haviam saído.
Conforme o líder da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), João Batista Costa, os acampados iriam marchar para uma comunidade da Igreja Católica Jesus de Nazaré, em São Bernardo, para decidir sobre o que fazer. "Isso é uma prova de que a Justiça, a lei que defende os nossos direitos, é muito mais rigorosa ao defender o interesse de uma multinacional", afirmou Batista Costa ainda no terreno da Volks.

Para o coordenador, o governo federal fez o que pôde para defendê-los, o que não aconteceu com os governos do Estado e do município.
Barracas em chamas
Algumas barracas no acampamento estavam em chamas pela manhã. De acordo com a polícia, o fogo teria sido provocado pelos próprios acampados. Aconteceu ao menos uma explosão, de um botijão de gás, causado pelo fogo. Não houve, contudo, registro de feridos.

Aldo Santos, vereador do PT que passou a noite no local, disse que os ocupantes resistiram até por volta das 9h. Antes de deixar o terreno de 225 mil metros quadrados, os sem-teto cantaram o hino nacional. "Esta ação desmoraliza o prefeito, que ignorou a situação. As pessoas estão impressionadas com o grau de miséria dessas famílias", declarou o vereador de São Bernardo.
De acordo com Santos, a noite foi bastante tensa. A partir da meia-noite, a polícia fechou as ruas ao redor e posicionou homens em um prédio vizinho. O coronel Cangerana contou que houve então "uma negociação eficiente e o pessoal achou por bem sair".
Das cerca de 7 mil pessoas no local, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) cadastrou 3,2 mil durante a madrugada.
A desempregada Francisca de Souza, 20 anos, estava no acampamento desde o início da invasão, em 19 de julho, com a irmã e dois sobrinhos. "Eu morava de aluguel, fiquei sabendo (do assentamento) e a gente entregou a casa e veio para cá. Agora não tenho para onde ir", lamentou. Apesar de ter várias sacolas na mão, ela deixou no barraco um colchão e cobertores por medo de uma ação da polícia.
No carro de som na frente do terreno, uma mulher em um alto-falante recomendava calma a todos e dizia que "o acampamento continua", mesmo que em outro lugar. "Vamos resistir, mas não enfrentar", prometeu um ocupante de 19 anos.
Conforme a assessoria de imprensa da Volkswagen, o terreno está sendo negociado para ser vendido. A empresa não se pronunciou sobre a desocupação.
De acordo com informações do telejornal Bom Dia Brasil, a advogada do movimento, Camila Alves, afirmou que não recebeu nenhuma notificação da Justiça informando sobre a reintegração. A decisão é do 1º Tribunal de Alçada Civil.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI128826-EI306,00-Semteto+deixam+terreno+da+Volks+em+Sao+Bernardo.html

sintese publicada ://aliancainforma.com.br/mtst-abc/

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Moradores denunciam o abandono da cultura na cidade de São Bernardo do Campo.

25/06/2018 14:51

Encontro marca reação contra corte de programas culturais em São Bernardo

Da assessoria do deputado Carlos Giannazi


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Carlos Giannazi (ao centro)
Desde 2017, prefeitura de São Bernardo do Campo vem realizando diversos cortes na área cultural, com o fechamento ou sucateamento de dispositivos como o Centro de Audiovisual (CAV), o Centro Livre de Artes Cênicas (Clac) e a Coordenadoria de Ações para a Juventude (Cajuv). Para elaborar um plano de resistência a esse desmonte, artistas, agentes culturais, professores e estudantes se reuniram em audiência pública na Alesp, em 22/6.

Entre as atividades que deixaram de receber recursos está o desfile de Carnaval. O representante das escolas de samba Sérgio Galvão relatou o prefeito Orlando Morando não vai ceder nem mesmo espaço para o Carnaval 2019, que será realizado em área privada. "O carnaval é um ato de resistência e de luta de um povo pobre, negro e sofredor", afirmou.

Rosângela Marques, do Fórum de Combate ao Racismo, também acredita que os cortes de Morando têm caráter "higienista". Ela citou o fechamento da Casa do Hip Hop e a proibição da Batalha da Matrix, duelos de MCs que eram realizados todas as terças-feiras, na Praça da Matriz. "Mas a verba da Orquestra Filarmônica é repassada normalmente", comparou.

