“Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo
mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade?”― Rosa
Luxemburgo
Em 2003, havia um clima de
esperança no ar, uma vez que fora eleito o presidente lula a presidência da
república, apesar de Geraldo Alckmin, governar o Estado de São Paulo e o Willian
Dib era o Prefeito da Cidade de São
Bernardo do Campo.
Segundo os autos do processo, na
madrugada do dia 20 de julho de 2003, a área foi invadida por cerca de 400
pessoas, reunidas pelo movimento dos trabalhadores Sem teto- MTST. A gleba
ocupada media aproximadamente 275.000 metros quadrados, e segundo documentos a
mesma pertencia a Volkswagen do Brasil Ltda. Está área foi denominada de
acampamento Santo Dias, uma homenagem ao
um líder sindical dos metalúrgicos, membro da pastoral operária da capital que
foi morto pela Polícia Militar Santo Dias da Silva era operário metalúrgico e
membro da Pastoral Operária de São Paulo. Foi morto pela Polícia Militar quando
comandava um piquete de greve, no dia 30 de outubro de 1979.
Os promotores de justiça
(ROSÂNGELA STAURENGHI, FERNANDO ALVAREZ BELAZ E A ESTAGIÁRIA DO MINISTÉRIO,
VANESSA VELLOSO SILVA SAAD) afirmam que a invasão foi de responsabilidade do
MTST, “Mas o vereador Aldo dos Santos
teve papel de destaque nos fatos supra mencionados. Cerca de 30 dias antes do
inicio da invasão, no dia 18 de junho de 2003, durante a 20ª Sessão ordinária da
Câmara municipal de vereadores de São
Bernardo do Campo, onde se discutia a atuação dos municípios com os moradores
de rua, o réu estimulou expressamente a invasão de áreas livres do município
como solução para o problema habitacional. Essas foram suas palavras: “Por
último, quero dizer para vocês que moram nas ruas. Não adianta somente
reclamar. Ora, vocês conhecem muitas áreas em São Bernardo. Não conhecem? Vocês
têm que mapear essas áreas e ocupa-las também para terem casa. Temos que
organizar tudo isso. Temos tantas áreas boas em São Bernardo. Vamos organizar.
Faz um grupo de sem-teto que não tem para onde ir e vamos levantar uma dessas
áreas legais que tem por aí e entrar. Ou vocês vão esperar que alguém leve
vocês para lá, achando que vocês merecem?
Então gente, se organizem também, criem um grupo de sem
teto, assim como os Sem-terra estão fazendo no interior, levando os
trabalhadores, se organizem, porque tem muita área boa em São Bernardo se vocês
forem para lá, porque vai ser melhor
servir a vocês do que servir par a exploração imobiliária.”(pag 12/13).
Com o acontecimento da ocupação
que fiquei sabendo no dia seguinte pela manha, e, por expressar minha irrestrita
solidariedade aos movimentos sociais,
após percorrer todos os labirintos perversos das instâncias do judiciário, nos termos
dos acórdãos, a sentença foi: a minha
condenado à suspensão dos direitos políticos por cinco anos, ao
pagamento de multa civil na quantia de dez vezes o valor da remuneração por ele
percebida como agente político na época dos fatos e à proibição de contratar
com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
Em 2010, quedo fui candidato a
vice - governador pelo Psol, este problema veio a tona e aguardo com lembrança
a defesa do candidato a presidência d república pelo Psol, o grande Plínio de
Arruda Sampaio, que, enquanto todos me condenavam ele me defendia dizendo que
eu não era ficha suja, era ficha ouro, pois apoiar os pobres era dever de todos
e todas.
Em 2018, em plena campanha a
deputado federal fui surpreendido com a aplicação da pena da condenação
supracitada.
No dia do pagamento do corrente
mês fui mais uma vez surpreendido com o
bloqueio do pagamento por medida judicial, e ao tomar contato do inteiro teor,
na página 72 da referida ação penal está
expressamente escrito que “defiro
o bloqueio de valores do(s) executado(s) Aldo Josias dos Santos, no
valor de R$ 658.360,86”.
Diante do exposto os advogados
estão fazendo as devidas manifestações jurídicas para o devido desbloqueio, e
do ponto de vista politico, lideranças reunidas apontaram para a realização de
ato de desagravo contra mais esta efetiva ação de criminalização dos movimentos
e lutadores sociais do povo.
Centenas de manifestações tem
circulado pelas redes sociais em solidariedade
ao professor Aldo Santos, que tem reiterado a mais profunda convicção na
luta, na utopia de um dia construirmos uma nova sociedade, livre da opressão do
capital.
“Por um mundo onde sejamos
socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres” ― Rosa
Luxemburgo
Lutar, resistir e vencer é
preciso!
Aldo Santos - ex-vereador, Membro
da diretoria da aproffesp, Presidente da aproffib, militante da apeoesp e do
Psol.
Estamos juntos nessa Batalha ,Camarada.
ResponderExcluirEstender a mão aos mais necessitados,àqueles que não têm um teto para morar não pode ser crime, é um dever de todo cristão .
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