terça-feira, 16 de outubro de 2012

GOVERNO SUCATEIA A ESCOLA PÚBLICA PARA IMPLEMENTAR A PRIVATIZAÇÃO NO ESTADO.


GOVERNO SUCATEIA A ESCOLA PÚBLICA PARA IMPLEMENTAR A PRIVATIZAÇÃO  NO ESTADO.
Como atividade do sindicato dos professores, visitei várias escolas para entregar O BOLETIM  da subsede e ao mesmo tempo dar uma verificada de como anda a situação dos professores e alunos da escola pública estadual.
O problema central que vem dificultando o aprendizado no Estado, dentre outros, é a falta de professores e não a falta dos professores como afirma alguns órgãos de imprensa do Estado burguês.
Enfrentei essa polêmica no debate realizado na escola estadual João Batista Bernardes no período das eleições e pude constatar essa realidade nas visitas que realizei nas escolas por onde passei, bem como através de telefonemas que recebemos de  várias  regiões.
Segundo dados e posicionamentos de especialistas, “Caiu o número de jovens na escola a partir dos 15 anos de idade. O dado da Pnad 2011 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), explicita um problema que preocupa há algum tempo pesquisadores da educação: a escola não consegue reter o adolescente.
"O jovem que vai à escola não encontra o professor de determinada disciplina ou não tem a aula de maneira adequada. Esse jovem percebe que essa escola [da maneira como é oferecida] não garante um lugar no mercado de trabalho. Então considera que o mais lógico é abandonar a escola", explica a professora Marcia Malavasi, da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). "Dessa maneira, a escola 'expulsa' os jovens do ensino médio", conclui. Ainda, de acordo com a pesquisa realizada pelo Ibope, em parceria com o Instituto Unibanco, em 2011 mostra que os estudantes do ensino médio perdem entre 17% e 40% dos dias de aulas, na maioria dos casos, por falta de professor.” (Matéria de Cristiane Capuchinho ,Publicado no UOL em São Paulo,02/10/2012) .
Nesse debate, é fundamental a atuação dos educadores comprometidos com a escola pública, das entidades sindicais realmente comprometidas com a defesa desse espaço, sem rendição a esse ou aquele  governante. É fundamental a participação dos alunos de forma propositiva, ganhando as ruas em defesa dessa importante conquista que foi a luta em defesa da escola pública no Brasil, e, da comunidade escolar que sabe  muito bem que o estudo é fundamental na vida dos educandos e o sucateamento e a privatização não combina com a defesa efetiva e democrática do caráter público dada educação.
Esse governo que num primeiro momento tentou desconstruir a imagem dos professores no Estado de São Paulo, persiste com sua política de sucateamento e já implementa algumas experiências no Caminho da privatização e do controle do conteúdo como forma de “domesticar  e inibir” toda e qualquer reação a essa tendência governante em curso. Infelizmente, o governo federal é um irradiador dessas políticas que se contrapõe aos interesses efetivos dos filhos da classe trabalhadora.
Todo diálogo deles está na linha do desmonte da educação propedêutica, reduzindo a educação tão somente para o mundo do trabalho. Uma espécie de condenação dos filhos dos trabalhadores à formação e manutenção da mão de obra barata para a reprodução do capital, enquanto os filhos da elite estudam integralmente para serem a elite pensante, mandante, governante-dominante. Nesse sentido, devemos estabelecer uma profunda aliança de classe em defesa da escola pública de qualidade e laica, diferente dos modelos  acordados pelo governo federal e estadual que as vezes diferem na forma, mas  estão unificados no conteúdo de caráter  privatista e excludente.

Lutar em defesa da escola pública é urgente.

 
ALDO SANTOS, EX-VEREADOR EM SBC, SINDICALISTA, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA EFILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO APULO, MILITANTE DO PSOL.

Nenhum comentário:

Postar um comentário