Conforme explicaram vários ativistas, até mesmo as manifestações em defesa da cultura vêm sendo reprimidas, tanto por truculência policial como por medidas judiciais. A artista plástica Lourdes Sakotami, que ajudou a pagar a instalação de outdoors contra o abandono da Pinacoteca, afirmou que os cartazes ficaram expostos por menos de 12 horas. A própria empresa de comunicação os retirou, cedendo a ameaças do prefeito.

Carlos Giannazi lembrou que o prefeito tucano proibiu até mesmo o show que Caetano Veloso faria em apoio à ocupação do MTST no bairro Planalto. O deputado vai acompanhar o movimento em audiências no Ministério Público e no Tribunal de Contas para a apresentação de um dossiê sobre o caso. Publicado Na imprensa da Assembleia legislativa.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

MÉTODO DE MELHORIA E RESULTADOS – MMR É A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ASSÉDIO MORAL!


SUBSEDE DA APEOESP DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
 GESTÃO OPOSIÇÃO UNIFICADA 2017 – 2020
Boletim Especial
MÉTODO DE MELHORIA E RESULTADOS – MMR É A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ASSÉDIO MORAL!
Vamos analisar atentamente o que está por trás de mais um engodo para a educação pública estadual, que tem como objetivo aprofundar a pressão sobre os professores cumprindo tarefas fora do seu horário de trabalho sem ganhar nada para isso. Cobrança em relação ao fluxo escolar, para ir atrás de alunos desistentes e alterar notas para aprovar alunos que não aprenderam; são algumas das exigências que poderão ocorrer.
Reproduzimos a seguir com autorização; texto elaborado pelos companheiros da Subsede da Apeoesp de Santo André sobre os principais pontos desse “programa”.

1) O QUE É O MMR?
O Método de Melhoria de Resultados (MMR) é uma metodologia desenvolvida pelo Instituto Falconi (empresa privada de consultoria e gestão em educação), contratado pela “Parceiros da Educação” (entidade formada por empresas do setor privado, voltada à prestação de serviços na educação) a qual apresentou o projeto para a Secretaria Estadual da Educação.
O MMR visa, segundo o governo, elevar as notas do IDESP de todas as escolas do estado; porém, tem como base para o cumprimento das metas estabelecidas apenas fazer com que as escolas apliquem uma nova metodologia. Ou seja, o MMR parte da premissa de que o grande problema do sistema público de educação é meramente um problema de gestão – desconsiderando os grandes problemas estruturais e sociais.
Além disso, o MMR apresenta como saída para as escolas públicas uma sistemática típica dos métodos de administração de empresas privadas – em outras palavras, estudos voltados para aumentar o nível de exploração e de lucro. Isso significa que, além de abrir margem para a privatização de serviços no ensino público (tais como o Contrato de Impacto Social [CIS], em consonância com as medidas privatizantes da BNCC e da Reforma do Ensino Médio), o governo também abre as portas para que cada vez mais uma mentalidade típica da administração privada das empresas tome conta da gestão escolar no setor público. Ou seja, para o governo não basta privatizar, é preciso que todos os envolvidos com a educação pública passem a pensar como gestores privados direcionados somente a elevar os lucros!
Sem contar que o MMR mira todo o seu foco às metas estabelecidas para o IDESP, engessando as práticas pedagógicas àquela estrutura de “habilidades e competências” pré-estabelecidas (cuja eficiência é extremamente discutível), prejudicando qualquer proposta inovadora que desenvolvam outras capacidades dos alunos.
Na prática, o MMR destaca uma comissão que vai mapear os problemas da escola (para alcançar as metas do IDESP, que fique claro) e apresentar formas de aumentar o aproveitamento nas chamadas “habilidades e competências” (que são à base das avaliações do IDESP). Essas informações deverão constar num cartaz a ser fixado em um espaço de acesso a toda comunidade escolar (alunos, pais, funcionários, etc.).

