É insuportável nos depararmos
cotidianamente com um ministro que ofende, discrimina e subtrai recursos
fundamentais da Educação brasileira a revelia da legislação e absolutamente na
contramão da história.
Derrubamos o ministro Ricardo
Vélez Rodriguez, pois era um especialista em falar asneiras e beiravam ao
ridículo suas manifestações; assim como Damares e outros.
O atual ministro da Educação
Abraham Weintraub começa a atacar a filosofia, a sociologia e as Universidades
do Nordeste ao afirmar que as universidades nordestinas deveriam focar na
agronomia e deixar de ensinar disciplinas
de filosofia e sociologia.
Segundo Olavo de Carvalho que é referência intelectual de Bolsonaro “quem
destruiu o Brasil foram os professores de filosofia, direito e ciências
sociais”, para este nos temos a seguinte resposta: "Quando alguém pergunta
para que serve a filosofia, a resposta deve ser agressiva, visto que a pergunta
pretende-se irônica e mordaz. A filosofia não serve nem ao Estado, nem à
Igreja, que têm outras preocupações. Não serve a nenhum poder estabelecido. A
filosofia serve para entristecer. Uma filosofia que não entristece a ninguém e não
contraria ninguém, não é uma filosofia. A filosofia serve para prejudicar a
tolice, faz da tolice algo de vergonhoso. Não tem outra serventia a não ser a
seguinte: denunciar a baixeza do pensamento sob todas as suas
formas."Gilles Deleuze, "Nietzsche e a filosofia", 1962, p. 87.
Portanto, perceba que existe uma fina sintonia de pensamento entre os governantes, que justifica o comportamento
prático e filosófico dos mesmos, nas bravatas, verbalizações, narrativas e
projetos institucionais, avançando a sanha reacionária destes agentes públicos
entre os quais o atual ministro, que
ataca violentamente as universidades brasileiras, retirando investimentos,
chantageando os cientistas e a academia,
e, como se não bastasse, confisca também
investimentos na Educação básica,
prejudicando o conjunto das
instituições educacionais e educadores do nosso país.
Percebe-se então que por trás
deste ataque existe uma finalidade política de caráter privatista da Educação
que começa a ser delineado nas ações governamentais e na relação de parentesco
do ministro da economia com Elizabeth Guedes que é vice-presidente da
Associação Nacional de Universidades Privadas (Anup), impulsionadora dos
grandes monopólios como Anhanguera, Estácio, Kroton, Uninove e Pitágoras. Como afirmava
Darcy Ribeiro, “a crise da Educação no Brasil não é uma crise; é um projeto.”
Neste sentido, devemos nos
organizar para enfrentar este governo, desmascarar seu projeto nefasto e dar continuidade ao
estatuto da ciência que foi tecido ao
longo dos anos e que não pode ser esmagado por esta politica de governo desta corja.
Nenhuma ilusão com estes ditos representantes, pois, “Se, na verdade,
não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo;
se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar
toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas
participar de práticas com ela coerentes.” Paulo Freire
Devemos somar esforços fazendo uma
ampla campanha pelo Fora Abraham Weintraub, verdadeiro inimigo da educação e
uma persona non grata a sociedade educacional brasileira.
Vamos criar núcleos de debates,
realizar encontros locais e regionais, estaduais e nacional para discutir um
projeto educacional para o país, tendo por base os clássicos do livre pensar.
“O dominado não se liberta se ele não vier a
dominar aquilo que os dominantes dominam. Então, dominar aquilo que os
dominantes dominam é condição de libertação”. SAVIANI (1999, p.66)
Participe e organize em seu
Estado a Associação dos/as Professores de Filosofia e Filósofos/as do Brasil –APROFFIB
Resistir é necessário; filosofar
é preciso!
Aldo Santos- Ex-vereador em
sbcampo, Diretor da aproffesp, Presidente da aproffib, militante das causas populares e do Psol.
A nossa luta histórica em defesa da esvola pública não se curvarará diante desses mercenários!!!
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