quinta-feira, 15 de outubro de 2009

No dia dos Professores , essa é a realida dos Mestres.

Uma cobra – isso mesmo, uma cobra! – foi encontrada na cozinha dos professores




Escrito por Aldo Santos
Sáb, 10 de Outubro de 2009 14:59

A Educação via de regra tem pautado os noticiários do mundo inteiro, ora chamando atenção sobre os avanços tecnológicos decorrentes das pesquisas e do domínio de novas tecnologias, ora, para pautar e expor as mazelas que sucessivos governos tem levado a falência da Educação mundial e em especial a Brasileira.Como professor da rede pública Estadual, freqüentemente tenho denunciado as precárias condições de trabalhos dos educadores do Estado de São Paulo, bem como as dificuldades porque passam os alunos nas mais variadas escola desse país.
Infelizmente, os governos tentam associar o fracasso da educação à atuação dos heróicos educadores que “carregam a Educação na cabeça e nas costas”. Tentam , mais não conseguem desconstruir do imaginário popular o papel de relevo que tem os educadores junto aos educandos e a comunidade aprendente. Corroborando com as nossas denúncias, a nota da APEOESP, subsede de São Bernardo do campo é oportuna, pois na qualidade de professor dessa unidade escolar ( EE. Palmira Grassioto ), não posso me omitir nem me calar diante do atroz abandono e discriminação para com uma comunidade localizada na periferia de uma Cidade que concentra uma arrecadação orçada em aproximadamente três bilhões ( São Bernardo do Campo) .É claro que a Escola em tela é de responsabilidade do governo do Estado, porém, se houvesse vontade política , o município poderia fazer gestão junto aos órgãos estaduais para proteger e assegurar as reais condições educacionais a população que pagam seus tributos a cidade . Esperamos que as autoridades resolvam urgentemente o problema apontado , uma vez que o abandono é de conhecimento público e nada justifica a omissão das autoridades diante de tais fatos: “Mais uma vez, a APEOESP-SBC utiliza-se de uma nota à imprensa para denunciar as décadas de abandono da Escola Estadual Professora Palmira Grassioto Ferreira da Silva. Provavelmente, nenhuma escola da rede estadual em São Bernardo do Campo expresse tão bem o estágio avançado de precarização do ensino público. Logo no estacionamento, moradores de rua estão freqüentemente deitados entre os carros. Ao lado, uma quadra cheia de buracos que passou por uma reforma há alguns anos atrás, inclusive com a criação de uma cobertura que veio abaixo depois de um longo período sem manutenção. Pichações cobrem a escola de cima a baixo em cada uma das salas, cadeiras e carteiras. Ao entrar no prédio, o chão se encontra permanentemente molhado por uma mina d’água. Por essa razão, o bolor domina parte da pintura tornando o ambiente ainda menos acolhedor.A sujeira é outro elemento que domina a escola. Duas funcionárias já de meia idade – num espaço que deveria contar com pelo menos seis – ficam na escola quase o dia inteiro para dar conta de mais de 15 salas por período. O recreio dos alunos ocorre num pátio sem ventilação e é dominado pelo cheiro de urina dos dois banheiros que ficam no mesmo espaço onde é distribuída a merenda.Como se não bastasse essa situação de completo abandono, toda a semana os alunos são dispensados antes do horário por falta d’água, curiosamente, a mesma que jorra da mina no chão sem cessar. Assim como ocorre na escola, o bairro todo passa dias sem água, nem mesmo para cozinhar.Na última segunda-feira, dia 06 de outubro, um fato novo mudou a rotina: uma cobra – isso mesmo, uma cobra! – foi encontrada na cozinha dos professores. Um professor se deparou com o animal peçonhento enquanto preparava sua refeição. O corpo de bombeiros teve que ser chamado para levar o animal.Enquanto tudo isso acontece, os governos Lula/PT, Serra/PSDB e Marinho/PT buscam responsabilizar os professores pela má qualidade da educação. Impõem uma avaliação por desempenho do magistério, limitam o número de faltas médicas, dizem não ao reajuste linear dos salários, mas não tomam nenhuma iniciativa para solucionar os problemas estruturais da educação brasileira!Todos esses fatos ilustram o desprezo pela vida de alunos, pais, professores, gestores e pelo ensino público, gratuito de qualidade. Uma situação que se estende por anos e que parece não ter mais fim... A escola Palmira Grassioto necessita urgentemente de uma nova reforma discutida e acompanhada pela comunidade escolar, da contratação de mais funcionários, condições de trabalho para todos os professores e funcionários, de segurança entre tantas outras demandas”.(nota pública da Subsede da APEOESP São Bernardo do Campo, 06 de outubro de 2009)Saudamos a APEOESP pela coragem e o compromisso ao lado do corpo docente e discente, e nos colocamos solidariamente junto a comunidade para que possamos pressionar os órgãos públicos para que solucionem definitivamente os problemas acima denunciados .
Denuncie você também, Afinal de contas , os governantes não fazem favor a ninguém, pois quem a paga a conta é a população contribuinte.
Respeitar o povo é preciso !!!
Aldo Santos
Sindicalista, Coordenador da Corrente Política TLS, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia do Estado de São Paulo e membro da Executiva e Presidente do Psol SBC (09/10/09)
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Um comentário:

  1. A situação da EE Palmira Grassioto é uma mostra de muitas outras unidades escolares do Estado de São Paulo, principalmente unidades localizadas nas periferias e zonas rurais.

    Izaias

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