domingo, 5 de agosto de 2012

Consórcio é figura decorativa

 

 
Consórcio é figura decorativa, afirmam prefeituráveis do Psol
Por: Rodrigo Bruder
03/08/2012 - ELEIÇÕES

Os candidatos do PSOL às prefeituras do ABCD, dirigentes e militantes da legenda, se reuniram na noite desta sexta-feira (03/08), para debaterem um plano de governo regional e aproveitaram para criticar o Consórcio Intermunicipal.
Na ocasião, os socialistas criticaram a falta de articulação entre as prefeituras para promoverem políticas públicas integradas. “Do jeito que está posto, o Consórcio é uma figura decorativa, não exerce um peso importante como mecanismo de política regional”, disse o candidato à Prefeitura de São Bernardo, Aldo dos Santos.
O encontro ocorreu na subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), em São Bernardo. Dirigente do Psol de Santo André, o ex-vereador Ricardo Alvarez, observou que a entidade encabeçada pelos sete prefeitos da Região não soube conduzir com eficácia a articulação regional para se resolver problemas sérios de mobilidade urbana, saúde, meio ambiente.
“É uma organização inepta. Faz tempo que o Consórcio virou um lugar de disputa de estrelas, não deveria nem ser presidido por um prefeito”. Alvarez observou ainda que os demais partidos e coligações que disputam essas eleições não oferecem condição para se discutir o ABC com políticas regionais, por causa da política de aliança. “O único partido que pode oferecer essa unidade é o Psol, porque não fazemos essas alianças bizarras em que um partido é aliado numa cidade, e rival em outra”.
O ex-vereador de São Caetano, Horácio Neto, destacou que o Psol é a única sigla que faz uma campanha programática, já que reforça ideais partidários ao invés de trabalhar em cima da imagem de seus candidatos. E trabalha com a intenção de integrar o discurso de todos os candidatos “Isso qualifica a campanha e neutraliza as desigualdades provocadas pelo poder econômico que financias as demais campanhas”. Na pauta regional dos socialistas, as principais plataformas defendidas no plano regional foram transporte, saúde, meio ambiente e habitação. “Em Mauá nós temos um déficit habitacional muito grande, e os governos não conseguiram reduzir essas desigualdades”, disse José Silva, que disputa o Paço mauaense.
Sobre as deficiências de ações regionais, o candidato à Prefeitura de Ribeirão Pires, Alberto Ticianelli, ponderou que há falta de articulação no atendimento hospitalar. “Temos visto muito deslocamento de pacientes nos hospitais, e não há uma política de gestão das Administrações para resolverem isso”.
O prefeiturável de Santo André, Marcelo Reina, destacou que o município andreense reflete diversos problemas derivados da ausência de articulação regional. “Hoje para se falar em integração do transporte público, por exemplo, os prefeitos têm de conversar com empresários que financiam campanhas”.

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