2) COMO O MMR IMPACTA NA VIDA ESCOLAR?
Tendo o IDESP como o foco principal, as escolas, gestões e, principalmente, os professores, serão arduamente COBRADOS para alcançar as metas estabelecidas.
O MMR tem como principal base de dados a plataforma online “Foco e Aprendizagem”, que compila dados das Avaliações de Aprendizagem (APs). Assim, além de ter que moldar todas suas aulas à lógica dessas avaliações meritocráticas e quantitativas (como é o IDESP, SARESP, etc.), os professores serão ainda mais pressionados a aplicar, corrigir e preencher os dados online desse tipo de avaliação. Sem receber nem um centavo a mais por isso!!!!!
Esse tipo de avaliação e abordagem concede um peso maior às disciplinas de matemática e língua portuguesa. Sem desmerecer aqui a real importância desses componentes, com a lógica que o MMR segue, as outras áreas acabam “perdendo espaço”. E, vejamos bem, exatamente em um momento em que vem à tona a BNCC e a reforma do ensino médio (com conteúdos e discussões retrógrados), definindo basicamente apenas português e matemática como disciplinas obrigatórias, transformando as demais em “áreas do conhecimento”.
Uma crítica não menos importante é sobre o painel que o MMR cobra de cada escola, o qual apresenta somente dados relativos às metas do IDESP. Não há informações, por exemplo: dos recursos que a escola dispõe; ou dos recursos de que necessita; ou da satisfação dos alunos, etc. Ao contrário do discurso de transparência do governo, não haverá espaço para as responsabilidades ou a falta de ações do governo para o ensino público. Não há a preocupação em apresentar e problematizar a estrutura e o perfil dos alunos. Não há espaço para explicar à comunidade porque tais dados do IDESP devem ser alcançados. Há basicamente só um tratamento quantitativo dos dados. Isso pode levar a um quadro em que as informações prestadas à comunidade escolar mais confundam do que esclareçam, podendo estigmatizar escolas com resultados negativos e responsabilizando ainda mais os professores por eventuais resultados não alcançados.

3) COM O MMR, HAVERÁ MELHORIA NAS ESTRUTURAS DAS ESCOLAS?
Não. Como dito, o MMR não discute nenhuma vírgula sobre o problema estrutural das escolas. Nem propõe melhorias nesse sentido (como cobrar investimentos do poder público). A perspectiva básica do MMR é que o problema do ensino público é um problema de gestão – e por tabela, da competência dos trabalhadores da educação. Não há a menor preocupação em problematizar os elementos políticos, econômicos, sociais e estruturais da educação pública. A única solução apresentada seria trazer a lógica empresarial privada para dentro das escolas.
Ademais, sequer houve um orçamento aprovado para a aplicação do MMR. Na verdade, sua elaboração foi totalmente custeada pela “organização social” “Parceiros da Educação”, numa espécie de investimento de alto risco – adianta-se (sem qualquer consulta pública) um custeio para elaboração e implementação do projeto para o governo, depois cobra-se uma alta taxa de retorno pelos resultados quantitativos adquiridos. Em outras palavras, uma larga forma de especulação na educação pública!

4) O MMR AMPLIA A GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS?
Além de não informar devidamente a comunidade escolar, o MMR, ao contrário do que é divulgado pelo governo, tem uma estrutura verticalizada.
As etapas de implantação do MMR partem de um comitê formado por supervisores de ensino, diretores de escola e professores coordenadores. Em outras palavras, partem de formulações tiradas pelas Diretorias de Ensino e a equipe gestora das escolas. Professores e alunos contribuem de forma secundária e, basicamente, de forma consultiva.
Aqui cabe considerar qual é essa participação de alunos e professores. Estes irão compor um outro comitê, subordinado ao comitê dos supervisores/equipe gestora. Não fica clara a maneira com que será escolhida a representação dos docentes. Já os alunos, ficam representados pelos membros do grêmio estudantil. Percebe-se porque, desde 2016 (exatamente após o vitorioso movimento estudantil de 2015, encabeçado principalmente pelos grêmios) a SEE tenta cooptar os grêmios, estimulando a gestão de cada escola de formular uma chapa branca, alinhada com a diretoria, para disputar a presidência do grêmio.

