GOVERNO SUCATEIA A
ESCOLA PÚBLICA PARA IMPLEMENTAR A PRIVATIZAÇÃO NO ESTADO.
Como
atividade do
sindicato dos professores,
visitei várias escolas para entregar O BOLETIM da subsede e ao mesmo
tempo dar uma verificada de como anda a situação dos professores e alunos da escola pública estadual.
O
problema central que vem dificultando o aprendizado no Estado, dentre outros, é
a falta de professores e não a falta dos professores como afirma
alguns órgãos de imprensa do Estado burguês.
Enfrentei
essa polêmica no debate realizado na escola estadual João Batista Bernardes no
período das eleições e pude constatar essa realidade nas visitas que realizei
nas escolas por onde passei, bem como através de telefonemas que recebemos de
várias regiões.
Segundo
dados e posicionamentos de especialistas, “Caiu o número de
jovens na escola a partir dos 15 anos de idade. O dado da Pnad 2011 (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), explicita um problema que preocupa há algum tempo
pesquisadores da educação: a escola não consegue reter o adolescente.
"O jovem que
vai à escola não encontra o professor de determinada disciplina ou não tem a
aula de maneira adequada. Esse jovem percebe que essa escola [da maneira como é
oferecida] não garante um lugar no mercado de trabalho. Então considera que o
mais lógico é abandonar a escola", explica a professora Marcia Malavasi,
da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
"Dessa maneira, a escola 'expulsa' os jovens do ensino médio",
conclui. Ainda, de acordo com a “pesquisa realizada pelo Ibope, em parceria com o Instituto Unibanco, em
2011 mostra que os estudantes do ensino médio perdem entre 17% e 40% dos dias
de aulas, na maioria dos casos, por falta de professor.” (Matéria de Cristiane
Capuchinho ,Publicado no UOL em São Paulo,02/10/2012) .
Nesse debate, é
fundamental a atuação dos educadores comprometidos com a escola pública, das
entidades sindicais realmente comprometidas com a defesa desse espaço, sem
rendição a esse ou aquele governante. É fundamental a participação dos
alunos de forma propositiva, ganhando as ruas em defesa dessa importante
conquista que foi a luta em defesa da escola pública no Brasil, e, da
comunidade escolar que sabe muito bem que o estudo é fundamental na vida
dos educandos e o sucateamento e a privatização não combina com a defesa
efetiva e democrática do caráter público dada educação.
Esse governo que num
primeiro momento tentou desconstruir a imagem dos professores no Estado de São
Paulo, persiste com sua política de sucateamento e já implementa algumas
experiências no Caminho da privatização e do controle do conteúdo como forma de
“domesticar e inibir” toda e qualquer reação a essa tendência governante
em curso. Infelizmente, o governo federal é um irradiador dessas políticas que
se contrapõe aos interesses efetivos dos filhos da classe trabalhadora.
Todo diálogo deles
está na linha do desmonte da educação propedêutica, reduzindo a educação tão
somente para o mundo do trabalho. Uma espécie de condenação dos filhos dos
trabalhadores à formação e manutenção da mão de obra barata para a reprodução
do capital, enquanto os filhos da elite estudam integralmente para serem a
elite pensante, mandante, governante-dominante. Nesse sentido, devemos
estabelecer uma profunda aliança de classe em defesa da escola pública de
qualidade e laica, diferente dos modelos acordados pelo governo federal e
estadual que as vezes diferem na forma, mas estão unificados no conteúdo
de caráter privatista e excludente.
Lutar em defesa da
escola pública é urgente.
ALDO SANTOS, EX-VEREADOR
EM SBC, SINDICALISTA, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA
EFILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO APULO, MILITANTE DO PSOL.
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