quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Fim do Tráfico de Escravos para o Brasil

Durante o século XVII e XVIII. os negros foram a grande maioria da população brasileira .
Com crescimento da entrada dos escravos africanos os povos do século XVI .o extermínio dos indígenas e a relativamente pequena quantidade de colonos portugueses contribuíram para o surgimento de uma maioria de afrodencendetes no Brasil .
Por outro lado,o crescimento da população de afro-brasileiros foi relativamente pequeno em comparação com a entrada de escravos da África subsaariana, primeiro porque os homens eram a grande maioria dos escravos traficados para o Brasil, atingindo quantidade até oito vezes maiores do que o de mulheres, segundo, porque a mortalidade era muito maior entre os escravos do que entre o resto da população brasileiro .
Em certos momentos da história do Brasil, o crescimento da população de afro- brasileiros cresceu com a força, com a melhoria de tratamentos dos escravos que ocorreu depois do fim do tráfico com a lei Eusébio de Queiros de 1850. Em 1800, estima-se que os negros eram cerca de 47% da população, contra 30% de mulatos e 23% de brancos.
Em 1872, os afro-brasileiros (negros e mulatos) eram cerca de 60% da população (seis milhões de pessoas) e os brancos apenas 37%. Em 1890, os afro-brasileiros constituíam 57% da população brasileira (oito milhões) e os brancos apenas 43%. Essa situação se inverteu no final do século XIX. Em 1880, os negros estavam reduzidos a cerca de 20% da população,contra 42% de mulatos e 38% de brancos. Com a entrada do século XX, os afro-brasileiros deixaram de representar a maioria da população. Em 1950, os afro-brasileiros constituíam 38% da população e os brancos subiram para 62%. Os fatores que contribuíram para a brusca diminuição no número de negros e mulatos foram diversos. Primeiro, houve a grande imigração européia no Brasil em fins do século XIX e início do século XX. Segundo, a mortalidade era bem maior entre os afro-brasileiros que, em geral, não tinham acesso à boa alimentação, saneamento básico e serviços médicos. Finalmente, a miscigenação entre brancos e mestiços cresceu gerando um grande número de pessoas fenotipicamente brancas. Referindo-se à diminuição de negros na população brasileira, João Batista de Lacerda, único latino-americano a apresentar um relatório no I Congresso Universal de Raças, em Londres, no ano de 1911, escreveu que: "no Brasil já se viram filhos de mestiços apresentarem, na terceira geração, todos os caracteres físicos da raça branca[...]. Alguns retêm uns poucos traços da sua ascendência negra por influência dos atavismo(...) mas a influência da seleção sexual (...) tende a neutralizar a do atavismo, e remover dos descendentes dos mestiços todos os traços da raça negra(...) Em virtude desse processo de redução étnica, é lógico esperar que no curso de mais um século os mestiços tenham desaparecido do Brasil. Isso coincidirá com a extinção paralela da raça negra em nosso meio".
A política de imigração brasileira no século XX não era somente um meio de colonizar e desenvolver, mas também de "civilizar" e "embranquecer" o país com população européia. O decreto nº 528 de 1890, assinado pelo presidente Deodoro da Fonseca e pelo ministro da Agricultura Francisco Glicério determinava que a entrada de imigrantes da África e da Ásia seria permitida apenas com autorização do Congresso Nacional.
O mesmo decreto não restringia, até incentivava, a imigração de europeus. Até ser revogado em 1907, este decreto praticamente proibiu a imigração de africanos e asiáticos para o Brasil. Apesar de necessitar muito de mão-de-obra pouco qualificada em vários momentos históricos, depois do fim do tráfico de escravos para o Brasil nunca se pensou em trazer imigrantes livres da África.
THIAGO N:30 .

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