AVANÇA A ORGANIZAÇÃO DOS PROFESSORES
DE FILOSOFIA NO BRASIL.
Apresentamos abaixo
importantes documentos sobre o avanço da organização dos professores (as) de
filosofia no Brasil . Sabemos que até existem outras iniciativas, porém do
ponto de vista da participação sindical e de professores comprometidos com a
retomada “definitiva” pela implantação da Filosofia no ensino
médio brasileiro é inquestionável o empenho dos educadores envolvidos nos
relatos que seguem.
Do
ponto de vista das Ciências Humanas, todo processo está em aberto
e deve ser construído pelos que se convencerem da
importância e da energia dispensada ao longo de centenas de anos.
No Manual do professor do livro ‘Iniciação à Filosofia’,
da filósofa Marilena Chauí define e afirma que a Filosofia
“Está presente na vida de todos nós. No mundo Ocidental, costuma-se dizer que
remonta aos gregos. De uma perspectiva mais ampla, podemos dizer que ela
está presente na vida do ser humano desde um tempo imemorial, anterior às
primeiras civilizações. Dos primórdios do Homo Sapiens até as primeiras
civilizações humanas, cada atitude individual ou coletiva, cada fenômeno
físico ou avanço técnico, cada nova percepção dos meandros da alma humana
foi entremeada por ações possíveis de análise filosófica” (publicado na revista
Filosofia em Transformação, ano 1, n°1, maio de 2013, p.5).
Portanto,
nos dias atuais, cabe aos educadores comprometidos com a transformação
social do mundo em que vivemos retomar a luta por novos conteúdos
filosóficos, pressionar as instituições de ensino, observando os limites das
mesmas diante da democratização e da implementação dos conteúdos críticos,
próprios do conhecimento filosófico. É que a luta pela capilarização da
Filosofia no Brasil é hoje uma realidade inquestionável, necessitando de
aprimoramentos que devem ser supridos pelas entidades organizadas
dos professores de Filosofia de filósofos brasileiros. Nesse contexto, a
luta pela retomada da Filosofia, de forma capilarizada, é fundamental, bem como
sua organização para superar dificuldades, aprimorar conteúdos, qualificar os
educadores e potencializar a formação dos educandos. Apresentamos,
portanto, um conjunto de textos e documentos referente às essas
lutas nos últimos anos.
1-
Manifestação no Conselho
Nacional de Educação
O
CNE (Conselho Nacional de Educação) decidiu nesta sexta-feira (07/07/2006), por
unanimidade, que as escolas de ensino médio devem oferecer as disciplinas de
filosofia e sociologia aos alunos. A medida torna obrigatória a inclusão das
duas matérias no currículo do ensino médio em todo o país, ampliando o que já
era praticado em 17 Estados. O parecer será homologado pelo ministro da
Educação, Fernando Haddad.
Segundo o documento aprovado, os Estados terão um ano para incluir a filosofia e a sociologia na grade curricular.
Segundo o documento aprovado, os Estados terão um ano para incluir a filosofia e a sociologia na grade curricular.
A
Sociologia já foi matéria obrigatória entre 1925 e 1942. Mesmo sendo optativa,
várias escolas continuaram com a disciplina. O governo nunca exigiu antes o ensino
de filosofia nas escolas.
De
acordo com o relator da proposta, o conselheiro César Callegari, a decisão vai
estimular os estudantes a desenvolverem o espírito crítico. "Isso
significa uma aposta para que os alunos possam ter discernimento quando tomam
decisões e que sejam tolerantes porque compreendem a origem das
diversidades", disse.
Na
avaliação do titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das
Chagas, a medida vai ampliar o número de vagas para profissionais de filosofia
e sociologia. "A falta de professores em algumas situações também vai se
adequar porque, com o ensino obrigatório das duas
disciplinas, os cursos de
graduação formarão mais profissionais para atuar no setor", disse.
Para
o professor de filosofia Aldo Santos, de São Paulo, a decisão deverá promover
uma mudança na estratégia educacional que desenvolve o pensamento, a reflexão e
a ação dos estudantes. "Agora, o jovem vai entender o seu papel na
história e saber que ele pode ser um agente transformador na sociedade",
analisou.
A
inclusão das disciplinas de sociologia e filosofia no currículo do ensino médio
foi comemorada por cerca de 150 professores e estudantes, que compareceram ao
auditório do CNE. (Fonte: UOL Educação / MEC)
2-
Encontro Nacional aponta a
necessidade de nossa organização.
O
primeiro Encontro nacional de Filosofia e Sociologia aconteceu nos dias 22, 23
e 24 de julho de 2007, no Palácio de Convenções do Anhembi, São Paulo. Foi um
encontro marcado por polêmicas pontuais, tanto organizativas, quanto
político-Pedagógicas. Portanto, nesse encontro foi Criado o Coletivo
Nacional de Filosofia.
O
oportunismo teve inicio no momento da abertura dos trabalhos, onde por um
destempero político do Sr Mato Grosso, onde o mesmo atribuiu
nominalmente ao professor Aldo Santos, a responsabilidade pela publicação de um
panfleto que foi distribuído no plenário assinado pela oposição
alternativa. Esse panfleto fazia uma crítica aberta aos homenageados. O
Professor Aldo Santos não teve direito de resposta naquele momento.
No
dia 23, o Professor Paulo Neves coerentemente defendeu o professor
Aldo Santos, acusando o ato mesquinho e covarde em relação ao episódio do dia
anterior. Não contente com o destempero político, estava na programação a
realização de um ato político pela imediata implantação de filosofia e
sociologia em São Paulo e no Brasil, uma vez que em vários estados só
existe uma aula por semana de filosofia e no estado de São Paulo poderá ocorrer
um retrocesso por conta do posicionamento do Conselho Estadual de Educação e da
mudança da nova secretária estadual de Educação que é uma Tucana de
carteirinha.
