quarta-feira, 27 de abril de 2011

17 de Abril: A luta pela reforma agrária continua.

A história da luta pela terra no Brasil é longa e remonta ao período da invasão pelos portugueses por volta de 1500. Naquele período existiam cerca de cinco milhões de nativos (índios) que, em contato com o homem europeu e suas pestes contaminaram e dizimaram milhões de habitantes originários desse país. Além dessa agressão bacteriológica, outro grande contingente foi morto impiedosamente para se concretizar o domínio do mercado, da religião e da ideologia via silêncio ou pela força da matança do poder colonial, imperial e republicano.

Ao destituir os verdadeiros donos das terras brasileiras com as capitanias hereditárias e as sesmarias - “medidas legais na colonização” – o conflito no campo se estabelece com vigor e resistência por parte dos nativos, dos negros e dos campesinos.

Em 1850 a lei de terras, tenta reordenar as relações de propriedade que na prática aprofunda as desigualdades sociais que se estabeleceram desde o período colonial.

Na história do Brasil inúmeros movimentos de aparente apelo religioso revelam a poderosa estrutura agrária existente, como podemos observar nos movimentos abaixo descritos:

“A primeira fase, que iria de 1850 até 1940, é classificada como "messiânica", pois estas lutas estavam associadas à presença de líderes religiosos de origem popular, que pregavam ideologias de cunho milenarista (inclusive com elementos sebastianistas, isto é, associados à mitologia relativa ao retorno de Dom Sebastião) e ligados ao catolicismo popular. Nesse período, um dos mais importantes movimentos foi o da comunidade de Canudos, na Bahia, liderada por Antônio Conselheiro. A comunidade permaneceu entre 1870 e 1897, quando acabou sendo arrasada por tropas federais, durante a chamada Guerra de Canudos: todas as 5.200 casas do arraial foram queimadas e a maior parte da população foi morta.



Outro movimento desta fase é o Contestado, que se desenvolve de 1912 até 1916 em Santa Catarina, liderado pelo monge José Maria.



Inserem-se no mesmo quadro as atividades de Lampião no nordeste brasileiro, no período de 1917 até 1938, na medida em que este possa ser tido como uma forma de banditismo "social", cujas origens estariam na exploração dos pequenos agricultores - como a família de Lampião - e nas estruturas de poder político regional, dominadas pelo latifúndio. Esta posição, defendida pela historiografia marxista brasileira dos anos 1960 - especialmente pelo historiador Rui Facó - e recuperada mais tarde pelo historiador inglês Eric Hobsbawn, tem sido, entretanto, contestada por uma outra vertente que vê o banditismo do cangaço numa relação de comensalidade com o latifúndio, mais do que de oposição”.(Postado por Adelson Elias Vasconcellos, blog comentando a noticia, outubro 2009)

Ainda segundo o documento acima citado, de 1940 até 1955 o rumo do movimento toma caminhos diferentes, com o endurecimento e radicalização dos mesmos, sendo, contudo, vítimas da perseguição, com inúmeros mortos pelas forças repressoras a serviço do Estado burguês.

Um dos movimentos que marcou intensamente a luta pela terra, foi às ligas camponesas que dialogava com grande parcela dos camponeses, sendo também fortemente reprimida pelos governos defensores da propriedade privada e da concentração de terra nas mãos de uma minoria privilegiada.

As leis brasileiras tinham forte componente impeditivo, como é o caso da constituição de 1946, que em relação à reforma agrária estabelecia e limitava as desapropriações, onde as mesmas só poderiam acontecer mediante a indenização paga em dinheiro.

Apesar das contradições políticas, é reconhecido o esforço de João Goulart, contextualizado pelas circunstancias históricas, que ao publicar em 1964 o famoso decreto que buscava impulsionar a reforma agrária no Brasil, na prática, esse decreto como se observou, além de não atender o objetivo proposto ainda foi usado como um dos pretextos para o golpe de 1964 e conseqüentemente a implantação da famigerada ditadura militar no Brasil.

Os militares fazendo média e tentando controlar e calar os trabalhadores organizados, em 1975 propõe o estatuto da terra, buscando redefinir a “função capitalista da terra”.

A constituição de 1988 avançou e reconheceu de certa forma os direitos sociais, porém, em grande parte dos debates vinculados a defesa da propriedade, a reforma agrária ficou refém da bancada ruralista que é um dos grandes pilares na luta pela reforma agrária no Brasil.

Herdeiro do movimento de resistência organizado, o MST tem produzido as mais belas manifestações de luta pela reforma agrária no Brasil, em que pese o mesmo estar engessado e de certa forma refém das políticas compensatórias e do aliciamento do governo Lula/Dilma.

Uma das tragédias mais marcante dessa caminhada foi o massacre em Eldorado dos Carajás, que ocorreu em 17 de abril de 1996. Uma coluna de trabalhadores sem-terra pretendia chegar pacificamente à Belém do Pará, porém, foram vitimas de uma emboscada pelos policiais militares, que metralharam os campesinos, ficando um saldo de 19 mortos, 69 feridos e dezenas de desaparecidos. Nesse mesmo dia, integrantes da Via campesina que estavam reunidos no México, cidade Tlaxcala declararam o dia 17 de abril como o “Dia Internacional da luta camponesa”. Em 2005 pressionado pelo movimento o até então presidente FHC decreta o dia 17 de abril como o dia Nacional de luta pela reforma agrária.

Quinze anos depois do massacre de Eldorado dos Carajás, os sobreviventes lançam um manifesto onde reafirmam que:

“Daqui, da Comunidade 17 de Abril, hoje somos quase seis mil pessoas numa das maiores agrovilas de assentamentos de Reforma Agrária do país; nossa residência política, ética, moral e cultural, nos manifestamos;

Pelos nossos mortos e pelos sobreviventes nos manifestamos. Pela reforma agrária, pelo fim do latifúndio e sua força jurídica nos manifestamos e exigimos justiça...

...A memória é subversiva, ninguém a modela, insurge contra os truques midiáticos e os opõe a cada ano, nesta data da classe trabalhadora e das novas gerações nascidas na luta e na resistência do povo brasileiro e amazônida frente a máquina voraz do capital.

Da marcha interrompida pela morte, onde pretendíamos chegar a Belém do Pará para uma negociação por terra, andando a pé quase oitocentos kilômetros, que para os governantes algo injustificável, como o ato insólito e traiçoeiro dos mesmos e, de todos os envolvidos. Chegamos ao mundo em notícias, em páginas de jornais e imagens televisivas numa curva onde hoje está o monumento das castanheiras e o nosso coração, um bosque simbólico.” (Com ternura, Assentamento 17 de Abril, Eldorado do Carajás, Abril, de 2011. Ano de luta e resistência na Amazônia! Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – PA).”

Do ponto de vista metodológico, a melhor maneira de se enfrentar o latifúndio é a implementação de ações concretas, como ocupações de fazendas, de órgãos públicos, que para além do chamar atenção para a concentração de terra nas mãos de poucos, a ação direta se põe como uma realidade e necessidade objetiva da luta pelo enfrentamento revolucionário.

Entendemos que é urgente a aliança campo/cidade, no sentido de se estabelecer novos parâmetros e os devidos enfrentamentos tanto no meio rural, quanto no meio urbano, questionando a concentração de terra, a especulação imobiliária e a concentração de terras existentes nos minifúndios urbanos, cujo valor agregado também conduz para a partilha, a socialização das riquezas hoje pertencente a um pequeno número de burgueses.

No campo e na cidade a luta e os objetivos estratégicos se combinam e se complementam rumo à construção de um mundo novo, livre, igualitário e liberto da opressão do capital.

Resistir é preciso!!!

Levantado do Chão!



“Do chão sabemos que se levantam as searas e as árvores,

levantam se os animais que correm os campos ou voam por cima deles,

levantam-se os homens e as suas esperanças. Também

do chão pode levantar-se um livro, como uma espiga de trigo

ou uma flor brava. Ou uma ave. Ou uma bandeira.

Enfim, cá estou outra vez a sonhar. Como os homens

a quem me dirijo.”



José Saramago



Aldo Santos: Ex-vereador em SBC, Coordenador da corrente política TLS, presidente da Associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, membro da executiva nacional do Psol. (17/04/2011)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Comparei a opinião de um filosofo com a opinião de um aluno e verifiquei que a maneira de pensar, agir e falar é completamente oposta...

Conhecimento que para muitos era desconhecido.


Filosofia é uma ciência que é preciso ter muita determinação para aprende-la.É o estudo que desperta novas idéias em nossa mente, conhecimento que para muitos era desconhecido.

Achei muito interessante pesquisar sobre a vida dos filósofos que estavam na apostila (caderno do aluno) e através da internet visualizei varias paginas no Blog do prof. Aldo Santos.Nas aulas ele conversou sobre vários assuntos, tirou dúvidas e demonstrou inteligência e pensamentos de um verdadeiro filósofo.

No caderno achei interessante transformar em história em quadrinhos os textos dado por ele, através dos desenhos dava para interpretar melhor a leitura de cada História.

O direito de opinião foi dado para que cada aluno pudesse expressar as perguntas no caderno.

Os assuntos gerais despertaram curiosidades que correspondiam com as conversas e respostas em sala de aula.

Comparei a opinião de um filosofo com a opinião de um aluno e verifiquei que a maneira de pensar, agir e falar é completamente oposta, porém, todas as dúvidas foram bem respondidas e completadas.

Tenho muito que aprender em Filosofia!!!

Aluna: Meriellen Pâmela Carneiro

E.E Pedra de Carvalho.

Prof. Aldo Santos

segunda-feira, 25 de abril de 2011

NEGROS VIVEM 67 ANOS NO BRASIL, SEIS A MENOS QUE A POPULAÇÃO BRANCA

Negros vivem 67 anos no Brasil, seis a menos que a população branca


Dando continuidade a nossa reunião, realizada no dia 21 de março por ocasião do dia internacional pela eliminação do preconceito racial, voltamos a nos reunir nesse dia 02 de março de 2011, às 9 horas na Subsede da APEOESP SBC.