5) QUANDO SE PRETENDE IMPLEMENTAR O MMR?
Na realidade, o MMR já está em vigor. Seu projeto piloto se deu em 2016 na capital paulista, principalmente em escolas das zonas Leste e Sul. Ao longo do segundo semestre de 2017 o MMR se estendeu a 1.082 escolas na capital. De acordo com seu planejamento, o MMR será implantado em 2018, nas escolas das cidades da Grande São Paulo, e em 2019 nas cidades do Litoral e Interior. O objetivo, portanto, é fazer chegar a todas as escolas do estado até o começo de 2020.
6)É POSSÍVEL REVERTER O MMR?
Somente a luta coletiva muda à vida! Apesar de blindado pela grande mídia e consolidado no poder do estado há mais de 20 anos, o governo tucano em São Paulo não é imbatível – já foi obrigado a recuar diante de amplos movimentos.
Lembremo-nos do ano de 2015 em que a tática das Ocupações levada adiante pelos estudantes fez o governo anunciar publicamente a suspensão do projeto de reorganização escolar. Ao longo de 2017 e início de 2018, a mobilização coletiva dos professores também fez o governo recuar na implantação do CIS. É importante também enfatizar que uma série de avanços pontuais da luta sindical, garantiram conquistas fundamentais que vão desde emprego a professores contratados, até abertura de classes em muitas escolas.
Mais uma vez, o governo tenta avançar no aprofundamento da agenda neoliberal afetando diretamente o ensino público, tentando “preparar terreno” para privatizações e medidas retrógradas como a Reforma do Ensino Médio. Não podemos permitir o aprofundamento da precarização e do sucateamento do ensino público. Somente com a mobilização coletiva dos professores e da comunidade escolar é possível barrar mais esse duro ataque a educação. Somente com a luta podemos fazer retroceder essa cruel agenda neoliberal e rumar no sentido de uma escola pública, gratuita, livre e de qualidade.

7) QUAIS AS PROVIDÊNCIAS QUE ESTAMOS ADOTANDO?
Esse “programa” foi debatido na última reunião do Conselho Estadual de Representantes – CER. Além da luta política que a entidade está fazendo contra esse projeto, foi esclarecido que a entidade já encaminhou uma série de esclarecimento junto a SEE para obter informações e dependendo dos desdobramentos adotar as medidas jurídicas cabíveis.

A Subsede da APEOESP de São Bernardo do Campo vai dar início a uma campanha contra o MMR. Para isso vai protocolar um ofício na DE cobrando esclarecimentos sobre as etapas de implementação desse projeto, qual é a “organização social – OS” que está por trás do mesmo, qual é o aporte de investimento destinado a este recurso, como foi feita a licitação de contratação da mesma, por que não está ocorrendo uma ampla discussão nas escolas como determina os princípios gestão democrática e o Conselho de Escola,  dentre outros questionamentos.

Os professores precisam se preparar para fazer o enfrentamento coletivo a esse projeto, pois todas as bases apontam para o aprofundamento da prática de assédio moral por parte das gestões escolares, prática essa, que só pode ser enfrentada coletivamente.

SUBSEDE DA APEOESP DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

Rua Dom Paulo Mariano, Nº 40, Nova Petrópolis – SBC
Fones: 4125-6558, 4332-39-13
e-mail: sindicatodosprofessores.sbc@gmail.com

sexta-feira, 15 de junho de 2018

É PRECISO LUTAR, RESISTIR E VENCER (Aldo Santos pré-candidato a Dep. Fed...

Reunião de professores (as) de filosofia para discutir o crescente número de suicídios na juventude.




Em reunião realizada nesta quinta feira, às 15:30 na subsede da apeoesp em SBCampo, fizemos uma uma profícua reflexão sobre o crescente número de suicídio de jovens e em outras faixas etárias e a ausência do poder público diante destes fatídicos acontecimentos.
Levantamos alguns relatos que vem ocorrendo em sbcampo e também alguns filmes temáticos e leituras pertinentes que serão disponibilizadas em breve via anotações na reunião. Diante desses ocorridos vamos solicitar uma reunião com a dirigente de Ensino para tratar do assunto e cobrar medidas preventivas a partir das escolas estaduais, com pessoas capacitadas para detectar e preventivamente apresentar medidas concretas no combate a este grave problema que vem acometendo jovens em nossa sociedade. 
Em relação a Filosofia no ensino fundamental, foram debatidos os encaminhamentos aprovados na última plenária e vamos usar a tribuna da câmara municipal e protocolizar modelo de projeto de lei junto a câmara de vereadores e na secretaria municipal de educação. Após a publicação da sugestão de filmes temáticos, vamos marcar um pingado filosófico para assistir e debater o inteiro teor do mesmo.
SBCampo, 14/06/2015.
Informe da Coordenação Regional da APROFFESP

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Aldo Santos: biografia e propostas em construção



Aldo Josias dos Santos, professor, filho de Josias Raimundo dos Santos e de Maria Bevenuta de Jesus. Cearense de Brejo do Santo, logo cedo migrou com os pais para o interior de São Paulo (morou nas cidades de Rancharia, Morutinga do Sul e Mesópolis). Na década de 70, forçado pelas condições sociais, mudou-se para São Bernardo do Campo, onde reside até hoje.