O
Ato que estava na programação das 13 às 14 horas, seria coordenado pelo
coletivo estadual de Filosofia e Sociologia da Apeoesp. Com o atraso
costumeiro, por volta das 15 horas o Professor Paulo Neves instalou a
mesa para a realização do respectivo ato, convidando para a mesa todos os
membros da executiva do coletivo, bem como os diretores da executiva da
APEOESP, e o Deputado Federal pelo Psol Ivan Valente. O clima estava
tenso, e uma participante da plenária solicitou a palavra externando
sua preocupação com a quantidade de autoridades na mesa, criando um
clima de intranquilidade junto aos presentes. O prof. Chico Gretter
usou a palavra para afirmar que na mesa se encontravam professores da base e
que, portanto, se tratava de membros da categoria. Diante daquele clima,
o diretor Douglas Martins pediu a palavra e propôs que se
constasse nos anais do encontro o registro do ato e que deveríamos
passar para as mesas temáticas de filosofia e sociologia.
O
professor Aldo Santos usou a palavra e propôs que realizássemos o ato em 30
minutos, como resposta a conjuntura política do país e das alterações
governamentais em São Paulo. O Sr Mato Grosso usou a palavra dizendo que esse
ato era uma proposta do coletivo de São Paulo e que não foi aprovado pelo
conjunto das 11 entidades que patrocinava o Encontro,
tentando manobrar para que o
ato acontecesse no dia seguinte. Convém salientar que grande parte das
entidades que estavam na abertura, só apareceu para a foto, pois quem
viabilizou o Encontro no dia a dia foi o coletivo da APEOESP.
O
Secretário de Assuntos Educacionais da APEOESP, Paulo Neves, não teve
alternativa e colocou em votação. O Ato foi deletado pela Articulação Sindical
e PCdo B, representado pelo Sr Mato Grosso.
O professor Paulo Neves
agradeceu a presença do Deputado Federal Ivan Valente (Único que compareceu ao
Ato, demonstrando compromisso com a educação) e fomos para as mesas de
filosofia e Sociologia.
Na
mesa de Filosofia, após a fala dos professores, o professor Aldo Santos
apresentou algumas observações ao plenário sobre o possível documento
básico que se encontrava nas pastas; falou do retrocesso da
resolução nacional que o Conselho Estadual de Educação quer inviabilizar e
agora com o possível apoio da Tucana da Educação e apresentou a proposta de
criação de um Coletivo Nacional de Filosofia para encaminhar as demandas da
disciplina e organizar nossas reflexões e ações em todo o Brasil. Solicitou
que, ao final da exposição, os interessados permanecessem na sala para
tratarmos da proposta. Ao final ficaram uns 40 professores, onde discutimos a
proposta e, por unanimidade, decidimos criar o Coletivo Nacional de
Filosofia.
A
composição do mesmo ficou para ser definida no dia 24 na segunda mesa do
Encontro. No dia 24, ao término da primeira mesa, fomos informados que a mesa
final que seria coordenada pelo professor Emmanuel Appel e a relatoria seria
por conta do professor Aldo Santos fora deletada pela comissão organizadora, em
função de transtornos no aeroporto. Solicitei a palavra mais uma vez para
informar da decisão do dia anterior, e solicitei que ao final os interessados
deveriam ficar para que pudéssemos compor o referido Coletivo Nacional. Ficaram
por volta de uns 80 professores de vários estados. Falamos dos
encaminhamentos do dia anterior e abrimos a palavra para a composição do
referido coletivo.
Finalmente
foi constituído com dois representantes por estado, onde São Paulo deveria
encaminhar a lista de correspondência, criar um blog e um companheiro do Paraná
ficou dei fazer uma proposta por escrito que Será enviada aos
demais membros da coordenação do coletivo para apreciação. Foi ainda
debatido que devemos realizar uma reunião entre a segunda quinzena
de novembro e inicio de dezembro. No plenário geral o professor Aldo Santos
comunicou ao plenário a resolução dos professores de filosofia, bem como seus
respectivos representantes.
Por
São Paulo foram indicados os professores, Aldo Santos e Celso Torrano.
O debate
em plenário ficou prejudicado, uma vez que não houve um tempo para que os
professores pudessem aprofundar as propostas e tudo ficou como
contribuição ao debate em outros encontros estaduais e nacional.
Finalmente,
causou estranheza um documento distribuído pela Izabel - Membro do
Conselho Nacional de Educação e pelo professor Douglas Martin que
buscou confundir o plenário com um documento assinado como:
Secretário de Assuntos Educacionais e Culturais Adjunto da APEOESP; uma vez que
o mesmo é membro de outra secretaria e não desta.
Saudações socialistas;
Lutar é preciso.
Grupo de Professores da ALS.
3-
Boletim do Coletivo Nacional
de filosofia
Janeiro
de 2008
Introdução: O
Governo Serra desrespeita o Conselho Nacional de Educação e retira da grade
curricular a sociologia, a psicologia e coloca a filosofia como disciplina
complementar. Nesse sentido, mais do que nunca é fundamental reforçarmos o
coletivo nacional para debatermos esse e outros pontos de interesse da
Filosofia. Entre em contato e vamos otimizar nosso Blog- Conafi (Coletivo
Nacional de Filosofia)
Sobre
o Encontro Nacional de filosofia e sociologia
O
Encontro Nacional de Filosofia e Sociologia deve contextualizar o momento
político em curso, questionar e combater as políticas neoliberais do
governo federal e estadual, bem como responder as seguintes questões:
1-A
formação e o cotidiano dos professores da rede pública estadual
1.1–
Reunir, aproximar, socializar e debater as dificuldades e/ou facilidades do
cotidiano educacional. Além do debate de conteúdo, devemos debater currículo e
avaliação a partir da nossa realidade concreta.
2-Continuar
a luta pela implantação definitiva de Filosofia e Sociologia no Ensino
Fundamental e Médio no Brasil
2.1–
Fortalecer a luta pela implantação definitiva da Filosofia e Sociologia no
Ensino Médio e Fundamental, aumentando inclusive a carga horária (três aulas
semanais).
3-Explicitar
a leitura do mundo com base em que realidade?
3.1–
Fazer um profundo debate sobre o conteúdo ensinado e responder qual nosso papel
na transformação da sociedade a partir dos embates da luta de classe.
4-Unificar
as lutas, objetivos, conteúdos e propostas.
4.1–
Criar mecanismos na articulação das lutas, conteúdos e reivindicações inerentes
ao campo da Filosofia e Sociologia. Esse mecanismo deve ser a criação de um
Coletivo Nacional de Filosofia e Sociologia para apreciar o conjunto das
propostas apresentadas e aprovadas neste encontro. Dentre as propostas
devemos marcar encontros estaduais para encaminhar as
especificidades de cada Estado.