Diante de um cenário concreto de atos de discriminação Racial, como a banana jogada no Neymar e o Neynmar dando uma banana para o tema em si. Vejamos: "Eram muitas vaias, até na hora de bater o pênalti estava o estádio inteiro vaiando. Esse clima do racismo é totalmente triste. A gente sai do nosso país, vem jogar aqui e acontece isso. É triste, prefiro nem tocar no assunto, para não virar uma bola de neve", disse o próprio Neymar, em entrevista à TV Globo e ao Sportv. (UOL esporte 27/302011)

Diante da postura homofóbica e de racismo de Deputado Bolsonário envolvendo a artista Preta Gil, “Tas avalia que Bolsonaro cometeu “duas coisas que faz com recorrência: declarou seu profundo apoio à ditadura militar e manifestou dois preconceitos, contra os negros e contra os gays”. O humorista foi ouvido para colher sua visão da entrevista. No programa, Preta perguntou a Bolsonaro se ele deixaria seu filho namorar com uma negra. “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu”, declarou o deputado. (Entrevista de Marcelo Tas no CQC,30/03/2011)

“Diante da “releitura teológica” e de justificativa da escravidão do continente Africano, por um Pastor Deputado que: “Em seu perfil na rede de microblogs, Feliciano disse: “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”. Em seguida, outra mensagem, afirma que “sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome...(sic)”, afirmou Feliciano, que também é empresário e pastor evangélico. (Uol noticias, 31/03/2011) .

NEGROS VIVEM 67 ANOS NO BRASIL, SEIS A MENOS QUE A POPULAÇÃO BRANCA

A expectativa de vida da população negra – formada por pretos e pardos – é de 67 anos no Brasil. De acordo com o Relatório Anual das Desigualdades Sociais, esse tempo é inferior ao registrado entre os brancos, que vivem 73 anos em média.

O levantamento foi feito pelo Núcleo de Estudos de População, da Unicamp, e divulgado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nesta terça-feira (19).

O estudo ainda revela que a probabilidade de um homem negro morrer assassinado é duas vezes maior, quando comparado a alguém que se autodeclara branco. As mortes de negros nessas circunstâncias cresceram num período de seis anos, enquanto a média geral teve um recuo. Em 2007, 44 mil pessoas foram assassinadas no país. Aproximadamente 64% das vítimas eram negras.

Essas desigualdades também foram verificadas na educação. Em 2008, por exemplo, 62% dos jovens negros com idade entre 11 a 14 anos não estavam cursando a série correta. Já entre os brancos, menos de 46% estavam atrasados na escola.

Segundo o relatório, oito em cada dez estudantes pretos e pardos, de 15 a 17 anos, estavam cursando séries abaixo de sua idade ou tinham abandonado o colégio no período avaliado.

21-Abr-2011 Por Jorge Américo, da Radioagência NP


Além do veemente repúdio, devemos responder a esses ataques cotidianos com união, organização e participação efetiva no combate a esses comportamentos criminosos.

O nosso diálogo detectou que o debate do preconceito racial no mês de novembro é fundamental, todavia, o mesmo deve ser de natureza permanente numa sociedade de classe e de atraso histórico, como é nossa sociedade.

Nesse sentido, foram aprovados os seguintes encaminhamentos:

1-Elaboração de um texto para panfletagem exigindo as cotas na faculdade de Direito São Bernardo;

2-Fazermos um levantamento histórico sobre as raízes da escravidão na cidade e região;

3- Organizar palestra/debate com os pesquisadores da área, Alfredo Buollos, ou José de Sousa Martins;

4-Solicitar uma reunião com a secretaria de Educação do Município e a Diretoria de ensino para exigir o cumprimento da lei federal que incorpora os conteúdos afro-descendentes no currículo escolar;

5-Criação de um blog para postar as atividades desenvolvidas pelo movimento, com o objetivo de preservar e estimular a memória das atividades desenvolvidas na região, preservando a memória, e a memória servindo de ferramenta estimuladora de lutas e organizações coletivas.

OBS: Favor nos enviar proposta de nome para o nosso blog, para darmos início e talvez no dia 13 de maio, “dia de denunciar o racismo” possamos fazer o lançamento e colocá-lo em evidencia .

A panfletagem será realizada numa terça feira, onde estamos nos reunindo sempre as 10 horas na Subsede da APEOESP SBC. Participe de nossas atividades, enviando textos e recortes para o nosso blog.

(Axé=Força e poder para todos)

Aldo Santos

Carlos Wellington

Professor Cido

Não perca a oportunidade de mudar os rumos da APEOESP

Olá a todos e todas:



Não perca a oportunidade de mudar os rumos do nosso Sindicato - APEOESP.No início de junho vamos ter eleições gerais da categoria .


Em nível Estadual, somos chapa 2 para colocarmos o sindicato nos trilhos, voltado aos interesses dos professores.


Em nível regional, compomos um coletivo onde você poderá votar em até 28 nomes para mudar a direção regional que durante um ano e meio ficou ausente dos reais interesses da categoria.


Abaixo, participe do nosso blog e conheça nossas propostas e os nossos candidatos.


Aldo Santos


http://oposicaopravalerchapa2.blogspot.com/

domingo, 24 de abril de 2011

Refletindo sobre o primeiro Bimestre de Filosofia .

Na Filosofia conheci alguns conceitos importantes principalmente que a filosofia significa ‘Busca do Conhecimento verdadeiro, ou seja, a busca da verdade, forma pela qual a filosofia realiza essa busca da verdade por meio da Reflexão’.

Algumas Historias importantes me chamou atenção como a Saga do Édipo que contou a Historia de Laio casado com a bela Jocasta que não poderiam ter filhos, porém não acreditou no oráculo e teve um filho, quando a criança nasceu foi abandonada numa serra encontrado pelo Rei de Corinto o criou como seu próprio Filho. Uma Historia mitológica emocionante!

Apostila do Aluno: Nas minhas atividades da apostila fiz algumas atividades importantes com base na minha própria Reflexão ou na sensação. Lá conheci Alguns Filósofos como Sócrates, Platão e alguns outros.

Baseei-me no intelecto, o que o Espelho não pode retratar como as virtudes de uma pessoa, as funções do intelecto e conheci mais a Ética e a Política.

No Filme Olga me Comoveu com uma Historia emocionante que relatou a vida de Olga Benário Prestes, Alemã e Filha de Judeus, Olga se tornou uma comunista. Olga quis libertar seu namorado Otto Braun da Prisão onde foram obrigados a fugir para a União Soviética onde passaram a receber Treinamentos de Guerrilha. Logo depois, Olga conhece Luis Carlos Prestes,um grande líder Comunista Brasileiro e quando Prestes volta ao Brasil, Olga teve a missão de escolta-ló, daí passam a viver clandestinamente, pois pretendiam acabar com o Governo de Getúlio Vargas. A partir desse convívio, acontece uma relação amorosa entre Prestes e Olga e ela acaba ficando grávida.

Quando o movimento é derrotado pelas forças de Vargas, Olga e Prestes são presos e Olga foi deportada Grávida e pediu um conforto melhor por ser casada com Prestes.

Na prisão alemã Olga tem uma filha com nome de Anita e após o período de amamentação a menina foi retirada de Olga e entregue a sogra. Depois de muitos anos na prisão Olga foi morta na câmara de gás.

O filme Diários de Motocicleta relata uma História de muita Aventura baseada em fatos reais de dois garotos, Che Guevara e seu amigo Alberto Granado que viajam pela America Latina com pouco dinheiro e uma moto caindo os pedaços. É muito emocionante quando eles vão para o acampamento ou hospital dos leprosos. Um  filme muito legal e marcante, assim como também o de Olga.

Nome: Pedro Henrique Coelho Cavalcante. 1º C

E.E Pedra De Carvalho

Professor Aldo Santos

19 DE ABRIL:GUARANI RS, EM LUTA PELA DEFESA DA VIDA E DO TERRITÓRIO.

Maurício da Silva Gonçalves Guarani

Coordenador do CAPG - Conselho de Articulação do Povo Guarani no RS

Adital.20.04.11 - Brasil

No 19 de abril, dia do índio, uma reflexão sobre a realidade Guarani no Rio Grande do Sul: em luta pela defesa da vida e do território!

Sou filho de um povo milenar. Muito antes dos europeus chegarem nestas terras o meu povo vivia com alegria e esperança dentro de um amplo território. Nele existia a dignidade. Nele se alimentava os sonhos, a relação com Deus nos cultos e ritos de uma religião que o meu povo tinha naturalmente. Nele se plantava e colhia o alimento. A vida era cultivada na harmonia e na reciprocidade.

Mas, repentinamente, os nossos antepassados se depararam com o inevitável. A civilização branca invadiu as terras, as vidas, as tradições, a cultura e a religião. Contra nossa gente iniciaram grandes batalhas. A ideologia de outro mundo foi sendo imposta para dominar e destruir o modo de ser, pensar e de se relacionar com a natureza, com a terra e com toda a vida que vigorosamente se fazia presente. Os nossos ancestrais e a natureza eram partes inseparáveis, a natureza cuidava e alimentava a nossa gente e nossos povos a ela protegiam e a tratavam com amor e respeito..

A partir de então o mundo mudou. Sobre meu povo desceu a ruína. A terra foi tomada, as pessoas eram caçadas e tratadas como animais. Foram escravizados, torturados e o modo de ser e de pensar Guarani foi atacado pela intolerância e imposição de outro modelo de civilização e cultura. Fomos proibidos de falar nossa língua. Tudo aquilo que era vida e reciprocidade se tornou pecado. A fé em Nhanderu foi transformada em feitiçaria. As crenças milenares ensinadas e vivenciadas foram atacadas por uma cruz que não era a cruz de nosso povo. O espírito Guarani, a alma Guarani foi rasgada por esta cruz. E os corpos, a vida física, por sua vez, eram cortados pela espada que acompanhava a cruz.

E assim, depois de milhares de anos, foi afetada tragicamente uma história que poderia ser um sinal de esperança para uma humanidade que vive uma profunda crise. A civilização branca vem construindo a sua própria destruição, a sua própria ruína. Esse é o saldo para toda a humanidade.

Apesar de vivermos num vasto continente, só nos sobrou pequenas parcelas de terras na Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil. Somos quase três centenas de milhares de pessoas do Povo Guarani Mbya, Nhendewa, Kaiowá. Cultivamos com sabedoria e paciência a nossa cultura. Não negamos o modo de ser e de pensar de nossos antepassados. Os seus ensinamentos nos acompanham no nosso constante caminhar. Mantemos viva a nossa língua Guarani, cultuamos nossa crença em Nhanderu. Acreditamos nas palavras das pessoas e confiamos nelas, porque é assim que se deve ser na vida.