Trabalhou como bóia fria, auxiliar de protético, atendente e auxiliar de enfermagem. Iniciou sua atuação sindical no Complexo Hospitalar do Mandaqui (Zona Norte da Capital), contribuindo com a formação sindical na área da Saúde, fundando a Associação dos funcionários do complexo Hospitalar do Mandaqui e juntamente com outros sindicalistas, fundam a Associação dos Servidores da Saúde do Estado de São Paulo (ASSES), precursora da organização sindical no Estado de São Paulo.

Participou ativamente das Comunidades Eclesiais de Base no final da década de 70 e início da década de 80.

Por conta de sua ação sindical, em férias, é transferido compulsoriamente pelo Diário Oficial para um pequeno centro de Saúde no Sacomã em 1985. Neste ano, inicia sua atuação na Educação Estadual na cidade de Diadema e, até hoje leciona.

Há mais de quarenta anos vem militando na esquerda brasileira, cuja trajetória é pautada pela luta, coerência e ousadia na defesa intransigente dos menos favorecidos.

É graduado em Filosofia e Estudos Sociais, Bacharel em Teologia, tem especialização em Filosofia da Educação e Sociologia do Mundo do Trabalho e é mestre em História e Cultura.

Tem vasta experiência Política: foi vereador por quatro mandatos em São Bernardo do Campo (1989-2004), foi vice-presidente e secretário da Câmara Municipal com ampla folha de serviços ao lado dos trabalhadores dessa Cidade.

Como reconhecimento de seu trabalho, recebeu da Câmara Municipal o título de cidadão são-bernardense, proposto pelo ex-vereador Melão Monteiro.

Como sindicalista tem atuado junto a APEOESP - Sindicato dos Professores da Rede Pública do Estado de São Paulo. Coordenou o Coletivo Nacional de Filosofia além de ter sido também fundador e presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo - APROFFESP. Foi membro da Executiva Nacional do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade. Com a fundação do Coletivo Nacional de Filosofia, o mesmo foi determinante na fundação da ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASIL-APROFFIB

Apresentou vários projetos relevantes para São Bernardo do Campo, tais como: Passe Livre Estudantil, aprovado pela câmara e vetado pelo prefeito do PT Mauricio Soares; Semana da Consciência Negra e o projeto do Feriado no dia 20 de Novembro. Apresentou projeto de Conselho de Escola e a vinculação das creches à rede Municipal de Educação, bem como, propôs ainda a criação da Secretaria Municipal de Habitação e a obrigatoriedade do Ensino da Capoeira nas Escolas do Município, dentre outros.

Apresentou também o projeto contra o rodeio na cidade, além de ter apoiado e participado de inúmeras ocupações no município - Vila LULALDO, Vila Natanael, Vila Zilda, Acampamento Santo Dias e outras. Foi solidário com os movimentos de ocupação na Vila Socialista, morro do Samba em Diadema, resistiu bravamente junto aos moradores do Jardim Falcão, além de ter sido preso com o vereador Rodrigues em Diadema em frente ao Fórum da cidade reivindicando junto com os moradores do Sitio Joaninha que estava sem água a aproximadamente um mês, dentre outros.
Teve atuação marcada, na luta pela educação, saúde, habitação, transporte, defesa dos animais, presidindo e relatando importantes comissões parlamentares de inquérito na câmara municipal da cidade.

Em 2008, por unanimidade, foi indicado na convenção Municipal do Partido como candidato a Prefeito pela frente de Esquerda, composta pelo Psol, PSTU e PCB, além de disputar outras vezes como candidato a prefeito da cidade de sbcampo com objetivo de construção  e organização Partidária do Psol.

Por várias vezes concorreu a deputado estadual e federal onde obteve expressiva votação. Por deliberação do Diretório Estadual foi indicado como candidato a vice-governador na chapa com Paulo Búfalo juntamente com mais de uma centena de candidatos proporcionais.