Aldo Santos, professor de
Filosofia e membro do Coletivo Estadual da APEOESP -
documento distribuído no 1° Encontro Nacional de filosofia e
sociologia no Anhembi.
Encaminhamentos
do Coletivo Nacional de Filosofia
Com
base no texto acima, realizamos duas reuniões no referido encontro, onde foi
aprovado o Coletivo Nacional de Filosofia. Ficou ainda para realizarmos uma
reunião desse coletivo no mês de novembro de 2007. Estamos com
algumas debilidades em relação aos documentos, uma vez que só em (27/10/07)
recebi a relação dos indicados no encontro.
De
qualquer forma, estou encaminhando o que tenho e pretendemos realizar uma
reunião com o coletivo Estadual em São Paulo, bem como debater a existência e a
importância do Coletivo Nacional no congresso da APEOESP, que será
realizado nos dias 7, 8, 9 de novembro. Gostaria também de propor
indicativamente que nos reunamos no Congresso da CNTE em Janeiro de 2008. Caso
haja concordância favor dar um retorno.
Abaixo
consta a relação dos nomes que irão coordenar o referido coletivo.
Nome
|
Estado
|
José da
Conceição Barros
|
Maranhão
|
Cacilda Bonfim
|
Maranhão
|
Avair Mastey
|
Paraná
|
Emanuel José
Appel
|
Paraná
|
Marina de
Souza Menezes
|
Espírito Santo
|
Maria José
|
Alagoas
|
Raimundo
Expedito
|
Tocantins
|
Patrícia
Luciane de Souza
|
Tocantins
|
Francisco
Alves Diniz
|
Ceará
|
Aristides
Januário da Costa
|
Mato Grosso
|
José Domingo
de Souza
|
Mato Grosso
|
José Teixeira
Neto
|
Rio Grande do
Norte.
|
Antonio Araujo
Neto
|
Rio Grande do
Norte.
|
Domilson
Menezes de Souza
|
Sergipe
|
Erineto V. dos
Santos
|
Sergipe
|
Raimundo
Ibernon Chaves da Silva
|
Acre
|
Edson Fernão
Meirelles
|
Goiás
|
Alexandre
Soares Maciel Neto
|
Goiás
|
Guilherme
Aparecido Penha
|
Rio de Janeiro
|
Sérgio
Oliveira da Silva
|
Rio de Janeiro
|
Marta
Rodrigues
|
Santa Catarina
|
José Benedito
Sales
|
Pernambuco
|
Antonio Carlos
Alberto
|
Pernambuco
|
André Pares
|
Rio Grande do
Sul
|
Jair Antunes
|
Rio Grande do
Sul
|
Antonio Braz
Rodriguez
|
Minas Gerais
|
Gilson
Gonçalves Santos
|
Minas Gerais
|
Márcia R.
Ramos
|
Piauí
|
Celso Torrano
|
São Paulo
|
Aldo Santos
|
São Paulo
|
Carlos Gomes
|
Distrito
Federal.
|
Obs.. Estamos enviando a relação dos nomes que foram indicados e referendados no plenário do Encontro no Anhembi. Pedimos que caso haja algum erro, favor dar retorno para que possamos corrigir. Solicitamos que caso haja foto das nossas reuniões e da plenária que tratou desse tema, favor enviar para que possamos socializar entre todos.
Obs. Solicitamos que os
componentes, conforme relação acima entrem em contato com Aldo ou Celso para
que possamos encaminhar as resoluções do Encontro.
Secretaria dos
trabalhos-Aldo Santos
4-
Ata da reunião do Coletivo
Nacional de filosofia, no dia 18/01/2008, durante o XXX
Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação -Brasília
Introdução:
Após a distribuição do boletim do Coletivo Nacional de Filosofia, foi possível
localizar alguns companheiros que constavam da lista Nacional, bem como outros
educadores interessados no debate.
Realizamos duas reuniões no
recinto do Congresso que aprovou as resoluções abaixo relacionadas. A reunião
foi coordenada pelo Prof. Aldo Santos e a secretaria dos trabalhos foi
feita pelo companheiro Celso Torrano.
1. Presentes (ordem da
lista)
Celso Augusto Torrano
(SP); Vani E. Santo (PR), Rosária Nogueira da Abadia (GO), Carmelita alcunha
(MT) Rosângela A. Castro (AC); Alex Zorzal (ES); Vildete de Souza Santos
Lacerda (GO); Júlio César A Santos (ES), Regina Moraes Gomes (GO); Rosângela
Maria Gomes (?); Jose Edvaldo Nogueira Rodrigues (AP); Cláudia Regina Loiola
(MG) Rosimar Prado Carvalho (MG); Antônio Braz (MG); Aldo Santos (SP) Gilson
Santos (MG) João Antônio Rocha (SP)
2. Pauta:
1) Informes dos
Estados e organização;
2) Proposta de
encaminhamentos
1.1. Informes e apresentação
dos presentes:
Antônio Braz (MG): (Professor de Filosofia e
Sociologia e Diretor de comunicações do Sindiute-MG) informou sobre a situação
do ensino de filosofia e sociologia no estado de Minas Gerais, de que não está
totalmente contemplada nas nove regionais do estado. Relatou sobre o Encontro
de filosofia do Triângulo mineiro. Comentou sobre publicação sobre o I encontro
Nacional, realizado em Julho de 2007, do qual há um informe no site www.sindiutemg.org.br (Informa 13). Propôs uma forma de comunicação mais
interativa, colocando-se à disposição.
Hildete (GO): Informou que ocorreram mudanças na matriz curricular em
2008, sendo que não foi definida uma proposta curricular clara. Informou que
20% das aulas foram destinadas ao ensino à distância. Quanto à carga horária de
Filo/Sócio, não havia definição de como seria estabelecida (atualmente, em duas
aulas semanais).
Regina (GO): Complementou o informe de Hildete, comentando que há a
disciplina Filosofia em algumas séries das escolas, sendo que na matriz do
noturno é menor.
Rosimar Prado
(MG): Além dos informes sobre a situação do ensino, reforçou a importância de
garantir o GT da CNTE; para a melhor comunicação, propôs a criação de um grupo.
