quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Um pouco sobre um lutador chamado Aldo Santos




Conheci o Professor Aldo Santos pouco antes de 2007, num evento na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo. Foram apenas um cumprimento, um sorriso e um aperto de mão.

Pouco mais tarde, o reencontrei na primeira Reunião de Representantes de Escola da Subsede da Apeoesp de São Bernardo do Campo, no ano de 2007. Estávamos, naquele momento, em organizações políticas diferentes. Mas foi impossível não reparar  na capacidade de liderança, na fala cheia de coragem, na firmeza daquele que viria a ser um forte adversário político no sindicato durante tantos anos.

O tempo passou e a vida nos colocou frente a frente de um outro modo. Fui atacada covardemente por forças que operam contra aqueles que lutam com a sinceridade que qualquer um que se pretende minimamente revolucionário deve ter.

E quem estava lá para defender a justiça? Aldo Santos. A seu modo impassível, mais uma vez pude ver o Professor Aldo abrir a boca para proferir palavras em nome de quem entrega a vida para a luta. Este episódio foi um divisor de águas.

Não que eu não o respeitasse antes disso. Não que eu já não conhecesse a sua tão corajosa história de luta. Não que eu já não reconhecesse a sua liderança. Mas os "mares revoltos da História" nos colocaram, a partir dali, do mesmo lado organizativo.

Talvez poucos reparem, mas por detrás de suas falas firmes e uma coragem que poucos carregam, existe um fotógrafo, um escritor, um cultivador de flores, um pai, um avô, um grande amigo.

Hoje posso dizer com muito orgulho, que estou na luta da classe trabalhadora ombro a ombro com ele. Afinal, ele não soltou a minha mão num momento muito complicado. Agora, sou eu que não solto a mão dele.  

Professora Alessandra Fahl Cordeiro Gurgel 

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