Coerência, honestidade e competência têm sido as suas marcas ao longo de sua trajetória política e como candidato a vice Governador pelo Estado de São Paulo cumpriu importante papel, ao denunciar os limites e caráter de classe do projeto da ficha limpa, como uma contenda que visava dentre outros propósitos, criminalizar os movimentos e os lutadores sociais.

Como professor da rede pública atua ao lado dos professores no âmbito sindical e incentiva os alunos na sua organização estudantil, rumo à destruição do atual modelo econômico que penaliza e escraviza os pobres, ao mesmo tempo em que propicia o acumulo de riqueza, terra e requisitos valorativos ao capital.

Lecionou Filosofia por vários anos, nas escolas estaduais: Pedra de Carvalho, Maria Auxiliadora e Jacob Casseb, dentre dezenas de outras e atualmente Leciona Filosofia e História no Cursinho Passo à Frente.


Principais ideias:

Com base nas elaborações no campo do Marxismo/Leninismo, contribui com o avanço na consciência de classe, pois segundo o próprio Lênin “sem teoria revolucionária não é possível fazer a revolução”. Defende uma escola pública de qualidade e de caráter laico, voltada para a formação, promoção e libertação dos filhos da classe trabalhadora. Tem se destacado na defesa da reforma agrária e urbana, como condição indispensável no processo revolucionário, em real sintonia, partilha e viabilidade efetiva da reforma agrária no brasil. Tem atuação no campo da defesa de gênero etnia e todas as formas de liberdade da pessoa humana.

Defende a proporcionalidade direta e qualificada no legislativo, executivo, movimento popular, sindical e partidário e uma profunda reformulação e democratização do judiciário, com eleição direta, até que possamos atingir uma sociedade socialista.

Apoia as lutas anti-imperialistas, e defende que a ação direta é um passo significativo na resolutividade dos problemas e transformação da nossa sociedade.

Do ponto de vista sindical, defendeu a ruptura com a Central Única dos Trabalhadores - CUT, pois a mesma se transformou numa correia de transmissão das políticas e interesses governamentais. Defendeu a criação de uma central sindical livre dos patrões e do governo com independência de classe voltada para os reais interesses da classe trabalhadora.

Participou ativamente na organização da Intersindical-Central da classe trabalhadora, integrando a primeira diretoria de fundação da entidade.

Do ponto de vista partidário, militou e participou da direção nacional do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), representando a corrente política Trabalhadores na Luta Socialista - TLS. Sobre o combate ao preconceito racial e ao xenofobismo, defende a criação de movimentos organizados em Quilombos socialistas, além da perspectiva internacionalista da luta da classe trabalhadora. Entende que é indispensável a criação do Partido Internacional da Classe Trabalhadora.

Desde a década de 80, foi um dos articuladores na implementação do Movimento Estudantil Livre - MEL - em Diadema e com a divisão da atual direção do movimento estudantil conclama os estudantes para se organizarem nos grêmios livres nas escolas, na União Municipal dos Estudantes Secundaristas – UMES - e entende que a busca da unidade é sempre o caminho certeiro no processo de acumulação de forças concretas para derrotar o capitalismo em que vivemos.

Outras ideias constam da vasta contribuição com centenas de artigos escritos e publicados nos mais variados veículos de comunicação. 

No Blog, http://professoraldosantos.blogspot.com está postado centenas de artigos sobre os mais variados temas relacionados à conjuntura internacional, Nacional e Municipal. Todos esses escritos estão contextualizados sempre na defesa intransigente da classe trabalhadora em busca da ruptura revolucionária com ao atual modo de produção capitalista.

Autor e organizador em parceria dos seguintes livros:
Vergonha de Deus;
 Memórias da infância;
Sobre a luta do povo negro;
Vila Lulaldo, a lei do barbante;
História sindical da subsede da apeoesp;
A filosofia toma partido;
Habitação em movimento;
Próximas publicações:
Os filhos da Rua;
Rumo a estação Catanduva;
Diário do acampamento Santo Dias;
E coletânea de artigos dos últimos anos;
A história do Passe livre Estudantil;
Os vários momentos das organizações até a TLS
A história da luta pela Filosofia no Brasil.
Comissão de imprensa da Pré-campanha Aldo Santos Federal.

domingo, 10 de junho de 2018

Fracassa a audiência pública sobre a Base Nacional InComum Curricular Tud

Aldo Santos Apoio a Greve dos caminhoneiros e a organização da classe tr...