Nós acreditamos que Nhanderu entregou a terra para ser cuidada e partilhada. Ela é nossa e dos demais seres viventes. Por isso, procuramos, ao longo dos anos, zelar por ela. O homem dito civilizado jamais poderá atribuir aos Guarani a devastação e o desrespeito que a terra enfrenta. Valorizamos a terra como parte de nosso corpo. Se cortarmos uma mão, arrancamos um membro importante do corpo. E assim é com a terra para os Guarani, não admitimos que ela venha a ser maltratada, rasgada, destruída.

Mas ao olharmos para o nosso planeta, em especial para o Brasil, a gente vê a terra sofrendo. Suas matas foram cortadas e no seu lugar construíram cidades, indústrias, grandes plantações. Os rios foram transformados em depósitos de dejetos de fábricas, de lavouras. Os rios estão morrendo porque as suas águas correm poluídas, contaminadas. Do pouco que ainda restou querem represar através de grandes e pequenas barragens. Querem, com isso, gerar mais energia para novas indústrias. E com as novas indústrias teremos ainda mais dejetos, mais poluição e a vida do planeta, a vida no Brasil, vai se acabando.

Durante as nossas reuniões, de lideranças das comunidades Guarani, os nossos Karaí sempre perguntam: "Até onde os Juruá (homem branco) pensam que podem ir? Será que eles não sabem que estão acabando com a terra, com a vida? Será que eles não percebem que a natureza precisa ser bem cuidada?” Eles não entendem como podem desprezar a vida só pela ambição de ter mais dinheiro e mais poder. Para os nossos líderes religiosos a vida é simples. Eles, na sua humildade e sabedoria, têm a certeza de que não é do muito que se tem, não são as riquezas materiais que darão alegria e esperança para os homens e mulheres. Eles afirmam com convicção de que se a terra estiver viva, protegida e valorizada, todos terão exatamente aquilo que necessitam para viver.

E nesta concepção, no modo de pensar a terra e os seus bens, é que habita a grande diferença entre os povos indígenas e a civilização branca. Para os Juruá somente tem sentido viver com dinheiro, muitas posses, muitas riquezas. No entanto, para eles, o custo da riqueza acumulada não entra na conta, ou como muito se fala entre os brancos, não é contabilizada. De tudo o que se extrai da terra há custos e muitos deles são impagáveis com dinheiro e poder. A devastação alucinada da terra compromete o restante da vida dos demais filhos da terra. Estão matando a própria mãe em função da ganância.

Apesar de uma história de sofrimentos somos um povo de resistência. Resistimos à colonização opressora. Resistimos e enfrentamos esta civilização que domina o nosso Brasil. Tornaram-nos minorias onde éramos a maioria. Queriam, naquela época, mudar nossa alma, porque acreditavam, os ditos civilizados, que a nossa alma era pagã, impura, pecadora. Não nos aceitavam como gente. E a isso resistimos. Muitos dos líderes assumiram a defesa do povo, da terra e das nossas tradições. Enfrentaram as espadas, os canhões dos civilizados.

Nós resistimos ao modelo de dominação dos brancos e nos colocamos contra as suas estruturas de poder e de fazer política. Acreditamos na nossa força e na nossa cultura, por isso resistimos aos massacres, à catequização forçada, à escravização de nossos antepassados, às guerras contra nosso povo, que foram impostas porque queríamos viver em paz nas nossas terras. Resistimos e vivemos construindo história, embora esta seja negada por aqueles que fazem livros.

A cultura dos brancos, dos chamamos Juruá, de fato não serve como modelo para o mundo de ninguém. A mãe terra está sendo consumida pela fumaça das usinas, dos carros. Está sendo contaminada com os venenos de fábricas e plantações. Está sendo tratada como mercadoria para ser consumida e depois não restará nada dela. Por tudo isso os Guarani lutam por uma terra sem mal, onde não existirão nem maiores e nem menores, onde todos seremos filhos da mesma terra mãe.

Hoje em dia, para as nossas famílias viverem, o governo vem destinando alguns metros de terra, que na maioria das vezes são devolutas, nas margens de estradas, sobre barrancos, na beira de sangas poluídas e/ou em pequenas capoeiras próximas de grandes fazendas. Por nos tratarem como restos nos destinam as pequenas sobras de terras que pelos brancos são desprezadas. E não raras vezes dizem que somos preguiçosos, que não queremos trabalhar e que vivemos como bichos. Mas quando decidimos retomar terras que são nossas, se reivindicamos direitos, se exigimos do poder público que nos respeite e demarque nossas terras então somos tratados com arrogância e dizem que somos manipulados por terceiros.

Mas é neste contexto, onde as visões de mundo são diferentes, que nós os Guarani e os demais povos indígenas lutamos por direito e dignidade. Lutamos por respeito à cultura, à terra e ao futuro. Nós ainda acreditamos que é possível reverter esta realidade. E os nossos líderes religiosos sempre dizem que, embora os Juruá insistam em destruir a terra, ela existirá enquanto os Guarani existirem. Destruindo os Guarani, destruirão a última esperança de vida no planeta. Faço essa referência sobre os líderes do meu povo, mas já ouvi outros líderes indígenas, como o Davi Yanomami, falar a mesma coisa, ou seja, se destruírem os filhos da terra, destruirão em definitivo a terra inteira.

Nosso povo luta e continuará a lutar pela terra. De nosso modo, com paciência, mas com a força sagrada de nossos velhos, nossos Karaí, as Kunhã Karaí, que nos ensinam a viver, nos aconselham a sermos bons com todas as pessoas, a tratar todos com igualdade. E seguiremos, andando, procurando por nossa terra, construindo nosso bem viver e exigindo das autoridades que cumpram com seu dever de demarcar as terras que as leis dos brancos, escritas pelos brancos, determinam que esse nosso direito deve ser assegurado.

Aproveito a oportunidade para apresentar as reivindicações dos Guarani, na expectativa de que elas sejam devidamente atendidas, uma vez que aqui nesta audiência se encontram representantes dos governos estadual e federal:

Que o governo federal, em articulação com o governo do estado do Rio Grande do Sul, busque resolver um dos graves problemas que impede a ocupação e o usufruto de nossas terras, aquelas já demarcadas, que são os pagamentos das indenizações aos ocupantes não indígenas de nossas terras. Esta é uma obrigação da Funai, pois cabe a ela buscar soluções para as questões relativas aos problemas fundiários. Pedimos, mais uma vez, entendimentos entre os governos federal e estadual no que se refere ao pagamento dos não-indígenas pelas terras que no passado foram loteadas e tituladas pelo governo do Estado e que estão sendo demarcadas como terras indígenas. Com isso, se pode acelerar os processos e diminuir os conflitos. Segue relação das terras prioritárias:

Cantagalo

O Cantagalo é uma das aldeias mais antigas no estado. Os estudos já foram concluídos, tudo já foi feito, mas os colonos ainda estão lá. Não aceitamos mais a demora na retirada dos ocupantes brancos. Já se passam anos da decisão da homologação da terra, mas até agora a Funai não pagou as indenizações e nem procedeu a retirada dos brancos da terra indígena. Além da demora na demarcação, as cercas estão abertas, e os animais dos vizinhos entram na terra e comem as plantações da comunidade indígena. A comunidade está muito desanimada com a demora.

Todas as nossas comunidades têm muita preocupação por causa das incertezas quanto ao futuro, principalmente porque não temos terra para plantar e dela extrair o sustento. No nosso modo de pensar e viver é bem diferente dos Juruá. Nós sempre procuramos o bem viver, viver tranqüilo, plantar para o consumo das famílias. Os juruá querem plantar para vender, usam a terra como mercadoria e não pra vida.

Mato Preto

Solicitamos à FUNAI que assegure o direito a terra tradicional, garantindo a continuidade do procedimento demarcatório uma vez que o relatório de identificação da área foi publicado. É necessário agilidade na análise das contestações apresentadas como resultado do direito ao contraditório das partes interessadas. A comunidade aguarda com expectativa a publicação da portaria declaratória da área.

Irapuã

Agora que finalmente saiu a publicação de identificação e delimitação da área, solicitamos rapidez nos demais passos do procedimento demarcatório, principalmente para que se possa estruturar comunidade e construir as casas longe da beira da estrada.

Estrela Velha

O GT é do início de 2008 e ainda não foi concluído. A TI Kaguy Poty é uma das áreas mais tranqüilas para os estudos e conclusão do procedimento de demarcação no estado, pois os não-indígenas têm vontade de sair. Por causa da demora do GT, estão começando a mudar de idéia, e conflitos podem ocorrer. Exigimos que os responsáveis pelos estudos de identificação e delimitação sejam cobrados pela FUNAI para apresentar imediatamente o relatório dos estudos de forma definitiva.

Capivari, Lomba do Pinheiro, Estiva e Lami

Para estas antigas terras guarani houve o compromisso da Funai de que o Gt seria constituído ainda no governo passado. A Funai não cumpriu com seu compromisso. São situações difíceis, em função de nas áreas viverem muitas famílias, que aguardam com ansiedade pelos encaminhamentos da Funai. Exigimos que o prometido seja cumprido, e essas terras sejam contempladas e demarcadas com a criação de GT`s. ESSA É A PRIORIDADE PARA 2011.

Itapuã, Ponta da Formiga, Morro do Coco, Arroio do Conde, Petim e Passo Grande

Estas terras estão tiveram os estudos de identificação e delimitação realizados nos anos 2008 e 2009. O relatório foi concluído e entregue para a Funai. Exigimos que o órgão indigenista proceda a análise e publique o referido estudo. Vale ressaltar que as comunidades vivem em pequenas áreas e aguardam pelo efetivo reconhecimento de suas terras.

Coxilha da Cruz

Aguardamos a solução para a completa regularização do Tekoá Porã, desapropriada pelo governo estadual em 2000, mas até hoje aguardando a finalização das indenizações. O governo estadual não cumpriu com o protocolo de intenções para terminar o pagamento. Atualmente a comunidade ocupa apenas a metade da área desapropriada.

Mata São Lourenço e Esquina Ezequiel

A Mata São Lourenço é uma das poucas áreas com matas boas na região das Missões. A FUNAI deve encaminhar um GT, antes que essa mata seja devastada para dar lugar a monocultura da soja. A Esquina Ezequiel, nas margens do Arroio Piratini, deve estar junto com o GT da Mata São Lourenço, pois também é uma área importante para a formação de aldeia na região das Missões.

Acampamento de Santa Maria

A situação das famílias acampadas no município de Santa Maria necessita de atenção da FUNAI. Estão numa pequena faixa de terra na beira da estrada, e correm riscos quando vão buscar água e comercializar seus produtos. Aguardam por uma solução para melhorar as condições de vida da comunidade. A comunidade reivindica que a Funai proceda aos estudos de uma área para o assentamento das famílias.