Júlio César (ES): Informou sobre o histórico de projeto desenvolvido no ES, com referência na UNESCO, com a reestruturação do ensino (técnico). Conseguiram implantar Filosofia, Sociologia e Ciência Política nas três séries em 1999; no entanto, a secretaria não reconhecia, não realizava pagamento dos professores. (Sindiupes-ES, secretaria sindical)
Fábio (Sinte-GO): Informou sobre a precariedade e carência de formados na área. É professor de Sociologia, concursado de Filosofia. Propôs a realização de contatos com universidades.
João e Celso (SP): Retomaram o histórico sobre a luta pela implementação do ensino de Filosofia e sociologia na APEOESP. Desde a década de 1980, dos encontros da CENP, as elaborações dos professores (livros verdes, cinza). Sobre o ataque de Rose Neubauer e Covas (PSDB) e a redução das aulas (1998); sobre a retomada dos concursos de filosofia em 2005 e 2007, com Chalita e Maria Lúcia (intervalo); Informaram sobre a realização dos oito encontros pelo coletivo da APEOESP. Apresentaram aos demais a não implementação pela SEE-SP da Res. 04/2006 do CNE/MEC, bem como da Resolução 92/07, que exclui os professores de Sociologia e Psicologia, inclusive os efetivos. Por fim, realizou a proposta de incorporação desta pauta pela CNTE, critério de formação de coletivo, trabalhadores em educação.
Genivaldo (TO):
Comentou que reconhecia os participantes indicados ao I Encontro Nacional
(Expedito), bem como gostaria de participar, intervir nesta proposta à CNTE.
Comenta a situação: há apenas uma aula conjunta, redução de 1 aula no diurno,
sendo que os professores chegam aos 32 diários; e a qualidade da formação no estado,
desde a época colonial. Apenas por força da lei. Comentou a subordinação dos
Coletivos.
Cláudia (MG): Professora Formada em Filosofia, Diretora da subsede de Pirapora. Comentou a dificuldade do campo de trabalho, devido à superintendência de ensino valorizar as ciências exatas e técnicas.
Rosângela (AC): As disciplinas já estão incorporadas ao currículo do Ensino Médio (Filosofia, Sociologia e Psicologia), inclusive foram realizados concursos publico. A dificuldade é a carência de faculdades, formação em Seminários para filosofia.
Gilson Santos (MG): Elogiou a realização do I Encontro Nacional sobre Ensino de filosofia e sociologia em São Paulo, Julho de 2007. Solicitou a socialização das indicações do encontro para todo o Brasil, bem como a lista dos participantes do I encontro. Comprometeu-se a realizar debate com a executiva da CNTE, sobre as normas para criação de coletivos e setoriais; reforçou a proposta da criação dos GTs de filosofia e sociologia no MEC, bem como a necessidade de discutir nos grupos do congresso.
Alex (ES): Consolidação da presença da Filosofia (uma aula em uma série): é obrigatória em particular e pública. Efetivação de 20 professores da rede por concursos há 4 anos, bem como neste mês a se efetivaram mais 10.
Comentou sobre a presença no
EF, bem como da Associação de Professores de filosofia, da dificuldade de
participação. Reafirmou a proposta do GT.
Aldo Santos (SP): Retomou o histórico da luta em 2006 pela aprovação da Res. 04 no CNE, bem como o retrocesso em São Paulo, com a indicação 62/2006, a publicação do Parecer 343/2007 e a Resolução 92/2007. Comentou sobre a realização do IX Encontro Estadual em São Paulo, bem como uma emenda sobre o Coletivo Nacional de Filosofia aprovado no I Encontro, para acompanhar os estados, a realização dos encontros, até a realização do II encontro Nacional. Frisou a proposta de criação do Blog e seu aperfeiçoamento.
Vani (PR): Professora concursada de Sociologia comentou sobre o
trabalho desenvolvido desde 1982, a luta em 1991, o papel exercido
pela UEL em 1988. Retomou o desmonte promovido pelo governo neoliberal de Jaime
Lerner, a exclusão e não realização de concursos, colocadas como optativas,
pelo Conselho escolar; o papel do coletivo de estudantes de ciências sociais; a
inclusão de Sociologia e filosofia no vestibular da UFPR e UEL. No governo
Requião houve a publicação de outra resolução, obrigatória, duas aulas de
Filosofia e sociologia em uma das séries (1,2 ou 3). Os professores de
Sociologia produziram material didático a partir de suas aulas e experiências,
privilegiando a metodologia das Ciências sociais e o ensino de Filosofia, para
não reduzir aos temas da atualidade e genéricos, superficiais.
Rosália (Goiás):
Reforçou a falta de professores formados no Estado e região Centro oeste.
Carmelito-(MT) : Informou sobre a
consolidação das disciplinas por resolução do CEE-MT, presença na Universidade
Estadual, Faculdade de Ciências Humanas, com boa formação. Há
obrigatoriedade inclusive em escolas privadas. As disciplinas não são ensinadas
no EF. A maior dificuldade encontra-se para consolidá-la na Base Nacional
Comum, sendo que o CEE comprometeu-se em consolidá-la até 2010. São lecionadas
duas aulas por disciplina, sendo que uma aula para cada em cada série. Propôs a
realização do II Encontro Nacional. A defesa da clareza e definição da
habilitação (quem pode ensinar).
Newton
(PE): Informou que pouco se discutia antes da resolução do MEC, apenas como
temas transversais. A partir de 2007, passou a integrar a base comum no Estado.
Realizaram o I Encontro Estadual de filosofia e sociologia em Pernambuco com
professores de outras disciplinas. Informou ainda da realização de concurso
público em Março de 2008
2.1- Proposta de encaminhamento
Foi
elaborada uma resolução, protocolada na Secretaria de organização do XXX
Congresso da CNTE, com o seguinte conteúdo:
Aprovado em
plenário a Moção contra a resolução 92/07 da secretaria de educação que demite
os professores de sociologia e Psicologia do Estado de São Paulo.
Pelo
cumprimento integral da resolução 04/2006 do conselho Nacional de Educação/MEC:
Filosofia e Sociologia obrigatória no ensino Médio de todas as escolas do País.
