O Deputado Federal do PSOL Marcelo Freixo deu uma importante entrevista para o Sakamoto no UOL. Na entrevista ele defende juntar praticamente todos os partidos que prega a democracia como o único bem comum.
Juntar todos liberais que ele chama de progressista e esquerda. Aquelas mesmas bases políticas que vem sustentando esse modelo econômico desde da era Sarney, passando pelos governos Collor/Itamar, FHC, Lula/Dilma/Temer e agora com o Bolsonaro, tendo uma diferença, que o Bolsonaro perdeu muito espaço para um tipo de parlamentarismo via o chamado centrão, tendo o Rodrigo Maia como primeiro ministro.
E o PT, está articulando para voltar a ser novamente protagonista do executivo federal, voltando a ser o gerente do grande capital, já que em alguns estados continuam sendo esses agentes neoliberais.
Parece que essa empreitada petista está tendo ressonância dentro do PSOL, já que os campos que dirige o partido tem feito esse movimento rumo ao PT, ficando claro que a candidatura do PSOL para presidente em 2018, foi uma candidatura muito próxima de Lula/PT.
Agora as eleições para as prefeituras deste ano tem deixado muito transparente a posição da direção majoritária do PSOL de aproximar dos partidos liberais, os mesmos que vem aplicando o receituário neoliberal, destruindo a soberania nacional, com reformas e privatização.
Sabemos que todos os partidos que estiveram na condição de gerente do capital nas últimas três décadas aplicaram políticas privatizantes, cada qual com sua narrativa para convencer suas bases políticas e seu patrimônio eleitoral.
Não tenho acordo com Marcelo freixo em vários pontos da entrevista.
Principalmente no ponto em que ele defende juntar as forças políticas que ele chama de progressista. Estas forças que ele chama de progressista são partidos neoliberais que defendem atual política econômica que vem sendo aplicada, desde Sarney.
A esquerda não pode cair nesta história de juntar boa parte dos partidos em nome do resgate de uma pseudo democracia, mas continua defendendo a permanência deste modelo, em troca de algumas migalhas consentida pelo capitalismo predatório, colaborador da expansão imperialista.
O partido socialista e liberdade não pode cair nesta lógica de defender uma democracia burguesa.
E o PSOL tem que apresentar um programa, que defenda vários pontos fundamentais para ir na direção do socialismo, para que o Estado possa ser fortalecido.
Os principais pontos do programa deve ser:
1 - suspensão do pagamento da dívida e auditoria;
2 - estatização e reestatizacao de todas as empresas estratégicas para a organização do sistema produtivo e da soberania do país;
3 - reforma urbana com forte investimento em moradia digna, principalmente em comunidade precárias;
4- reforma agrária com uma política técnica na produção de alimento;
5 - estatização de todo o sistema de saúde e educação;
6 - todos os recursos naturais sobre o controle estatal;
7 - estatização de todo o sistema de mobilidade urbana pública;
8 - ampliação dos bancos público rumo a Estatização.
Se o PSOL for na direção de abraçar esses partidos em nome de uma pseudo democracia como um bem sagrado, afastará da sua proposta pelo qual foi criado, que era de superar os partidos liberais chamados progressistas e também dos que se auto-proclamam partidos de esquerda, defensores da soberania do país e dos trabalhadores, não passando de liberais, aplicadores de reformas que retirou direitos, continua retirando-os em estados que governam, enfraquecendo o estado e fortalecendo o sistema financeiro que especula, comprando títulos da dívida pública fabricada e corrupta.
Então a entrevista do Marcelo F
reixo teve forte caráter liberal e não condiz com a fundação do partido.
Altair - professor da rede pública estadual, militante do Psol e da apeoesp.
Altair, no grosso concordo com sua análise. Mas como articular essa proposta dentro do PSOL?
ResponderExcluirTaí, camarada.Arrumaste o texto. Na proposta 2, privatização, não seria desprivatização? Seu artigo é contundente, exige que o Partido não apenas combata Bolsonaro, mas apresente alternativa ao neoliberalismo. Corretismo não há futuro sob esse sistema, não só aqui, mas no mundo todo.
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