Águas Brancas

Exige-se que a Funai conclua o procedimento de demarcação da TI Águas Brancas, pois a portaria declaratória desta área foi publicada há mais de uma década.

Diante de nossas reivindicações, que são legítimas, cabe ao governo respeitar a Constituição Federal demarcando as nossas terras tradicionais. Exigimos também que cumpra com as normas e convenções internacionais, especialmente a Convenção 169 da OIT, sobre questões que nos afetam, como tem sido os empreendimentos de duplicações de estradas e barragens que cortam e inundam as nossas terras.

Reivindicamos também que as políticas de assistência sejam efetivamente executadas, tendo em conta as nossas necessidades, direitos e as diferenças.

Quero, por fim agradecer a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, que ao longo dos últimos anos, vem prestando importante contribuição no debate e na divulgação sobre a questão indígena e em especial agradeço pela postura que assumem em defesa dos direitos humanos, em defesa de nossos direitos.

Desejamos contar com os movimentos sociais, populares, entidades e outros tantos segmentos que se interessam pela questão indígena, não para que tenham um olhar de caridade ou piedade, em apoio à nossa luta, mas que estejam conosco pela causa indígena, que hoje é também uma causa da humanidade. Uma humanidade em crise e que precisa urgentemente de todos aqueles que desejam construir outro mundo, diferente deste que está em decadência. Um mundo do Bem Viver.

Porto Alegre, RS, 19 de abril de 2011.

terça-feira, 19 de abril de 2011

ANDRÉ SAPANOS É O NOVO PRESIDENTE DO PSOL EM MAUÁ.



André Sapanos é o atual presidente do Psol em Mauá. Ele foi candidato a vereador na eleição passada e é professor da rede pública estadual. O professor André juntamente com o Mestre Del e demais componentes vão liderar e propiciar a retomada do Partido na cidade e na Região.

Os membros eleitos são: Professor André, Mestre Del, Augusto, Ana Maria, Getúlio, Fernando, Tatiana, Anselmo, Vânia, Luiz e Vladimir e mais três suplentes. A responsabilidade é grande e os desafios são enormes, diante do atual quadro em que o partido se encontrava. Vão precisar de muita unidade, organização e participação dos membros do Diretório e dos filiados em geral, dado a crise deixada por pessoas que colocavam os interesses particulares acima do coletivo.

Nesse Encontro foi aprovado uma série de diretrizes que vão orientar o partido na cidade. Um dos pontos com o qual temos concordância é melhorar a relação e a integração regional, dado a importância econômica desses municípios no cenário político Nacional.

O Encontro contou ainda com a presença de filiados de Rio Grande da Serra e dos representantes da Executiva Estadual –Leandro Recife e de Aldo Santos da Executiva Nacional do Partido.

A executiva estadual do Psol reconheceu a legitimidade do encontro e assim estão dadas as condições para o crescimento do partido na cidade, diante da urgente necessidade de se apresentar aos moradores como alternativa concreta de mudança já no pleito eleitoral de 2012. Sugiro inclusive que pensemos uma data para que nos encontremos regionalmente o mais rápido possível.

Saudações Psolistas!!!

Aldo Santos, Ex-vereador em SBC, Sindicalista, Coordenador da Corrente política TLS, Presidente da Associação dos professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, membro da Executiva Nacional do Psol.

Lixão verde no alvarenga, ninguém merece.

Há aproximadamente 15 dias um antigo e combativo militante das causas sociais do Jardim Laura, me telefonou, para me avisar o seguinte: ”Olha Aldo, antes que os outros falem, estou comunicando que citei seu nome numa plenária que aconteceu aqui no Jardim Laura, por conta da realização do debate sobre a usina de lixo que querem implantar na região. Lembro-me que essa foi uma grande luta desenvolvida pelo seu mandato de vereador com o apoio de inúmeras lideranças locais no final da década de 80 e início da década de 90, na câmara municipal de Sbcampo.”

Esse companheiro de fato tem razão, pois aqueles com um pouco mais de idade se recordam o que representava para a região o lixão funcionando a todo vapor: os gases que exalavam, a sujeira nas estradas do grande Alvarenga, a desvalorização dos imóveis, a saúde do povo comprometida dentre outros pontos.

Por vários anos militei e constitui amigos que os preservo até hoje, além de ter lecionado na escola Domingos Peixoto, onde diariamente ouvia as demandas daquela população. Dentre essas demandas, estão: a pavimentação asfáltica, limpeza permanente, melhor atendimento a saúde da população, transporte coletivo decente, regularização fundiária e a construção de mais escola estadual e creche na região.

Aquela população já deu sua cota de sacrifício convivendo com o lixão por anos seguidos e está na hora da prefeitura, buscar uma alternativa para a instalação da referida usina e não construí-la em áreas densamente povoada como é o caso do grande Alvarenga que já sofre com o abandono por parte de sucessivas administrações e não pode mais uma vez ser submetida a essa atrocidade governamental.

Espero que a gestão atual tenha discernimento e compatibilize o avanço tecnológico do tratamento do lixo com o direito de morar sem transtorno e piora na qualidade de vida das pessoas.

A impressão que se tem é que a periferia ao invés de ser priorizada com benefícios a que tem direito é mais uma vez penalizadas por ter pobres, desassistidos e abandonados historicamente pelo poder público.

Entendo que a população deve se manifestar diante desse ataque da atual gestão do PT e seus aliados, insensíveis com as causas dos pobres e com o direito de fato a cidadania.

Convidamos os filiados do partido da região para que possamos realiza as nossas reuniões nos núcleos para nos posicionarmos diante desse presente de grego da atual administração.

Lutar é preciso,

Aldo Santos, Ex-vereador SBC, Sindicalista, Presidente da Associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, Membro da Executiva Nacional e do diretório municipal do Psol. (18/04/2011)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

OPOSIÇÃO UNIFICADA NA LUTA REALIZA CONVENÇÃO.

Durante mais de quatro horas, centenas de militantes do estado de São Paulo, vinculados a rede estadual de Educação debateram o programa, aprovaram a chapa unificada e a mesma recebeu apoio de inúmeras entidades sindicais, de parlamentares e de partidos Políticos. No momento da composição da chapa, fizeram uso da palavra alguns militantes que no inicio do processo pleiteavam a disputa pela cabeça da chapa. Segundo o companheiro Giba, o momento é de muita unidade e fez uma menção honrosa aos 15 anos de existência da oposição alternativa.

Para a Professora Ozani representante da TLS, enalteceu o esforço de unidade conquistada, reafirmou que o caráter socialista da luta de classe deve orientar a disputa de corações e mentes dos professores(as) nesse embate Sindical. Disse que para enfrentar o aparelho político e sindical da Articulação unificada, a resposta deve ser a altura dessa disputa, onde a unidade é fundamental nesta ou em qualquer demanda política apresentada. Disse que isoladamente não somos nada, porém juntos somos imbatíveis. Expressou publicamente o compromisso da TLS com a democracia operária, no apoio irrestrito ao candidato João Zafalão e assim deve ser o compromisso das demais correntes que compõe o arco de aliança nesse processo. O Candidato a presidente pela oposição unificada João Zafalão, agradeceu aos presentes e qualificou como uma vitória da classe a unidade das inúmeras correntes que fizeram parte da mencionada convenção. Ao final de seu discurso, destacou às representações sindicais e partidárias presentes e agradeceu a todos e todas fazendo um grande chamado, pois, está em disputa nada mais nada menos que o maior sindicato da America Latina.

Vários dirigentes estavam presentes nesse evento. Pela TLS, várias delegações do estado compareceram ao ato em si, absolutamente sintonizado com a estratégia sindical recentemente aprovada no nosso primeiro congresso.

De fato é um destacado momento da conjuntura brasileira, pois a responsabilidade e o desafio é muito grande diante desse enfrentamento com o setor dirigente, que mantém uma política de colaboração de classe em nível federal, estadual e em alguns municípios faz corpo mole diante da possibilidade efetiva da municipalização.

Lutar e vencer é preciso!!!

Aldo Santos: Sindicalista, coordenador da corrente política TLS, presidente da corrente da Associação dos Professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, membro da Executiva Nacional do Psol. (17/04/2011)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

VIDA,PRINCIPAIS IDÉIAS E ESCRITOS DO PROFESSOR ALDO SANTOS

VIDA

Aldo Josias dos Santos, professor, casado, filho de Josias Raimundo dos Santos e de Maria Bevenuta de Jesus. Cearense de Brejo do Santo, logo cedo migrou com os pais para o interior de São Paulo (morou nas cidades de Rancharia, Morutinga do Sul e Mesópolis). Na década de 70, forçado pelas condições sociais, mudou-se para São Bernardo do Campo, onde reside até hoje

Trabalhou como bóia fria, auxiliar de protético, atendente e auxiliar de enfermagem. Iniciou sua atuação sindical no Complexo Hospitalar do Mandaqui (Zona Norte da Capital), contribuindo com a formação sindical na área da Saúde, fundando a Associação dos funcionários do complexo Hospitalar do Mandaqui e juntamente com outros sindicalistas, fundam a Associação dos Servidores da Saúde do Estado de São Paulo (ASSES), precursora da organização sindical no Estado de São Paulo.

Participou ativamente das Comunidades Eclesiais de Base no final da década de 70 e início da década de 80.

Por conta de sua ação sindical, em férias, é transferido pelo Diário Oficial para um pequeno centro de Saúde no Sacomã em 1985. Neste ano, inicia sua atuação na Educação Estadual na cidade de Diadema e, até hoje leciona.

Há mais de trinta e cinco anos vem militando na esquerda brasileira, cuja trajetória é pautada pela luta, coerência e ousadia na defesa intransigente dos menos favorecidos.

É graduado em Filosofia e Estudos Sociais, Bacharel em Teologia, tem especialização em Filosofia da Educação e Sociologia do Mundo do Trabalho e é mestre em História e Cultura.

Tem vasta experiência Política: foi vereador por quatro mandatos em São Bernardo do Campo (1989-2004), foi vice-presidente e secretário da Câmara Municipal com ampla folha de serviços ao lado dos trabalhadores dessa Cidade.

Como reconhecimento de seu trabalho, recebeu da Câmara Municipal o título de cidadão são-bernardense, proposto pelo ex-vereador Melão Monteiro.