“Pelo fomento ao debate e
criação de um (GT) que acompanhe as questões específicas sobre o ensino de
Filosofia e Sociologia na CNTE (sobre legislação federal e elaboração de um
currículo nacional)”.
a) Intervenção do Ministério Público Federal em
Estados que não cumprem a Resolução 04/2006 do CNE/MEC;
b) Luta pela aprovação do PLC 1641 (Dep. Ribamar
Alves-PSB-MA) que está no Congresso Nacional aguardando votação;
c) Pautar a obrigatoriedade na Conferência
Nacional de Educação Básica em abril de 2008;
d) Criação dos GT´s de filosofia e sociologia no MEC;
e) Organizar os Encontros Estaduais de
Filosofia e agendarmos uma reunião plenária para o segundo semestre de
2008.
f) Solicitar da CNTE e Apeoesp o cadastro
dos professores de filosofia que participaram do primeiro Encontro
Nacional de Filosofia e Sociologia, para ampliar ainda mais
nossa articulação Nacional.
g) Publicar as resoluções do Primeiro Encontro Nacional
de filosofia e Sociologia.
A resolução sobre a criação do coletivo Nacional de Filosofia e
Sociologia foi assinada por 39 professores, presentes à reunião e foi apoiada
pela maioria das Resoluções (forças) presentes no Congresso. A mesma deverá
constar nas resoluções aprovadas.
Secretaria dos trabalhos.
Obs. (Arquivo do Coletivo)
3-Finalmente
Em
decorrência dessas lutas realizadas em grande parte do nosso País, foi aprovada
a lei 11.684/08, revendo o artigo 36 da LDB, tornando obrigatória a Filosofia e
Sociologia no Ensino Médio Brasileiro. Animados pela efervescência, em São
Paulo, em 2009, foi eleita a Primeira diretoria da Associação dos
Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo. Em 2010 e 2011,
foi muito importante para a organização e acompanhamento da implementação da
disciplina de filosofia no currículo escolar no brasil. Em 2012, foi realizado
nos dias 6 e 7 de dezembro de desse ano o 1° Encontro Estadual que, dentre
inúmeras resoluções, aprovou a retomada da organização da filosofia em nível de
Brasil, sendo aprovada uma comissão organizadora para realizar um maio de
2013, uma plenária e constituir a diretoria da Associação dos Professores de
Filosofia e Filósofos do Brasil.
5-
PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO
DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASIL-APROFFIB
O
Coletivo Nacional de Filosofia foi fundado nos dias 22, 23 e 24 de julho
de 2007, no Palácio de Convenções do Anhembi, São Paulo, por ocasião da
realização do1°Encontro Nacional sobre o Ensino de Filosofia e Sociologia no
Brasil.
Embora
o seu surgimento tenha sido num momento marcante na estruturação organizacional
dos Filósofos Brasileiros, as dificuldades foram muitas, haja vista a falta de
empenho, compromisso e apoio por parte dos membros que aceitaram fazer parte
desse coletivo. O documento que deu origem a formação do coletivo ainda está atualizado
e deve servir de base para a nossa continuidade na luta pela nossa organização.
Em nível nacional, além da reunião de fundação do nosso coletivo, ocorreu outra
reunião em janeiro de 2008, no congresso da CNTE, com representantes de vários
estados que debateram vários pontos de pauta. Partes desses pontos foram
acordados para serem publicados pela direção da CNTE, porém, depois romperam o
acordo.
Nesse
sentido, é preciso dar um passo a frente na organização e estruturação de uma
entidade nacional para dar o devido suporte as entidades estaduais, como
elemento de coesão das demandas relativas aos interesses dos professores de
filosofia e filósofos brasileiros.
Foi
aprovado ainda neste encontro (6 e 7 de dezembro de 2012, na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo):
a) Compor uma
coordenação com 7 efetivos e 4 suplentes para impulsionar a luta nacional para
cumprir os objetivos de nossa organização, já delineados na formação do
Coletivo Nacional de Filosofia.
b) Realização de uma plenária
Nacional no primeiro quadrimestre de 2013, para debater e deliberar sobre:
1- Conjuntura Educacional
Brasileira;
2-Balanço da Situação do
ensino da filosofia no Brasil;
3-Posicionamento sobre os
projetos de filosofia que tramitam no Congresso Nacional;
4-Deliberar sobre nossa
união e organização dos professores de filosofia no Brasil: (Objetivos,
Finalidade, Estatuto e Direção Nacional.)
A
coordenação indicada nesse encontro deverá implementar ações no sentido de
retomar os contatos com os educadores que se comprometeram com o CNF no
encontro do Anhembi e outros(as), divulgar as deliberações, contatar outras
entidades de caráter nacional, organizar a eleição da Associação dos
Professores de Filosofia e Filósofos do Brasil – APROFFIB.
Deve
ainda otimizar as ferramentas desenvolvidas para a divulgação de nossa
atividade, incorporar todos os documentos existentes desde o encontro do
Anhembi como parte integrante do histórico da nova entidade a ser
constituída.(Resolução do 1° Encontro de Professores de Filosofia e Filósofos
do Estado de São Paulo - 6/7-12/2012).
6-
REPRESENTANTE DA ASSOCIAÇÃO
DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASILSOLICITA APRESENTAÇÃO DE
PROJETO DE LEI PELA INCLUSÃO DA FILOSOFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
No
dia 18 de abril de 2013, o presidente da ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE
FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - APROFFESP, e membro da
ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASIL - APROFFIB, Aldo
Santos, se reuniu com o Presidente Nacional e Deputado Federal pelo Psol, Ivan
Valente, para tratar de reivindicação de interesse das entidades dos
Professores de Filosofia e Filósofos. Nessa reunião o presidente da APROFFESP
sugeriu que o deputado apresente na Câmara Federal projeto de lei pela inclusão
da Filosofia no Ensino Fundamental, conforme propositura já apresentada pelo
Deputado Estadual do Psol, Carlos Gianazzi, na Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo.
Além
da nossa sugestão e justificativa, o deputado Ivan Valente disse que fará um
levantamento em Brasília sobre a existência ou não de projeto dessa natureza e
como parlamentar e educador se comprometeu em encaminhar a solicitação
apresentada. No prazo de um mês ele dará retorno sobre a pesquisa que será
realizada, bem como sobre os demais encaminhamentos pertinentes.
São Paulo, 18 de abril de
2013.
