Movimento prepara novo protesto pelo passe livre na Câmara de São Bernardo
Segundo o ex-vereador Aldo Santos (Psol), integrante do movimento, além de definir os próximos passos, as entidades vão propor aos alunos que tomem a iniciativa de elaborar o projeto que viabilize o passe livre. “Vamos incentivar os alunos a fazer o projeto de iniciativa popular pela implementação do passe livre para os estudantes”, explicou.
Um dos pedidos feitos pelos manifestantes durante a sessão é a realização de audiência pública com a participação de representantes do movimento, do Executivo, Legislativo e das empresas de transporte público para debater o assunto. A proposta, porém, não foi aprovada pelos vereadores. Porém, o oposicionista Pery Cartola (PPS) afirmou que tentará articular junto à oposição projeto para realizar o debate no Plenário Tereza Delta.
Com a negativa dos parlamentares, a intenção do movimento é levar o debate às escolas e, com isso, mobilizar os jovens sobre o que está sendo proposto à prefeitura.
Ao comentar o protesto de quarta-feira, Aldo Santos afirmou que faltou vontade dos vereadores para apresentar o projeto. “Não fizeram isso por falta de vontade política”, disse o socialista, autor de projeto semelhando no fim da década de 1980 e que acabou aprovado na Câmara e posteriormente vetado pelo então prefeito Mauricio Soares (PT).
O veto foi derrubado na Câmara, mas Soares entrou na Justiça e a prefeitura conseguiu derrubá-lo novamente, após 13 anos de batalha jurídica.
Indicação
Os vereadores aprovaram indicação, que leva a minuta do projeto apresentado pelos manifestantes ao conhecimento do prefeito Luiz Marinho (PT). O requerimento também pede que o prefeito faça estudo de viabilidade sobre a gratuidade. Porém, dificilmente o movimento terá resposta positiva do Executivo, pois Marinho já sinalizou que é contra à gratuidade.
Os manifestantes sugerem que a verba para custear o beneficio venha do lucro das concessionárias do transporte público, mas sem incentivos ou desonerações fiscais e sem aumento da passagem para os usuários que não se encaixam no perfil dos beneficiados.
A questão não foi levada à votação, pois os vereadores não poderiam protocolar matéria sobre mudança tributária, que é atribuição apenas do Executivo.
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