Como sindicalista tem atuado junto a APEOESP - Sindicato dos Professores da Rede Pública do Estado de São Paulo. Coordena o Coletivo Nacional de Filosofia e é presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo - APROFFESP. Atualmente é membro da Executiva Nacional do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade.

Apresentou vários projetos relevantes para São Bernardo do Campo, tais como: Passe Livre Estudantil, aprovado pela câmara e vetado pelo prefeito do PT Mauricio Soares; Semana da Consciência Negra e o projeto do Feriado no dia 20 de Novembro. Apresentou projeto de Conselho de Escola e a vinculação das creches à rede Municipal de Educação, bem como, propôs ainda a criação da Secretaria Municipal de Habitação e a obrigatoriedade do Ensino da Capoeira nas Escolas do Município, dentre outros.

Apresentou também o projeto contra o rodeio na cidade, além de ter apoiado inúmeras ocupações no município - Vila LULALDO, Vila Natanael, Vila Zilda, Acampamento Santo Dias e outras. Teve atuação marcada, na luta pela educação, saúde, habitação, transporte, defesa dos animais, presidindo e relatando importantes comissões parlamentares de inquérito na câmara municipal da cidade.

Em 2008, por unanimidade, foi indicado na convenção Municipal do Partido como candidato a Prefeito pela frente de Esquerda, composta pelo Psol, PSTU e PCB.

Por várias vezes concorreu a deputado estadual e federal onde obteve expressiva votação. Por deliberação do Diretório Estadual foi indicado como candidato a vice-governador na chapa com Paulo Búfalo e mais de uma centena de candidatos proporcionais.

Coerência, honestidade e competência têm sido a sua marca ao longo de sua trajetória política e como candidato a vice Governador pelo Estado de São Paulo cumpriu importante papel, ao denunciar os limites e caráter de classe do projeto da ficha limpa, como uma contenda que visava dentre outros propósitos, criminalizar os movimentos e os lutadores sociais.

Como professor da rede pública atua ao lado dos professores no âmbito sindical e incentiva os alunos na sua organização estudantil, rumo à destruição do atual modelo econômico que penaliza e escraviza os pobres, ao mesmo tempo em que propicia o acumulo de riqueza, terra e requisitos valorativos ao capital.

Atualmente leciona filosofia, nas escolas estaduais: Pedra de Carvalho, Maria Auxiliadora e Jacob Casseb.


Principais idéias:

Com base nas elaborações no campo do Marxismo/Leninismo, contribui com o avanço na consciência de classe, pois segundo o próprio Lênin “sem teoria revolucionária não é possível fazer a revolução”. Defende uma escola pública de qualidade e de caráter laico, voltada para a formação, promoção e libertação dos filhos da classe trabalhadora. Tem se destacado na defesa da reforma agrária e urbana, como condição indispensável no processo revolucionário, em real sintonia, partilha e viabilidade efetiva da reforma agrária no brasil. Tem atuação no campo da defesa de gênero etnia e todas as formas de liberdade da pessoa humana.

Defende a proporcionalidade direta e qualificada no legislativo, executivo, movimento popular, sindical e partidário e uma profunda reformulação de democratização do judiciário, até que possamos atingir uma sociedade socialista.

Apóia as lutas antiimperialistas, e defende que a ação direta é um passo significativo na resolutividade dos problemas e transformação da nossa sociedade.

Do ponto de vista sindical, defendeu a ruptura com a Central Única dos Trabalhadores - CUT, pois a mesma se transformou numa correia de transmissão das políticas e interesses governamentais. Defendeu a criação de uma central sindical livre dos patrões e do governo com independência de classe voltada para os reais interesses da classe trabalhadora.

Do ponto de vista partidário, milita e participa da direção nacional do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), representando a corrente política trabalhadora na luta socialista - TLS. Sobre o combate ao preconceito racial e ao xenofobismo, defende a criação de movimentos organizados em Quilombos socialistas, além da perspectiva internacionalista da luta da classe trabalhadora.

Desde a década de 80, Foi um dos articuladores na implementação do Movimento Estudantil Livre - MEL - em Diadema e com a divisão da atual direção do movimento estudantil conclama os estudantes para se organizarem nos grêmios livres nas escolas, na União Municipal dos Estudantes Secundaristas – UMES - e entende que a busca da unidade é sempre o caminho certeiro no processo de acumulação de forças concretas para derrotar o capitalismo em que vivemos.

Outras idéias constam da vasta contribuição com centenas de artigos escritos e publicados nos mais variados veículos de comunicação.



Principais escritos.

No Blog, http://professoraldosantos.blogspot.com está postado centenas de artigos sobre os mais variados temas relacionados à conjuntura internacional Nacional e Municipal. Todos esses escritos estão contextualizados sempre na defesa intransigente da classe trabalhadora em busca da ruptura revolucionária com ao atual modo de produção capitalista.

Está em fase de publicação:



• Memórias da infância;

• Sobre a luta do povo negro;

• Os filhos da Rua;

• E coletânea de artigos dos últimos dois anos.
Assessoria

Texto recente:



Com essa decisão fica a pergunta no ar, quem vai reparar ou ressarcir os danos causados a mim, ao partido e à sociedade por esse erro da própria Justiça do País?



Quando Cazuza cantou aos quatro cantos que “... a burguesia fede...”, certamente falava do sistema e da representação de classe que se mantém a custa dos pobres e oprimidos com todo aparato de controle, dominação e “perpetuação” do poder ao longo dos séculos.

No âmbito da representação legislativa, do executivo e do judiciáriario não é diferente essa representatividade de classe.

Na última eleição fui vítima de um linchamento político de toda natureza, veiculado e alimentado pelos meios de comunicação de massa, colocando-me na mesma vala de políticos corruptos e, lamentavelmente até alguns companheiros do dito campo da esquerda expressaram um comportamento e perfil político/ideológico incompativel com os princípios ideológicos orientadores do processo revolucionário.

Fui arbitrariamente “condenado” por ousar tomar partido em 2003 ao lado dos sem-teto, que numa tentativa desesperada na busca por uma moradia, fizeram uma das maiores e mais bela ocupação da história desse país. Ela tocou no cerne da luta de classe que é o questionamento direto da propriedade privada e até dos meios de produção, pois tratava-se de um terreno da Volkswagem do Brasil.

Ao posicionar-me ao lado dos ocupantes, e na condição de vereador da cidade fui publicamente alvejado pelas forças reacionarias do poder executivo, do poder legislativo e judiciário.

A Câmara tentou incriminar-me, mas não logrou êxito, diante da falta de dados que comprovasse tal feito, haja vista que a utilização formal e legal do carro que estava sob a minha responsabilidade estava amparado pelas normas estabelecidas pela instituição.

O Poder Executivo através do Prefeito William Dib – representante das elites e dos especuladores – acionou-me na justiça e também não conseguiu seu intento de condenar-me.

No Poder Judiciário, fui acionado por dois promotores alegando que eu estaria ameaçando a ordem pública dentre outros argumentos levantados. Felizmente, um juiz sensato me absolveu numa sentença e manifestação louvavel.

Incorformados, os referidos promotores recorreram da decisão e em segunda instância fui condenado por improbidade administrativa. A sentença foi reformada tendo por base o fato de ter cedido o carro oficial da Câmara para socorrer crianças, velhos e senhoras que estavam doentes na enfermaria do acampamento Santo Dias e sem condições de locomoção, uma vez que o poder público da cidade impediu que houvesse qualquer tipo de socorro aos sete mil manifestantes da ocupação. Na ocasião ajudei e ajudaria novamente, pois a solidariedade não tem preço e “desse legado não abro mão”.

Recorremos ao STJ e ao STF da referida decisão por não concordarmos com essa sentença, uma vez que é direito de qualquer cidadão o esgotamento das instâncias, ou seja a ampla defesa e o devido proceso legal.

Nesse interim, teve início o processo eleitoral e sem o menor critério fui arrolado na relação de criminosos e saqueadores do erário público, através da lei da ficha limpa.

Fui vítima do tribunal do poder midiático e com isso causou-me enorme desconforto moral diante do julgamento precipitado, severo e impiedoso baseado numa lei totalmente inconstitucional.

Foram inúmeros os prejuízos causados, na seara pessoal, emocional, psico-social, profissional, eleitoral e partidária, haja vista que com os votos de uma campanha normal, isenta e imparcial impediria, por exemplo, a vitória apertadissima de Geraldo Alckimim em primeiro turno das eleições..

Cinco meses depois desse linchamento público, os mandatários do Supremo Tribunal Federal, ao desempatar a matéria reformaram a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, não aplicando a lei às eleições de 2010, pois por óbvio não se altera as regras das eleição no interrégno de um ano antes do pleito. Com essa decisão fica a pergunta no ar, quem vai reparar ou ressarcir os danos causados a mim, ao partido e à sociedade por esse erro da própria Justiça do País?

Mesmo sem confiar na Justiça burguesa, vou acioná-la, para demostrar que a pseuda justiça estava errada e não é tão justa e imparcial assim como querem fazer-nos crer .

Concomitantemente, é preciso repensar esse conceito universal de eleição limpa no campo da burguesia, pois o que observamos é que as eleições sempre foram e são o maior espetáculo da hipocrisia política que corrompe os pobres eleitores, com troca e compra de votos, direta ou indiretamente, ao longo da existencia do processo eleitoral brasileiro. Essa é a oficialização do maior balcão de negocio da história do nosso pais.

Nesse sentido,a ficha limpa para a burguesia é um escarnio, pois enquanto não hover financiamento público de campanha e a tomada do poder pela classe trabalhadora, a burguesia segue seu ritual e sua natureza de ser uma classe que como afirmou cazuza, é fétida.

Ao disputarmos as eleições, buscamos conquistar e convencer corações e mentes sobre a necessidade do novo, do contra-ponto capaz de sepultar esses falsos valores inerentes ao capitalismo no seu processo de desenvolvimento histórico.

Nesse sentido, apostar na “lei da ficha limpa” é vender ilusão para a classe trabalhadora que é possivel algo de limpo no processo eleitoral nos moldes do capitalismo predatório ora existente. Só tem sentido participarmos das eleições se for para transformarmos esse espaços num processo de politização e acumulação de forças de carater revolucionário , tomando partido contra os abutres que tentam se alimentar da pouca legitimação dos processos eleitorais e dos votos populares.

Eleição e mandato popular deve expressar o grande palco da luta de classe existente, voltado para a organização e os enfrentamentos necessários e cumulativos no cotidiano.