Secretaria dos trabalhos.
Ao
Deputado Federal Ivan Valente.
Considerando
que a luta pela obrigatoriedade da filosofia no ensino médio brasileiro foi uma
grande batalha e conquista dos professores organizados;
Considerando
que a reflexão filosófica é fundamental em qualquer processo de
ensino-aprendizagem;
Considerando
que em várias unidades escolares privadas já estão ensinando filosofia no
ensino fundamental com um ótimo nível de aproveitamento pedagógico;
Considerando
que em reunião com o Secretário adjunto de educação do Estado de São Paulo,
João Palma, o mesmo ficou sensibilizado com a essa reivindicação e admitiu a
possibilidade de implementá-la no ensino fundamental, por enquanto em caráter
optativo pelas unidades escolares;
Considerando que esse tema tem sido objeto de debate por parte dos
professores que já lecionam no ensino médio e que nossa entidade em plenária
aprovou que deveríamos encaminhar a comissão de educação da assembleia essa
nossa reivindicação;
Considerando
que no 1° Encontro de professores de filosofia e filósofos do estado de São
Paulo, realizado nos dias 06/07/2012, foi aprovado uma comissão
provisória para encaminhar as lutas em nível nacional;
Considerando
que na Reunião da Aproffib, realizada em 16/02/2013, esse tema foi debatido e
foi indicado que encaminhássemos ao Deputado Federal Ivan Valente tal
solicitação para ser protocolizada no Congresso Nacional;
Vimos
através deste solicitar que vossa excelência apresente um projeto de lei
"instituindo a obrigatoriedade da filosofia no ensino fundamental em nosso
País", bem como outras proposituras pertinentes, para que avancemos ainda
mais no processo de reflexão e transformação da Sociedade Brasileira.
Sem mais para o momento,
Atenciosamente.
Comissão provisória da
APROFFIB
JUSTIFICATIVA
DA PROPOSITURA
Há
2.500 anos a filosofia vem navegando no universo do conhecimento e da sabedoria
humana. Com a sistematização do pensamento a partir do mundo grego ela vem
definindo o jogo político, instituindo e derrubando governos, questionando os
modos de produção e instituindo novos poderes. Questiona conceitos morais e
éticos, desvenda fenômenos religiosos, provoca revoluções e justificativas
processuais, numa cronologia ascendente, ora a partir de eixos cronológicos,
ora a partir dos modos de produção existentes, buscando esclarecer e enaltecer
a vida do homem no planeta e a sua finitude ou não, ao mesmo tempo em que se
renova a cada instante para estabelecer as diretrizes do pensamento educacional
e das transformações e revoluções necessárias e urgentes.
Do
ponto de vista econômico e das relações de produção devemos rever nossas
afinidades filosóficas diante do mundo do trabalho, estabelecer a reflexão a
partir do seu caráter ontológico e fundante que o mesmo representa.
As
observações do pensamento a partir da evolução humana estabelecem momentos de
rupturas e superações como no filme a guerra do fogo, como na expressão do
pensamento de Engels: “a transformação do macaco em homem”, os modos de
produção vêm definindo e delineando os embates de classe, as teorias de Marx
fundamentando e combatendo o positivismo ainda militante, assim como o
capitalismo em sua profundidade, nos remete a necessidade de darmos um passo à
frente do ponto de vista conceitual e da práxis humana, revolucionando as
aspirações pedagógicas rumo à edificação do homem e do mundo novo que devemos
revolucionariamente construir.
No
manual do professor do livro “Iniciação à filosofia”, da filósofa Marilena
Chauí, primeira edição de 2011, publicado pela Editora Ática, na pagina três,
ela define e afirma que a filosofia “Está presente na vida de todos nós. No
mundo ocidental, costuma-se dizer que remonta aos gregos. De uma perspectiva
mais ampla, podemos dizer que ela está presente na vida do ser humano desde um
tempo imemorial, anterior às primeiras civilizações. Dos primórdios do Homo
sapiens até as primeiras organizações humanas, cada atitude individual ou
coletiva, cada fenômeno físico ou avanço técnico, cada nova percepção dos
meandros da alma humana foi entremeada por ações passíveis de analise filosóficas”.
Um
recorte necessário
Procurando
estabelecer uma relação direta entre o ensino de filosofia no Brasil e o
Programa Nacional do Livro Didático, o guia de livros de Filosofia para 2012,
este vai afirmar que: “desde 1663, ano em que a filosofia foi pela primeira vez
inserida nos currículos das escolas brasileiras tratava-se então da primeira
escola de ensino secundário da companhia de Jesus, na Bahia - a presença da
filosofia na escola brasileira se deu de forma descontínua e frágil”.
Em
outra publicação também do Ministério da Educação publicado em 2010, num dos
artigos, o mesmo faz referência a três gerações de filósofos, referindo- se
sobre o Ensino de filosofia no Brasil. Os autores Marcelo Carvalho, e Marli dos
Santos, em um “breve panorama da trajetória do ensino de filosofia nos últimos
50 anos”, afirmam: “Uma missão Francesa constituída de professores de renome
daquele país do velho continente chegou ao Brasil na década de 1940 para criar
e desenvolver o ensino de filosofia na recém criada Universidade de São Paulo,
fundada em 1934, atendendo às demandas de formação intelectual da burguesia
paulistana”.
Na
página 13 do capítulo 1, do livro de Filosofia, da coleção Explorando o Ensino,
volume 14 do Ministério da Educação publicado em 2010, o mesmo faz referência a
três gerações de filósofos, referindo- se sobre o Ensino de filosofia no
Brasil.
Os
autores apontam ainda alguns momentos marcantes da história e o contexto da
filosofia e da sociologia, a saber:
a)
De 1937-1945, em pleno Estado novo, Getúlio Cria o Ministério da Educação e
Saúde pública, para parcelas mais ampla da população do Brasil;
b)
As mudanças se deram por conta do movimento que defendia a renovação na
educação, em que a mesma deveria ser pública e gratuita, laica e obrigatória.
Esse movimento foi denominado de “Manifesto dos pioneiros da Escola Nova”.