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Aldo Santos:biografia e propostas em construção!



 
Aldo Josias dos Santos, professor, filho de Josias Raimundo dos Santos e de Maria Bevenuta de Jesus. Cearense de Brejo do Santo, logo cedo migrou com os pais para o interior de São Paulo (morou nas cidades de Rancharia, Morutinga do Sul e Mesópolis). Na década de 70, forçado pelas condições sociais, mudou-se para São Bernardo do Campo, onde reside até hoje.

Trabalhou como bóia fria, auxiliar de protético, atendente e auxiliar de enfermagem. Iniciou sua atuação sindical no Complexo Hospitalar do Mandaqui (Zona Norte da Capital), contribuindo com a formação sindical na área da Saúde, fundando a Associação dos funcionários do Complexo Hospitalar do Mandaqui e juntamente com outros sindicalistas, fundam a Associação dos Servidores da Saúde do Estado de São Paulo (ASSES), precursora da organização sindical no Estado de São Paulo. 

Participou ativamente das Comunidades Eclesiais de Base no final da década de 70 e início da década de 80. 

Por conta de sua ação sindical, em férias, é transferido compulsoriamente pelo Diário Oficial para um pequeno centro de Saúde no Sacomã em 1985. Neste ano, inicia sua atuação na Educação Estadual na cidade de Diadema e, até hoje leciona. 

Há mais de quarenta anos vem militando na esquerda brasileira, cuja trajetória é pautada pela luta, coerência e ousadia na defesa intransigente dos menos favorecidos. 

É graduado em Filosofia e Estudos Sociais, Bacharel em Teologia, tem especialização em Filosofia da Educação e Sociologia do Mundo do Trabalho e é mestre em História e Cultura. 

Tem vasta experiência Política: foi vereador por quatro mandatos em São Bernardo do Campo (1989-2004), foi vice-presidente e secretário da Câmara Municipal com ampla folha de serviços ao lado dos trabalhadores dessa Cidade. 

Como reconhecimento de seu trabalho, recebeu da Câmara Municipal o título de cidadão são-bernardense, proposto pelo ex-vereador Melão Monteiro. 

Como sindicalista tem atuado junto a APEOESP - Sindicato dos Professores da Rede Pública do Estado de São Paulo. Coordenou o Coletivo Nacional de Filosofia além de ter sido também fundador e presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo - APROFFESP. Foi  membro da Executiva Nacional do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade. Com a fundação do Coletivo Nacional de Filosofia, o mesmo foi determinante na fundação da ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASIL-APROFFIB

Apresentou vários projetos relevantes para São Bernardo do Campo, tais como: Passe Livre Estudantil, aprovado pela câmara e vetado pelo prefeito do PT Mauricio Soares; Semana da Consciência Negra e o projeto do Feriado no dia 20 de Novembro. Apresentou projeto de Conselho de Escola e a vinculação das creches à rede Municipal de Educação, bem como, propôs ainda a criação da Secretaria Municipal de Habitação e a obrigatoriedade do Ensino da Capoeira nas Escolas do Município, dentre outros. 

Apresentou também o projeto contra o rodeio na cidade, além de ter apoiado e participado de inúmeras ocupações no município - Vila LULALDO, Vila Natanael, Vila Zilda, Acampamento Santo Dias e outras.Foi solidário com os movimentos de ocupação na Vila Socialista, morro do Samba em Diadema, resistiu bravamente junto aos moradores do Jardim Falcão, além de ter sido preso com o vereador Rodrigues em Diadema em frente ao Fórum da cidade reivindicando junto com os moradores do Sitio Joaninha que estava sem água a aproximadamente um mês, dentre outros. 
Teve atuação marcada, na luta pela educação, saúde, habitação, transporte, defesa dos animais, presidindo e relatando importantes comissões parlamentares de inquérito na câmara municipal da cidade. 

Em 2008, por unanimidade, foi indicado na convenção Municipal do Partido como candidato a Prefeito pela frente de Esquerda, composta pelo Psol, PSTU e PCB, além de disputar outras vezes como candidato a prefeito da cidade de sbcampo com objetivo de construção  e organização Partidária do Psol.

Por várias vezes concorreu a deputado estadual e federal onde obteve expressiva votação. Por deliberação do Diretório Estadual foi indicado como candidato a vice-governador na chapa com Paulo Búfalo juntamente com mais de uma centena de candidatos proporcionais. 