Diante dos ataques a que fui submetido e do contexto histórico do processo eleitoral, devemos imediatamente realizar debates, atos contra a criminalização dos movimentos e dos lutadores sociais. Uma vez que a se manter essa lei, a sua aplicação se fará com o claro objetivo de impedir que os pobres, socialistas e revolucionários façam a disputa mesmo no campo da “legalidade burguesa”. O silêncio diante dessa imperdoavel manifestação da justiça eleitoral, corrobora para execrar e amordaçar os movimentos e os lutadores do povo. Na prática, a aplicação dessa lei, poderá corresponder ao enunciado publicado no site Luiz Nassif, quando afirma que estão “Punindo o limpo e livrando o sujo?”

“ A burguesia fede

A burguesia quer ficar rica

Enquanto houver burguesia

Não vai haver poesia”

(música de Cazuza)



Aldo Santos - Ex-vereador em SBC, Sindicalista, Coordenador da corrente politica TLS, Presidente da associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, Membro da Executiva Nacional do Psol. (07/04/2011).

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Com essa decisão fica a pergunta no ar, quem vai reparar ou ressarcir os danos causados a mim, ao partido e à sociedade por esse erro da própria Justiça do País?

Com essa decisão fica a pergunta no ar, quem vai reparar ou ressarcir os danos causados a mim, ao partido e à sociedade por esse erro da própria Justiça do País?




Quando Cazuza cantou aos quatro cantos que “... a burguesia fede...”, certamente falava do sistema e da representação de classe que se mantém as custas dos pobres e oprimidos com todo aparato de controle, dominação e “perpetuação” do poder ao longo dos séculos.

No âmbito da representação legislativa,do executivo e do judiciáriario não é diferente essa representatividade de classe.

Na última eleição fui vítima de um linchamento político de toda natureza, veiculado e alimentado pelos meios de comunicação de massa, colocando-me na mesma vala de políticos corruptos e, lamentavelmente até alguns companheiros do dito campo da esquerda expressaram um comportamento e perfil político/ideológico incompativel com os princípios ideológicos orientadores do processo revolucionário.

Fui arbitrariamente “condenado” por ousar tomar partido em 2003 ao lado dos sem-teto, que numa tentativa desesperada na busca por uma moradia, fizeram uma das maiores e mais bela ocupação da história desse país. Ela tocou no cerne da luta de classe que é o questionamento direto da propriedade privada e até dos meios de produção, pois tratava-se de um terreno da Volkswagem do Brasil.

Ao posicionar-me ao lado dos ocupantes, e na condição de vereador da cidade fui publicamente alvejado pelas forças reacionarias do poder executivo, do poder legislativo e judiciário.

A Câmara tentou incriminar-me, mas não logrou êxito, diante da falta de dados que comprovasse tal feito, haja vista que a utilização formal e legal do carro que estava sob a minha responsabilidade estava amparado pelas normas estabelecidas pela instituição..

O Poder Executivo através do Prefeito William Dib – representante das elites e dos especuladores – acionou-me na justiça e também não conseguiu seu intento de condenar-me.

No Poder Judiciário, foi acionado por dois promotores alegando que eu estaria ameaçando a ordem pública dentre outros argumentos levantados. Felizmente, um juiz sensato me absolveu numa sentença e manifestação louvavel.

Incorformados, os referidos promotores recorreram da decisão e em segunda instância fui condenado por improbidade administrativa. A sentença foi reformada tendo por base o fato de ter cedido o carro oficial da Câmara para socorrer crianças, velhos e senhoras que estavam doentes na enfermaria do acampamento Santo Dias e sem condições de locomoção, uma vez que o poder público da cidade impediu que houvesse qualquer tipo de socorro aos sete mil manifestantes da ocupação. Na ocasião ajudei e ajudaria novamente, pois a solidariedade não tem preço e “desse legado não abro mão”.

Recorremos ao STJ e ao STF da referida decisão por não concordarmos com essa sentença, uma vez que é direito de qualquer cidadão o esgotamento das instâncias, ou seja a ampla defesa e o devido proceso legal.

Nesse interim, teve início o processo eleitoral e sem o menor critério fui arrolado na relação de criminosos e saqueadores do erário público, através da lei da ficha limpa.

Fui vítima do tribunal do poder midiático e com isso causou-me enorme desconforto moral diante do julgamento precipitado, severo e impiedoso baseado numa lei totalmente inconstitucional.

Foram inúmeros os prejuízos causados, na seara pessoal, emocional, psico-social, profissional, eleitoral e partidária, haja vista que com os votos de uma campanha normal, isenta e imparcial impediria, por exemplo, a vitória apertadissima de Geraldo Alckimim em primeiro turno das eleições..

Cinco meses depois desse linchamento público, os mandatários do Supremo Tribunal Federal, ao desempatar a matéria reformaram a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, não aplicando a lei às eleições de 2010, pois por óbvio não se altera as regras das eleição no interrégno de um ano antes do pleito. Com essa decisão fica a pergunta no ar, quem vai reparar ou ressarcir os danos causados a mim, ao partido e à sociedade por esse erro da própria Justiça do País?

Mesmo sem confiar na Justiça burguesa, vou acioná-la, para demostrar que a pseuda justiça estava errada e não é tão justa e imparcial assim como querem fazer-nos crer ..

Concomitantemente, é preciso repensar esse conceito universal de eleição limpa no campo da burguesia, pois o que observamos é que as eleições sempre foram e são o maior espetáculo da hipocrisia política que corrompe os pobres eleitores, com troca e compra de votos, direta ou indiretamente, ao longo da existencia do processo eleitoral brasileiro. Essa é a oficialização do maior balcão de negocio da história do nosso pais.

Nesse sentido,a ficha limpa para a burguesia é um escarnio, pois enquanto não hover financiamento público de campanha e a tomada do poder pela classe trabalhadora, a burguesia segue seu ritual e sua natureza de ser uma classe que como afirmou cazuza, é fétida.

Ao disputarmos as eleições, buscamos conquistar e convencer corações e mentes sobre a necessidade do novo, do contra-ponto capaz de sepultar esses falsos valores inerentes ao capitalismo no seu processo de desenvolvimento histórico.

Nesse sentido, apostar na “lei da ficha limpa” é vender ilusão para a classe trabalhadora que é possivel algo de limpo no processo eleitoral nos moldes do capitalismo predatório ora existente. Só tem sentido participarmos das eleições se for para transformarmos esse espaços num processo de politização e acumulação de forças de carater revolucionário , tomando partido contra os abutres que tentam se alimentar da pouca legitimação dos processos eleitorais e dos votos populares.

Eleição e mandato popular deve expressar o grande palco da luta de classe existente, voltado para a organização e os enfrentamentos necessários e cumulativos no cotidiano.

Diante dos ataques a que fui submetido e do contexto histórico do processo eleitoral, devemos imediatamente realizar debates, atos contra a criminalização dos movimentos e dos lutarores sociais. Uma vez que a se manter essa lei, a sua aplicação se fará com o claro objetivo de impedir que os pobres, socialistas e revolucionários façam a disputa mesmo no campo da “legalidade burguesa”. O silêncio diante dessa imperdoavel manifestação da justiça eleitoral, corrobora para execrar e amordaçar os movimentos e os lutadores do povo. Na prática, a aplicação dessa lei, poderá corresponder ao enunciado publicado no site Luiz Nassif, quando afirma que estão “Punindo o limpo e livrando o sujo?”



“ A burguesia fede

A burguesia quer ficar rica

Enquanto houver burguesia

Não vai haver poesia”

(música de Cazuza)


Aldo Santos , Ex-vereador em SBC, Sindicalista, Coordenador da corrente politica TLS, Presidente da associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, Membro da Executiva Nacional do Psol.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO

O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO
Vinicius de Moraes

Era ele que erguia casas

Onde antes só havia chão.

Como um pássaro sem asas

Ele subia com as casas

Que lhe brotavam da mão.

Mas tudo desconhecia

De sua grande missão:

Não sabia, por exemplo.

Que a casa de um homem é um templo

Um templo sem religião

Como tampouco sabia

Que a casa que ele fazia

Sendo a sua liberdade

Era a sua escravidão.



De fato, como podia

Um operário em construção

Compreender por que um tijolo

Valia mais do que um pão?

Tijolos ele empilhava

Com pá, cimento e esquadria

Quanto ao pão, ele o comia…

Mas fosse comer tijolo!

E assim o operário ia

Com suor e com cimento

Erguendo uma casa aqui

Adiante um apartamento

Além uma igreja, à frente

Um quartel e uma prisão:

Prisão de que sofreria

Não fosse, eventualmente

Um operário em construção.



Mas ele desconhecia

Esse fato extraordinário:

Que o operário faz a coisa

E a coisa faz o operário.

De forma que, certo dia

À mesa, ao cortar o pão

O operário foi tomado

De uma súbita emoção

Ao constatar assombrado

Que tudo naquela mesa

- Garrafa, prato, facão -

Era.ele quem os fazia

Ele, um humilde operário,

Um operário em construção.

Olhou em torno: gamela

Banco, enxerga, caldeirão

Vidro, parede, janela

Casa, cidade, nação!

Tudo, tudo o que existia

Era ele quem o fazia

Ele, um humilde operário

Um operário que sabia

Exercer a profissão.



Ah, homens de pensamento

Não sabereis nunca o quanto

Aquele humilde operário

Soube naquele momento!

Naquela casa vazia

Que ele mesmo levantara

Um mundo novo nascia

De que sequer suspeitava.

O operário emocionado

Olhou sua própria mão

Sua rude mão de operário

De operário em construção

E olhando bem para ela

Teve um segundo a impressão

De que não havia no mundo

Coisa que fosse mais bela.



Foi dentro da compreensão

Desse instante solitário

Que, tal sua construção

Cresceu também o operário

Cresceu em alto e profundo

Em largo e no coração

E como tudo que cresce

Ele não cresceu em vão.

Pois além do que sabia

- Exercer a profissão –

O operário adquiriu

Uma nova dimensão:

A dimensão da poesia.



E um fato novo se viu

Que a todos admirava:

O que o operário dizia

Outro operário escutava.

E foi assim que o operário

Do edifício em construção

Que sempre dizia sim



Começou a dizer: não.

E aprendeu a notar coisas

A que não dava atenção:

Notou que sua marmita

Era o prato do patrão

Que sua cerveja Preta

Era o uísque do patrão

Que seu macacão de zuarte

Era o terno do patrão

Que o casebre onde morava

Era a mansão do Patrão

Que seus dois pés andarilhos

Eram as rodas do patrão

Que a dureza do seu dia

Era a noite do Patrão

Que sua imensa fadiga

Era amiga do patrão.



