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Consórcio é figura decorativa,
afirmam prefeituráveis do Psol
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Por: Rodrigo Bruder
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Os candidatos do PSOL às prefeituras do ABCD, dirigentes e militantes da
legenda, se reuniram na noite desta sexta-feira (03/08), para debaterem um
plano de governo regional e aproveitaram para criticar o Consórcio
Intermunicipal.
Na ocasião, os socialistas criticaram a falta de articulação entre as
prefeituras para promoverem políticas públicas integradas. “Do jeito que está
posto, o Consórcio é uma figura decorativa, não exerce um peso importante
como mecanismo de política regional”, disse o candidato à Prefeitura de São
Bernardo, Aldo dos Santos.
O encontro ocorreu na subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do
Ensino Oficial do Estado de São Paulo), em São Bernardo. Dirigente do Psol de
Santo André, o ex-vereador Ricardo Alvarez, observou que a entidade
encabeçada pelos sete prefeitos da Região não soube conduzir com eficácia a
articulação regional para se resolver problemas sérios de mobilidade urbana,
saúde, meio ambiente.
“É uma organização inepta. Faz tempo que o Consórcio virou um lugar de
disputa de estrelas, não deveria nem ser presidido por um prefeito”. Alvarez
observou ainda que os demais partidos e coligações que disputam essas
eleições não oferecem condição para se discutir o ABC com políticas
regionais, por causa da política de aliança. “O único partido que pode
oferecer essa unidade é o Psol, porque não fazemos essas alianças bizarras em
que um partido é aliado numa cidade, e rival em outra”.
O ex-vereador de São Caetano, Horácio Neto, destacou que o Psol é a única
sigla que faz uma campanha programática, já que reforça ideais partidários ao
invés de trabalhar em cima da imagem de seus candidatos. E trabalha com a
intenção de integrar o discurso de todos os candidatos “Isso qualifica a
campanha e neutraliza as desigualdades provocadas pelo poder econômico que
financias as demais campanhas”. Na pauta regional dos socialistas, as
principais plataformas defendidas no plano regional foram transporte, saúde,
meio ambiente e habitação. “Em Mauá nós temos um déficit habitacional muito
grande, e os governos não conseguiram reduzir essas desigualdades”, disse
José Silva, que disputa o Paço mauaense.
Sobre as deficiências de ações regionais, o candidato à Prefeitura de
Ribeirão Pires, Alberto Ticianelli, ponderou que há falta de articulação no
atendimento hospitalar. “Temos visto muito deslocamento de pacientes nos
hospitais, e não há uma política de gestão das Administrações para resolverem
isso”.
O prefeiturável de Santo André, Marcelo Reina, destacou que o município
andreense reflete diversos problemas derivados da ausência de articulação
regional. “Hoje para se falar em integração do transporte público, por
exemplo, os prefeitos têm de conversar com empresários que financiam
campanhas”.
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