Seguramente esse movimento expressa seu caráter ideológico e a formatação de um
projeto da educação brasileira;
c)
No final da década de 50, ocorrem grandes mudanças na educação,
fundamentalmente no ensino médio. O Desenvolvimentismo, a abertura do mercado
às empresas multinacionais, indústrias automobilísticas, cigarros, farmacêutica
e de mecânica;
d) A
LDB prevista na Constituição de 1946 foi colocada em prática em 1961, durante o
governo de João Goulart. A Lei 4024/61 tinha a orientação da não
obrigatoriedade do ensino de Filosofia e Sociologia;
e)
Com o golpe Militar em 1964, a Filosofia e a Sociologia transformou-se num
ensino instrumental, com seu pragmatismo autoritário;
f)
Em 1968 a Filosofia foi retirada de todos os vestibulares do país e, em 1971 a
lei 5692/71 eliminou de vez a Filosofia e a sociologia da grade curricular do
ensino médio, introduzindo o OSPB. Essa orientação e defesa do regime
perduraram de 1964 a 1985;
g)
Os autores falam que nesse período a filosofia “se manteve no exílio do Ensino
Médio Público”;
h) A
partir dos anos 80 ela reaparece como disciplina optativa;
i)
Em 1996, com a LDB 939/96 a situação se manteve: No artigo 36, parágrafo 1°,
recomendava “domínio dos conhecimentos de filosofia e de sociologia necessários
ao exercício da cidadania”;
j)
Diante desta argumentação, não convincente para os conhecedores da necessidade
de conteúdos filosóficos para adolescentes e jovens, no ano 2000 o Pe. Roque
Zimmermman, deputado federal do PT no Paraná, elaborou o projeto de lei PL
009/2000 que tornava obrigatória a inclusão na grade curricular do ensino médio
as disciplinas de Filosofia e Sociologia. (Escrito por Tânia Rodrigues Palhano,
10 de abril de 2010, no site: O mundo Filosófico);
k) O
projeto que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi
aprovado pelo Senado da República no dia 18 de setembro de 2001, após várias
manifestações.
A
vitória parcial no Senado não se completou. No dia 09 de outubro do mesmo ano
foi publicado no Diário Oficial da União o veto do Presidente da República
Fernando Henrique Cardoso, que é sociólogo. Conforme notícia do Terra Educação
(2001), alegou que com a abertura de novos cargos de professores ter-se-ia um
aumento de custos, onde Estados e Prefeituras não iriam suportar a elevação da
folha de pagamento e que não existe um número suficiente de profissionais
qualificado no mercado, sociólogos e filósofos que garanta o atendimento do
projeto. (escrito por Tânia Rodrigues Palhano, 10 de abril de 2010, no site o
mundo Filosófico);
l) Vale ressaltar que no Estado da Paraíba a Lei n. 7.302/02 foi
aprovada em 7 de janeiro de 2003, e determina a obrigatoriedade da disciplina
Filosofia nas Escolas Públicas do Estado da Paraíba no ensino médio, a qual não
se efetivou na prática. Atualmente a atividade do ensino da filosofia está se
consolidando, na esfera pública estadual do ensino médio, com a obrigatoriedade
desta disciplina a nível federal. (escrito por Tânia Rodrigues Palhano, 10 de
abril de 2010, no site o mundo Filosófico)
Elementos
e ação para o retorno da filosofia
O
dia 7 de junho de 2006 ficará na memória e história de mais de trezentos
professores e estudantes que compareceram ao plenário do CNE, onde foi aprovado
as disciplinas de Filosofia e Sociologia como obrigatórias (resolução 04/06).
1º
Encontro Nacional de Filosofia e Sociologia realizado nos dias 22 a 24 de julho
de 2007 no Anhembi-SP;
Na
época apresentei aos delegados um documento básico da proposta organizativa dos
professores de Filosofia em nível nacional, realizamos uma plenária dentro do encontro
e constituímos a Coordenação Nacional do Coletivo Nacional de Filosofia.
Criou-se então o coletivo Nacional de Filosofia em 2007. (http://coletivonacionaldefilosofia.blogspot.com/);
Em
2008 houve o IX Encontro Estadual do Coletivo de Filosofia, Sociologia e
Psicologia da APEOESP. Várias propostas foram aprovadas no sentido de
fortalecer a nossa luta pela efetiva implantação da Filosofia no currículo do
Ensino Médio. Uma das polêmicas centrais do IX Encontro do Coletivo de
filosofia, Sociologia e Psicologia da APEOESP foi o enunciado da nossa proposta
sobre a necessidade da fundação de uma entidade dos filósofos, concebida sem a
pretensão ou preocupação de concorrer com o sindicato estadual dos professores,
haja vista que do ponto de vista sindical global estamos muito bem organizados
e abrigados nesta entidade;
Em
2008 foi aprovada a lei 11.684/08, revendo o artigo 36 da LDB, tornando
obrigatória a filosofia e a sociologia no ensino médio;
Em Setembro de 2009 tomou
posse a primeira Diretoria eleita da Associação dos Professores de Filosofia e
Filósofos do Estado de São Paulo – APROFFESP - numa Plenária Estadual,
realizada no dia 26 de Setembro de 2009, na Rua Carlos Petit, n°199, Vila
Mariana. Os membros eleitos tomaram posse, tendo por base o resultado das
eleições realizadas no dia 26/08/2009, com a votação de 226 professores no
Estado (foto da posse). http://aproffesp.blogspot.com/.
Em
outubro de 2010, membros da diretoria da Aproffesp são recebidos pela
Secretaria Estadual de Educação, através da representante da CENP, onde
reivindicamos o aumento das aulas de filosofia no ensino médio e a introdução
da filosofia no ensino Fundamental. Posicionamo-nos ainda contra os cadernos de
filosofia para alunos e professores, haja vista que os mesmos apresentam um
conteúdo fragmentado e qualquer conteúdo pertinente deve levar em conta a
contribuição dos professores de filosofia da rede do Estado de São Paulo.
Percebe-se,
a partir destes recortes históricos e da argumentação pela presença da
Filosofia no currículo escolar, uma luta de longo tempo, mas contínua e
efetiva, pela volta e inclusão definitiva dessa área do conhecimento na escola.
Como escreveu a professora Marilena Chauí, uma das estudiosas, professoras e
intelectuais mais respeitadas no país, “a Filosofia está presente na vida de
todos nós.” E cabe acrescentar: presente na vida de todos nós cotidianamente.