E o operário disse: Não!

E o operário fez-se forte

Na sua resolução.



Como era de se esperar

As bocas da delação

Começaram a dizer coisas

Aos ouvidos do patrão.

Mas o patrão não queria

Nenhuma preocupação..

- “Convençam-no do contrário

Disse ele sobre o operário

E ao dizer isso sorria.



Dia seguinte, o operário

Ao sair da construção

Viu-se súbito cercado

Dos homens da delação

E sofreu, por destinado

Sua primeira agressão.

Teve seu rosto cuspido

Teve seu braço quebrado

Mas quando foi perguntado

O operário disse: Não!



Em vão sofrera o operário

Sua primeira agressão

Muitas outras se seguiram

Muitas outras seguirão.

Porém, por imprescindível

Ao edifício em construção

Seu trabalho prosseguia

E todo o seu sofrimento

Misturava-se ao cimento

Da construção que crescia.



Sentindo que a violência

Não dobraria o operário

Um dia tentou o patrão

Dobrá-lo de modo vário.

De sorte que o foi levando

Ao alto da construção

E num momento de tempo

Mostrou-lhe toda a região

E apontando-a ao operário

Fez-lhe esta declaração:

- Dar-te-ei todo esse poder

E a sua satisfação

Porque a mim me foi entregue

E dou-o a quem bem quiser.

Dou-te tempo de lazer

Dou-te tempo de mulher.

Portanto, tudo o que vês

Será teu se me adorares

E, ainda mais, se abandonares

O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário

Que olhava e que refletia

Mas o que via o operário

O patrão nunca veria.

O operário via as casas

E dentro das estruturas

Via coisas, objetos

Produtos, manufaturas.

Via tudo o que fazia

O lucro do seu patrão

E em cada coisa que via



Misteriosamente havia

A marca de sua mão.

E o operário disse: Não!



- Loucura! - gritou o patrão

Não vês o que te dou eu? .

. - Mentira! - disse o operário

Não podes dar-me o que é meu.



E um grande silêncio fez-se

Dentro do seu coração

Um silêncio de martírios

Um silêncio de prisão

Um silêncio povoado

De pedidos de perdão

Um silêncio apavorado

Como o medo em solidão

Um silêncio de torturas

E gritos de maldição

Um silêncio de fraturas

A se arrastarem no chão.

E o operário ouviu a voz

De todos os seus irmãos

Os seus irmãos que morreram

Por outros que viverão.

Uma esperança sincera

Cresceu no seu coração

E dentro da tarde mansa

Agigantou-se a razão

De um homem pobre e esquecido

Razão porém que fizera

Em operário construído

O operário em construção.



Site do Vinicius de Moraes

MODELO DE INSCRIÇÃO DE CHAPAS DO GRÊMIOS LIVRE ESTUDANTIL.

INSCRIÇÃO DA CHAPA




NOME DA CHAPA____________________________________________________________



GRÊMIO LIVRE ESTUDANTIL (NOME)______________________________________ DA

E.E.______________________________________



ELEIÇÃO DIA____/____/_____ - DAS 08:00h ÀS 21:00h.



NOME DOS COMPONENTES DA CHAPA


PRESIDENTE:________________________________________________________________

VICE-PRESIDENTE: __________________________________________________________

PRIMEIRO TESOUREIRO: _____________________________________________________

SEGUNDO TESOUREIRO: _____________________________________________________

PRIMEIRO SECRETÁRIO______________________________________________________

SEGUNDO SECRETÁRIO: _____________________________________________________

DIRETOR DE POLÍTICAS SOCIAIS: _____________________________________________

DIRETOR DE IMPRENSA: _____________________________________________________

DIRETOR DE CULTURA E ESPORTE: ___________________________________________

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO:________________________________________________

OUTROS.......................................................................................................................................






DESCREVER AS  PROPOSTAS DA CHAPA

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________












Assinatura do Presidente da Chapa                                                Assinatura da Comissão Eleitoral







OBS: O GRÊMIO PODERÁ SER COMPOSTO COM BASE NA PROPORCIONALIDADE



Contribuição da juventude da TLS.

____________________________ ____________________________

Assinatura do Presidente da Chapa Assinatura da Comissão Eleitoral







OBS: O GRÊMIO PODERÁ SER COMPOSTO COM BASE NA PROPORCIONALIDADE



Contribuição da juventude da TLS.

terça-feira, 5 de abril de 2011

REDE PÚBLICA TERÁ LIVROS DIDÁTICOS PARA FILOSOFIA A PARTIR DE 2012.

REDE PÚBLICA TERÁ LIVROS DIDÁTICOS PARA FILOSOFIA A PARTIR DE 2012


Por: Redação* (pauta@abcdmaior.com.br) 03/04/2011 - EDUCAÇÃO

Regime militar baniu a filosofia das escolas

A filosofia vai voltar, na prática, para o conteúdo curricular dos alunos de ensino médio, depois de 47 anos fora dos currículos das escolas de educação básica no país. No ano que vem, as escolas da rede pública receberão pela primeira vez, desde a ditadura, livros didáticos da disciplina para orientar o trabalho dos professores. Foi o regime militar que baniu a filosofia das escolas.

Em 2008, uma lei trouxe de volta a filosofia e a sociologia como disciplinas obrigatórias para os estudantes do ensino médio. A professora Maria Lúcia Arruda Aranha ensinava filosofia em 1971 quando a matéria foi extinta pelo governo militar. Hoje, é uma das autoras dos livros que foram selecionados para serem distribuídos aos alunos da rede pública pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático).

“Ela desapareceu (a filosofia nas escolas) na década de 70 e reapareceu como disciplina optativa em 1982. Mas, nesse meio tempo, eu continuava dando aula em escola particular. A gente ensinava, só que o nome da matéria não podia constar como filosofia”, lembra.

Ela avalia que o país “demorou demais” para incluir as duas disciplinas novamente entre as obrigatórias e ainda falta “muito chão” para que elas sejam ministradas da forma adequada. Ainda faltam professores formados na área já que, por muito tempo, não havia mercado de trabalho para os licenciados e a procura pelo curso era baixa. Em 2009, 8.264 universitários estavam matriculados em cursos superiores de filosofia – 78 vezes menos do que o total de alunos de direito.

Muitas vezes são profissionais formados em outras graduações como história ou geografia que assumem a tarefa. Os livros didáticos devem ajudar a orientar os docentes no ensino da filosofia. “O livro é muito importante porque dá uma ordenação do conteúdo e propõe como o professor pode trabalhar os principais conceitos, como o que é filosofia e a história da filosofia. Mesmo o aluno formado na área, às vezes, não está acostumado a dar aula para o ensino médio, não tem dimensão de como chegar ao aluno que nunca viu filosofia na vida”, explica.

A história da filosofia, as idéias dos principais pensadores como Platão, Kant e Descartes, servem de base para ensinar aos jovens conceitos básicos como ética, lógica e política. Mas Maria Lúcia ressalta que é muito importante conectar o conteúdo com a realidade do aluno para que ele “aprenda a filosofar”.

“O professor deve apresentar o texto dos filósofos fazendo conexões com a realidade daquele tempo em que o autor vive, mas também estimular o que se pensa sobre aquele assunto hoje. Isso desenvolve a capacidade de conceituação e a competência de argumentar de maneira crítica. Ele aprende a debater, mas também a ouvir”, compara.

* Com informações da Agência Brasil

Abaixo um importante documento do dia em que o

Conselho Nacional de educação decidiu pela obrigatoriedade do ensino da Filosofia e sociologia nas escolas do ensino médio.


Fomo com um ônibus de São Paulo, tomamos as galerias, agitamos e comemoramos essa importante conquista.






Aldo Santos


Presidente


da aproffesp






07/07/2006 - 16h59

Filosofia e sociologia passam a ser obrigatórias no ensino médio



Da Redação

Em São Paulo



O CNE (Conselho Nacional de Educação) decidiu nesta sexta-feira (07/07), por unanimidade, que as escolas de ensino médio devem oferecer as disciplinas de filosofia e sociologia aos alunos. A medida torna obrigatória a inclusão das duas matérias no currículo do ensino médio em todo o país, ampliando o que já era praticado em 17 Estados.



O parecer será homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo o documento aprovado, os Estados terão um ano para incluir a filosofia e a sociologia na grade curricular.



Sociologia já foi matéria obrigatória entre 1925 e 1942. Mesmo sendo optativa, várias escolas continuaram com a disciplina. O governo nunca exigiu antes o ensino de filosofia nas escolas.



De acordo com o relator da proposta, o conselheiro César Callegari, a decisão vai estimular os estudantes a desenvolverem o espírito crítico. "Isso significa uma aposta para que os alunos possam ter discernimento quando tomam decisões e que sejam tolerantes porque compreendem a origem das diversidades", disse.



Na avaliação do titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas, a medida vai ampliar o número de vagas para profissionais de filosofia e sociologia. "A falta de professores em algumas situações também vai se adequar porque, com o ensino obrigatório das duas disciplinas, os cursos de graduação formarão mais profissionais para atuar no setor", disse.



Para o professor de filosofia Aldo Santos, de São Paulo, a decisão deverá promover uma mudança na estratégia educacional que desenvolve o pensamento, a reflexão e a ação dos estudantes. "Agora, o jovem vai entender o seu papel na história e saber que ele pode ser um agente transformador na sociedade", analisou.



A inclusão das disciplinas de sociologia e filosofia no currículo do ensino médio foi comemorada por cerca de 150 professores e estudantes, que compareceram ao auditório do CNE.



Espanhol

Desde o ano passado, a oferta de língua espanhola também passou a ser obrigatória no Brasil.



Das 16.621 escolas públicas de ensino médio no país, 6.217 (37,4%) já oferecem a opção de língua espanhola na grade curricular, segundo informações da SEB (Secretaria da Educação Básica) do governo federal.



Sergipe é o único Estado do país onde não há oferta da disciplina em nenhuma escola da rede. O prazo para a implantação é de até cinco anos.



O governo não tem dados sobre as 6.587 escolas de ensino médio da rede particular no país. Para ministrar as aulas nas escolas públicas, foram contratos 12.840 professores.



A lei que torna obrigatória a oferta da língua espanhola nas escolas públicas e privadas de ensino médio foi sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 5 de agosto de 2005.



O artigo 1º do projeto diz que a escola é obrigada a oferecer a disciplina, mas ao aluno é facultada a matrícula.