Coerência, honestidade e competência têm sido a sua marca ao longo de sua trajetória política e como candidato a vice Governador pelo Estado de São Paulo cumpriu importante papel, ao denunciar os limites e caráter de classe do projeto da ficha limpa, como uma contenda que visava dentre outros propósitos, criminalizar os movimentos e os lutadores sociais. 

Como professor da rede pública atua ao lado dos professores no âmbito sindical e incentiva os alunos na sua organização estudantil, rumo à destruição do atual modelo econômico que penaliza e escraviza os pobres, ao mesmo tempo em que propicia o acumulo de riqueza, terra e requisitos valorativos ao capital. 

Lecionou Filosofia por vários anos, nas escolas estaduais: Pedra de Carvalho, Maria Auxiliadora e Jacob Casseb, dentre outras e atualmente Leciona Filosofia e História no Cursinho Passo à Frente.

Principais idéias: 

Com base nas elaborações no campo do Marxismo/Leninismo, contribui com o avanço na consciência de classe, pois segundo o próprio Lênin “sem teoria revolucionária não é possível fazer a revolução”. Defende uma escola pública de qualidade e de caráter laico, voltada para a formação, promoção e libertação dos filhos da classe trabalhadora. Tem se destacado na defesa da reforma agrária e urbana, como condição indispensável no processo revolucionário, em real sintonia, partilha e viabilidade efetiva da reforma agrária no brasil. Tem atuação no campo da defesa de gênero etnia e todas as formas de liberdade da pessoa humana. 

Defende a proporcionalidade direta e qualificada no legislativo, executivo, movimento popular, sindical e partidário e uma profunda reformulação e democratização do judiciário, com eleição direta, até que possamos atingir uma sociedade socialista. 

Apóia as lutas antiimperialistas, e defende que a ação direta é um passo significativo na resolutividade dos problemas e transformação da nossa sociedade. 

Do ponto de vista sindical, defendeu a ruptura com a Central Única dos Trabalhadores - CUT, pois a mesma se transformou numa correia de transmissão das políticas e interesses governamentais. Defendeu a criação de uma central sindical livre dos patrões e do governo com independência de classe voltada para os reais interesses da classe trabalhadora. 
Participou ativamente na organização da Intersindical-Central da classe trabalhadora, integrando a primeira diretoria de fundação da entidade.

Do ponto de vista partidário, militou e participou da direção nacional do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), representando a corrente política trabalhadores na luta socialista - TLS. Sobre o combate ao preconceito racial e ao xenofobismo, defende a criação de movimentos organizados em Quilombos socialistas, além da perspectiva internacionalista da luta da classe trabalhadora. Entende que é indispensável a criação do Partido Internacional da Classe Trabalhadora.

Desde a década de 80, foi um dos articuladores na implementação do Movimento Estudantil Livre - MEL - em Diadema e com a divisão da atual direção do movimento estudantil conclama os estudantes para se organizarem nos grêmios livres nas escolas, na União Municipal dos Estudantes Secundaristas – UMES - e entende que a busca da unidade é sempre o caminho certeiro no processo de acumulação de forças concretas para derrotar o capitalismo em que vivemos. 

Outras idéias constam da vasta contribuição com centenas de artigos escritos e publicados nos mais variados veículos de comunicação.  
No Blog, http://professoraldosantos.blogspot.com está postado centenas de artigos sobre os mais variados temas relacionados à conjuntura internacional, Nacional e Municipal. Todos esses escritos estão contextualizados sempre na defesa intransigente da classe trabalhadora em busca da ruptura revolucionária com ao atual modo de produção capitalista. 

Autor e organizador em parceria dos seguintes livros: 
Vergonha de Deus;

 Memórias da infância; 

Sobre a luta do povo negro;
Vila Lulaldo, a lei do barbante;
História sindical da subsede da apeoesp;
A filosofia toma partido;
Habitação em movimento;
Próximas publicações:

 Os filhos da Rua;
Rumo a estação catanduva;

Coletânea de artigos dos últimos anos;
A história do Passe livre Estudantil;
Os vários momentos das organizações até a TLS
A história da luta pela Filosofia no Brasil.
Comissão de imprensa da Pré-campanha Aldo Santos Federal.