Neste
sentido, tanto quanto qualquer uma das disciplinas já escaladas para compor o
currículo da escola fundamental, a Filosofia deve ter o seu lugar de direito. E
com isso, contribuir para dar mais sentido ao mundo contemporâneo. (texto
referência: palestra proferida pelo Professor Aldo Santos na Universidade
Metodista em SBCAMPO)
Este
Projeto de Lei tem a colaboração e sugestões formuladas pela Associação dos
Professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo – APROFFESP.
7-
ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA
E FILÓSOFOS DO BRASIL - APROFFIB
Sob
a denominação de ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO
BRASIL - APROFFIB fica constituída uma Associação, de duração
indeterminada, sem fins lucrativos. Esta Associação terá caráter educativo,
formativo, cultural, de análise filosófica, econômica e político-social.
Constituem finalidades de
Associação:
a) Promover atividade de formação, educação, palestras,
seminários, encontros e Congressos, de promoção geral, de caráter filosófico,
onde e quando se fizer necessário;
b) Promover, apoiar e incentivar todas as formas de
manifestação cultural, social, política, econômica, educativa, formativa e
associativa;
c) Incentivar comportamentos de participação,
organização e solidariedade, criando ou estimulando, para esse fim, atividade
sistemáticas e assistemáticas no campo formativo, educacional, político,
econômico, filosófico, social, promocional e cultural;
d) Criar, aperfeiçoar e transmitir uma metodologia que
viabilize os seus objetivos, assim como divulgar pesquisas, estudos, cursos,
seminários, debates, experiências educativas e de avaliação;
e) Representar os educadores e profissionais da
educação da rede pública e privada do ensino fundamental, médio e superior, com
finalidade formativa e informativa, bem pleitear junto aos órgãos
governamentais e privados os interesses materiais e imateriais dos professores
e filosofia, e filósofos do BRASIL.
Para a consecução dos seus objetivos e finalidades, a
Associação poderá: Desenvolver atividades, onde e quando julgar necessário;
Manter convênio e/ou associar-se a entidades similares ou da mesma natureza, a
entidades de apoio ajuda e solidariedade; Divulgar e promover suas atividades e
finalidades, através da constituição de um órgão de imprensa ou de outras
formas que julgar conveniente; e Prestar auxílio material a entidade ou
associações, bem como ceder dependência para suas ATIVIDADES;
DOS ASSOCIADOS.
A Associação não fará distinção de raça, cor, nacionalidade,
classe social, concepção filosófica ou religiosa.
A Associação é constituída de número limitado de associado, maior
de 16 anos:
São considerados associados fundamentais, os que assinam a ata de
fundação da Associação.
A admissão de novos associados é de competência da executiva
constituída. Em caso de destaque, deve ser submetido à Assembleia Geral.
São direitos dos associados:
a) Votar e ser votado;
b) Participar das Assembleias Gerais Ordinárias e
Extraordinárias;
c) Participar das atividades em que a Associação esteja
direta ou indiretamente envolvida;
d) Desligar-se da Associação por motivos pausáveis;
e) Apresentar novos associados para a admissão a
Associação, conforme capítulo II, artigo 4, § 2º.
São deveres dos associados:
a) Acatar o Estatuto da Associação;
b) Colaborar com a Diretoria na consecução dos
trabalhos e objetivos;
c) Apresentar ao Presidente e à Assembleia Geral
qualquer irregularidade verificada;
d) Exercer o cargo para o qual foi eleito, salvo se
houver motivo de força maior plenamente justificável;
Participar do planejamento e
avaliação dos planos anuais de trabalho.
8-DIRETORIA EXECUTIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE
FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASIL
CONFORME APROVADO NO 1° ENCONTRO ESTADUAL DA
APROFFESP, REALIZADO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, NOS DIAS
06/07 DE DEZEMBRO DE 2012, NESSE DIA, FOI CONSTITUÍDA UMA COMISSÃO
PROVISÓRIA ATÉ A PRIMEIRA PLENÁRIA DA APROFFIB QUE FOI AGENDADA
PARA O DIA 16 DE MAIO DE 2013. ALÉM DOS INFORMES REGIONAIS E NACIONAL,
ENCAMINHAMOS O DEBATE SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DA NOSSA ENTIDADE NACIONAL.
FOI ELEITA PORTANTO A PRIMEIRA DIRETORIA DA APROFFIB, CONFORME COMPOSIÇÃO
ABAIXO.
PRESIDENTE: ALDO JOSIAS DOS
SANTOS
VICE PRESIDENTE : HUGO ALLAN
MATOS
SECRETÁRIA: ALEXANDRA SOUSA
BARROS
TESOUREIRO: ALVARO AUGUSTO
DIAS JUNIOR
DIRETORES DE COMUNICAÇÃO E PROPAGANDA:
JOSE CARLOS CARNEIRO E EDUARDO CARVALHO
DIRETOR DE RELAÇÕES PEDAGÓGICAS: CHICO GRETTER
DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: JOSÉ DE JESUS
9-AVANÇOS E DASAFIOS
Diferentemente de outras entidades cartoriais, a
eleição da diretoria da APROFFIB, representa a mais genuína expressão da
luta organizada nos mais variados movimentos pela retomada da
filosofia no ensino médio e o nosso grande desafio agora é ampliar nossa luta
pela inclusão da filosofia no ensino fundamental, construir uma
proposta curricular nacional a partir dos professores de filosofia, lutarmos
pelo aprimoramento do conteúdo filosófico nos livros didáticos,
melhorando, ampliando e lutando pela abertura de mais faculdades de filosofia no
Brasil.
Nesse sentido, o nosso apoio a Realização do
Primeiro Congresso Brasileiro de Filosofia da Libertação que foi
realizado nos dias 4, 5, 6 de Setembro de 2013 na capital de São Paulo,
foi um importante momento nesta perspectiva de uma organização
nacional, apontando para ampliação de nossa união e organização em
todo território Nacional, tendo como ponto de partida a organização dos
estados a partir de uma pauta debatida e aprovada pelos professores em luta. O
desafio está lançado e convocamos todos e todas para essa importante
tarefa militante .
Lutar e vencer é preciso!
ALDO SANTOS- COORDENADOR DA APEOESP-SBC, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS
PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO E DA
ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASIL
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