Com informações do Ministério da Educação

O CONSELHO DA ESCOLA PEDRA DE CARVALHO ENCAMINHA DOCUMENTO A DIRETORIA DE ENSINO E AO MINISTERIO PÚBLICO SOBRE A QUALIDADE DAS OBRAS NESTA UNIDADE ESCOLAR.

Retomando a independência e o papel do conselho de escola.


O Conselho de escola da unidade escolar Pedra de Carvalho teve uma atitude importante e de recuperação do papel desse importante instrumento democrático do corpo docente, discente e da comunidade escolar. Ao encaminhar o pedido de abertura de investigação das obras que vem ocorrendo nesta unidade escolar à promotoria, repõe o conselho no seu devido lugar, transformando-o num instrumento de participação, fiscalização, decisão e promoção de uma educação baseada no processo democrático que deve imperar no ambiente escolar.

O Conselho de Escola aprovou ainda enviar um oficio a Diretoria de ensino pedindo esclarecimentos sobre os sucessivos problemas nesta unidade escolar, bem como solicita ao mistério publico apuração sobre a qualidade e os gastos das obras na escola Estadual Pedra de Carvalho.

Precisamos agora recuperar o papel do conselho, na aprovação do coordenador pedagógico, vice- diretor, avançando para eleição direta dos diretores de escola como já vem ocorrendo em outros estados.

A manifestação dos agentes que compõem uma unidade escolar ao ser votada pelo conselho em relação a equipe gestora deve ser uma pratica permanente, pois muitas vezes a ineficiência do mesmo esta relacionado a falta de uma gestão presente, empenhada e comprometida efetivamente com a escola publica, laica, de qualidade e democrática.Portanto, exija votação política/pedagógica no inicio do ano, sobre a continuidade ou não da equipe gestora, mesmo que no momento não encontre parcialmente respaldo legal.

Sobre as obras.

A atual reforma teve inicio em 20/12/210.

Concluído somente o piso do pátio, mas sem o acabamento com resina.

Para fazer:

Tela da quadra;

Vidro de duas salas;

Bebedouro do pátio;

Manutenção dos caixilhos;

Trocas das alavancas quebradas;

Teto moquesteiro (cozinha e depósito).

Feito errado:

Desníveis nas patreleiras do depósito da cozinha;

Granito do balcão de atendimento da cozinha quebrado e remendado;

As portas velhas foram reaproveitadas para balcão;

A cada reforma a situação piora:

Iluminação externa (não funciona, porque provoca curto circuito interno );

Reforma do telhado;

Goteira na sala da direção, secretaria, acessa escola, junção das lajes;

Moldura do batente da porta caiu;

Piso da quadra, todo quebrado.

Há aproximadamente dois anos ocorreu outra reforma: “Execução de serviços gerais de manutenção, com fornecimento de materiais e mão de obra da Escola Estadual Prof Pedra de Carvalho. investimentos R$163.037,52. Secretaria de Educação, FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação; Construtora Roy LTDA”.

Atualmente a nova reforma além de estar acontecendo em pleno dia letivo, dificultando as condições de trabalho, o custo da “... reforma do Pedra de Carvalho, por exemplo, ficou numa pequena bagatela de R$ 310 mil”.( Informação obtida na reunião com a diretoria de ensino 24/01/2011)

É urgente a criação de comissões de acompanhamento das obras realizadas com o dinheiro público, pois na maioria das vezes o desperdício,a má qualidade dos produtos e serviços mal acabados viram regras no Estado inteiro. Do ponto de vista sindical, vamos retomar a comissão que existia no sindicato, pois dinheiro público não pode ir para o ralo do desperdício e da incompetência.

Esperamos que a Diretoria de Ensino e o Ministério público façam a devida apuração das obras realizadas e que todo dinheiro publico que chegar as unidades escolares sejam transparentes, como o movimento financeiro, notas fiscais dos gastos e a reunião do conselho que foi deliberado sobre tais gastos. A transparência é fundamental para que todos tenhamos claro a lisura do processo e o manuseio responsável com o dinheiro público.



Transparência e respeito aos educadores, educandos e trabalhadores da educação é preciso!

Aldo Santos, Professor das Unidades Escolares: Pedra de Carvalho, Maria Auxiliadora, Jacob Casseb, coordenador da corrente política TLS, Presidente da Aproffesp, e membro da executiva Nacional do Psol. (29/03/2011)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Psol de Mauá elege uma nova Direção na cidade.

O Partido na cidade estava mergulhado numa crise de grandes proporções ha vários anos. No dia 29 de janeiro de 2011, vários filiados e militantes da cidade, na presença de representantes da Executiva Estadual (Marcelo e Recife) e um membro da Executiva Nacional (Aldo Santos), debateram a situação política na cidade e naquela ocasião foi aprovado a realização de um encontro para o dia 02/de abril de 2011, onde todos deveriam ser comunicados para que se procedesse a retomada do partido do ponto de vista estatutário e politicamente correto.

Segundo as lideranças locais que estavam na reunião essa etapa foi cumprida, e neste sábado, no plenário da Câmara municipal de Mauá foi eleito o Diretório municipal, com uma executiva de cinco membros.

Nesse encontro dezenas de filiados debateram a legitimidade do mesmo, e compuseram a nova direção em base a um Plano de trabalho para o período de 2011/2013 onde dentre outros pontos propõe: “... A construção e manutenção dos núcleos de base devem ser compreendidas como forma eficaz para a organização do Partido e sua intervenção na sociedade como um todo”.

Em outro documento intitulado “A conjuntura de Mauá- os desafios do Psol”, este caracteriza o atual quadro político da cidade afirmando que: “A atual gestão procura distanciar da gestão passada, mas pouco tem provado a população essa diferença, visto que continua não dialogando com a população, não atende as reivindicações dos setoriais que clamam por mudanças e continua com a política de loteamento de cargos na administração. O funcionalismo continua desvalorizado, com péssimas condições de trabalho e vendo todos os setores da administração serem ocupados por um enorme número de cargos comissionados e indicações. Destacamos a total falta de um plano habitacional na cidade, o que acarretou em mortes com as chuvas em janeiro passado.”(Documento assinado por André Sapanos)

Como podemos verificar, o encontro apresentou conteúdo e formulação programática para tirar o partido da crise que estava paralisado na cidade, além de retomar o cotidiano partidário, tendo em vistas as disputas eleitorais de 2012.

Responderá pela presidência do partido o Professor André Sapano, que juntamente com o Mestre Del e demais componentes vão liderar e propiciar a retomada do Partido na cidade e na Região. Os membros eleitos Foram: Professor André, Mestre Del, Augusto, Ana Maria, Getúlio, Fernando, Tatiana, Anselmo, Vânia, Luiz e Vladimir e mais três suplentes.

O Encontro contou ainda com a presença de filiados de Rio Grande da Serra e dos representantes da Executiva Estadual (Leandro-Recife e de Aldo Santos) da Executiva Nacional do Partido.

Saudações Psolistas!!!

Aldo Santos, Ex-vereador em SBC, Sindicalista, Coordenador da Corrente política TLS, Presidente da Associação dos professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, membro da Executiva Nacional do Psol.
Vamos reagir aos ataques reacionários .


Dando continuidade a nossa reunião, realizada no dia 21 de março por ocasião do dia internacional pela eliminação do preconceito racial, voltamos a nos reunir nesse dia 02 de março de 2011, às 9 horas na subsede da APEOESP SBC.

Diante de um cenário concreto de atos de discriminação Racial, como a banana jogada no Neymar e o Neynmar dando uma banana para o tema em si. Vejamos: "Eram muitas vaias, até na hora de bater o pênalti estava o estádio inteiro vaiando. Esse clima do racismo é totalmente triste. A gente sai do nosso país, vem jogar aqui e acontece isso. É triste, prefiro nem tocar no assunto, para não virar uma bola de neve", disse o próprio Neymar, em entrevista à TV Globo e ao Sportv. (UOL esporte 27/302011)

Diante da postura homofóbica e de racismo de Deputado Bolsonário envolvendo a artista Preta Gil, “Tas avalia que Bolsonaro cometeu “duas coisas que faz com recorrência: declarou seu profundo apoio à ditadura militar e manifestou dois preconceitos, contra os negros e contra os gays”. O humorista foi ouvido para colher sua visão da entrevista. No programa, Preta perguntou a Bolsonaro se ele deixaria seu filho namorar com uma negra. “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu”, declarou o deputado. (Entrevista de Marcelo Tas no CQC,30/03/2011)

“Diante da “releitura teológica” e de justificativa da escravidão do continente Africano, por um Pastor Deputado que: “Em seu perfil na rede de microblogs, Feliciano disse: “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”. Em seguida, outra mensagem, afirma que “sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome...(sic)”, afirmou Feliciano, que também é empresário e pastor evangélico. (Uol noticias, 31/03/2011)

Além do veemente repúdio, devemos responder a esses ataques cotidianos com união, organização e participação efetiva no combate a esses comportamentos criminosos.

O nosso diálogo detectou que o debate do preconceito racial no mês de novembro é fundamental, todavia, o mesmo deve ser de natureza permanente numa sociedade de classe e de atraso histórico, como é nossa sociedade.

Nesse sentido, foram aprovados os seguintes encaminhamentos:

1-Elaboração de um texto para panfletagem exigindo as cotas na faculdade de Direito São Bernardo;

2-Fazermos um levantamento histórico sobre as raízes da escravidão na cidade e região;

3- Organizar palestra/debate com os pesquisadores da área, Alfredo Buollos, ou José de Sousa Martins;

4-Solicitar uma reunião com a secretaria de Educação do Município e a Diretoria de ensino para exigir o cumprimento da lei federal que incorpora os conteúdos afro-descendentes no currículo escolar;

5-Criação de um blog para postar as atividades desenvolvidas pelo movimento, com o objetivo de preservar e estimular a memória das atividades desenvolvidas na região, preservando a memória, e a memória servindo de ferramenta estimuladora de lutas e organizações coletivas.

OBS: Favor nos enviar proposta de nome para o nosso blog, para darmos início e talvez no dia 13 de maio, “dia de denunciar o racismo” possamos fazer o lançamento e colocá-lo em evidencia .

A panfletagem será realizada no dia 19 de abril de 2011 às 10 horas em frente a Igreja Santa Filomena. Logo após vamos nos reunir para avaliar a nossa atividade e os próximos passos.

(Axé=Força e poder para todos)

Aldo Santos

Carlos Wellington

Professor Cido