quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Estamos sugerindo que durante durante o mês de novembro façamos ...


MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA NA EDUCAÇÃO E NOS MOVIMENTOS SOCIAIS

A COORDENAÇÃO E MEMBROS DA COMISSÃO DE ETNIA DA APEOESP DEFINIU O CALENDÀRIO DAS ATIVIDADES PARA O MÊS DE NOVEMBRO DE 2012.

Estamos sugerindo que durante durante o mês de novembro façamos o debate sobre o significado dos Quilombos no Brasil, das revoltas dos negros e negras escravizados nesse País e qual a lição que podemos tirar dessas lutas de resistências ao longo da História. Desses Quilombos o mais conhecido é o Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi dos Palmares, assassinado em 20 de novembro de 1695. As revoltas foram várias, porém, as mais importantes foram  a revolta dos Malês e da Chibata.

Revolta dos Malês

“No ano de 1835, ocorreu em Salvador, Bahia, a Revolta dos Malês. Mas quem são os malês? A vocábulo “male” deriva da palavra da língua ioruba “imale”. Eram considerados malês os negros mulçumanos que resistiram e reagiram à imposição do catolicismo, mantendo sua crença e cultura. Bastante instruídos, por vezes, até mais do que seus senhores, os malês organizaram inúmeros levantes, o mais conhecido é a Revolta dos Malês.
Entre os líderes dos malês estavam Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim, juntos, conseguiram munição, armamentos e elaboraram um plano de luta contra os senhores, visando soltar escravos e conseguir liberdade religiosa. A batalha aconteceu no centro de Salvador com os malês atacando subitamente uma patrulha do exército. Porém, uma denúncia alertou sobre o início da revolta.
Na noite de 24 de janeiro de 1835, alguns malês foram cercados pela polícia na Casa de Manuel Calafate, local onde muitos rebeldes foram mortos e presos. As autoridades agiram com rapidez, conseguiram combater ataques aos quartéis de Salvador, expulsando os revoltosos. Ao tentar fugir da cidade, um grupo de mais de quinhentos malês foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água de Meninos, onde ocorreram os combates decisivos, todos vencidos pelas forças policiais.

Neste confronto morreram sete integrantes da polícia e setenta malês. Aproximadamente duzentos escravos foram detidos no Forte do Mar e julgados nos tribunais. As condenações foram a pena de morte para os principais líderes, trabalhos forçados, fuzilamentos e açoites.

De acordo com o historiador João José Reis:

“durante o levante, seus seguidores ocuparam as ruas usando roupas islâmicas e amuletos contendo passagens do Alcorão, sob cuja proteção acreditavam estar de corpo fechado contra as balas e as espadas dos soldados”.

A Revolta dos Malês foi controlada com rapidez, mas acabou aumentando o medo de rebeliões de escravos em todas as províncias. O receio era de que os africanos conseguissem sua independência, como acontecera no Haiti naquela mesma época. Isso fez com que os senhores passassem a agir de forma mais rigorosa com os escravos e, em Salvador, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas e de praticar as suas cerimônias religiosas.” (Por Felipe Araújo,publicado no ehttp://www.historiabrasileira.com/periodo-regencial/revolta-dos-males/)

 

A Revolta da Chibata

Essa revolta aconteceu no dia 22 de novembro de 1910, no Rio de janeiro. Depois que o marinheiro Marcelino Rodrigues foi açoitado com 250 chibatadas e mesmo desmaiado continuou sendo açoitado, a revolta eclodiu. A revolta foi liderada pelo Almirante negro João Cândido que junto aos  Marinheiros organizou a revolta contra o castigo da chibata, além de apresentar  uma pauta de reivindicação.

O presidente Hermes da Fonseca decretou o fim dos castigos, porém traiu o acordo com os marinheiros, levando-os a prisão,  a segregação e a morte por parte da repressão dos governantes.

O nosso sindicato luta, conquista  e organiza.

       São inúmeras as possibilidades de estudo em relação a luta contra a escravidão.Podemos avaliar os aspectos geográficos, sociológicos, filosóficos, históricos e antropológicos sobre esse vasto tema.

É nesse contexto que a subsede anualmente debate e organiza os professores, alunos e militantes interessados nessa polêmica e na luta contra a tragédia da escravidão em nosso país.

Há vários anos nossa subsede organiza e resite  contra todas as formas de preconceito racial ainda existente  em nossa sociedade.Nossa subsede também  fez parte da luta e da conquista desde a primeira propositura sobre   a semana da consciência negra em 1989,apoiando também o projeto de lei  do ex-vereador  professor Aldo Santos que  estabelecia o feriado no dia  20 de novembro  em memória a luta  histórica de Zumbi dos Palmares, que hoje é uma realidade.

O “nosso Quilombo” está sempre presente nas atividades do cotidiano, atento a qualquer forma de racismo ou preconceito racial, incentivando a história e a memória da luta e dos lutadores ainda marginalizados em nosso País.

Participe das atividades nas escolas, compareça a nossa tradicional feijoada e venha ouvir historiadores e militantes das nossas causas. Entre em contato com a comissão de etnia da subsede para organizar as atividades em sua escola, bem como, para ter acesso ao acervo de filmes e textos sobre o tema.

 Organize  grupos de trabalho, confeccione cartazes sobre o tema e compareça em nossa subsede no dia 24 de novembro a partir das 12 horas para saborear a tradicional feijoada feita pelo professor Cido, ao preço de R$ 5,00 reais, acompanhada da tradicional Congada do Parque São Bernardo,  debates e atividades culturais/musicais.

Coordenação da subsede da APEOESP–SBC

Comissão de Etnia da subsede da APEOESP-SBC

 

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