Debate é desprezado por favoritos
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC domingo, 19 de agosto de 2012 7:00
Do Diário do Grande ABC domingo, 19 de agosto de 2012 7:00
O prefeito e candidato à reeleição, Luiz Marinho (PT), e seu principal oponente, o deputado estadual Alex Manente (PPS), não foram ao debate temático sobre Educação realizado ontem na subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de São Bernardo.
A ausência deles foi duramente criticada pelos postulantes ao Paço Aldo Santos (Psol), Lígia Gomes (PSTU) e Ademir Silvestre (PSC), e pautou boa parte do debate.
"Lamento muito o desrespeito do Marinho e do Alex. Se eles não se dispõem a fazer debate sobre Educação, qual o compromisso deles com a comunidade?", criticou Aldo Santos.
"É muito triste perceber que os outros candidatos não querem se misturar. É um desrespeito com o cidadão", disparou Ademir.
Além de ser criticado pela ausência, Marinho foi alvo dos adversários por conta das políticas desenvolvidas na Educação.
A construção dos CEUs (Centros Educacionais Unificados) e o deficit de cerca de 5.000 vagas para crianças de 0 a 3 anos nas creches municipais foram mencionados repetidas vezes.
PROPOSTAS - Sem as presenças de Marinho e Alex, os participantes tiveram mais tempo para apresentar suas propostas voltadas à Educação.
Lígia Gomes disse que a Prefeitura deve criar condições para que nenhuma criança fique sem vaga em creche, com a construção de mais unidades. Para isso, ela defende o calote na dívida do município.
"Ano passado, a Prefeitura pagou R$ 130 milhões de dívida e transferência para empresas, principalmente de Transporte. Esse dinheiro poderia ser revertido para a construção de creches", sustentou Lígia.
Ademir Silvestre defendeu a municipalização do ensino de 5ª a 8ª série. "Coordenei no governo passado (do ex-prefeito William Dib, atualmente deputado federal pelo PSDB) o processo de municipalização de 1ª a 4ª série e quero dar sequência", destacou.
O social-cristão também declarou que, se for eleito, pretende acabar com a ausência de vagas em creches. "A Educação será prioridade."
Discordando de Ademir, Aldo Santos, que é diretor da Apeoesp, disse que se for eleito não municipalizará o ensino, alegando que a medida não melhora a qualidade da Educação e fomenta desemprego para professores da rede estadual.
O socialista defendeu a tese de que 30% do Orçamento Municipal devem ser investido na Educação. Atualmente, são 25%.
"Sem colocar dinheiro não é possível melhorar a Educação. Não podemos fugir disso", ponderou.
O ex-vereador disse ainda que, se for eleito, realizará anualmente congresso educacional para debater políticas públicas voltadas à Educação no município.
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