Sou campesino
Quando fora menino.
Vivo no mundo urbano
Num ritual des(humano).
Na solidão do ser
Do ter
Do sim e do não,O cosmo sempre em ação.
A reminiscência me leva
Ao altar do quintal
Me rendo a exuberância da natureza
O organismo vivo que é a terra
Que sem razão ou espírito
Tudo nutre, transforma e conserva.
Como parte da cosmologia
Harmonicamente, entoam uma universal sinfonia.
Encanta-me sobremaneira
A oferenda dos pés de flores
Que desabrocham na vida
Nas alegrias incontidas
Na poesia sentida
E na sublime emoção ou nas feridas
das dores.
Simboliza o nascimento,
A juventude
Que brilha
A maturidade das pétalas
E a volta a terra guia
Na vida contida
Contudo, convém
destacar e indagar
Flores vêm
Flores têm o espinho e perfume de si
Mesmo que murchem suas pétalas
Ou, injustificadamente
Cortem suas flores.
Sinta que a terra-vida
Como uma mãe combalida
Torna suas criaturas felizes
Perceba que apesar dos pesares
Vivemos a renovar
Porque também somos raízes.
Que viva a natureza universal
Onde tudo e todos somos raízes
E terra em potencial
Aldo Santos-Professor de filosofia, militante dos movimentos sociais e do Psol
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