Aldo promete salário para estudantes
Rogério Santos
do Diário do Grande ABCquarta-feira, 5 de setembro de 2012 7:06
Disposto a minimizar a evasão escolar entre os jovens, o candidato ao Paço de São Bernardo pelo Psol, Aldo Santos, pretende, se eleito, instituir o salário estudantil para os alunos de baixa renda, a partir do 9° ano do Ensino Fundamental, até o 3° ano do Ensino Médio da rede estadual.
Números preliminares colhidos pela equipe de campanha de Aldo apontam que há cerca de 42,6 mil estudantes em São Bernardo nessa faixa de escolaridade.
Levando em consideração que o salário-mínimo será de R$ 670,95, a partir de 1° de janeiro de 2013, o Paço gastaria até R$ 342.989.640 milhões por ano com o subsídio estudantil, o equivalente a 54,4% do Orçamento municipal para Educação em 2012, de R$ 630 milhões.
"Nessa fase da vida, muitos alunos se deparam com a necessidade de trabalhar para complementar a renda familiar. Desse modo, a escola acaba ficando em segundo plano", justifica Aldo, que ontem fez campanha nos bairros Jardim Novo Horizonte e Parque São Rafael.
Segundo ele, a medida visa assegurar que os jovens concluam os estudos com tranquilidade e possam posteriormente escolher a profissão que desejam exercer.
Para viabilizar o investimento, o socialista vislumbra parcerias com o governo do Estado e a União. Além disso, ele pretende aumentar o percentual de investimento do município na Educação, de 25% para 30%. "Não dá para pensar em desenvolvimento sem Educação de qualidade. A previsão orçamentária de São Bernardo para 2013 é de R$ 4 bilhões. Portanto, é possível aumentar o repasse para o setor", avalia o prefeiturável.
Antes do programa entrar em vigor, será feito um levantamento sobre os alunos que precisam do benefício. Posteriormente serão estabelecidos alguns critérios para a manutenção do subsídio, como acompanhamento do rendimento escolar e presença em sala de aula.
SEM ASSISTENCIALISMO
Embora o salário estudantil ser, na prática, um meio para assegurar renda aos alunos, Aldo Santos afirma que o programa não visa o assistencialismo. "Não se trata disso. O município tem que investir em Educação e assegurar a permanência do aluno na escola."
Um dos reflexos da medida seria a migração de estudantes de outras cidades do Grande ABC para São Bernardo, dispostos a contar com o salário. Segundo o prefeiturável, isso não deve ocorrer porque a proposta do salário para os estudantes foi apresentada a ele pelo movimento estudantil e a ideia está sendo disseminada nas demais cidades da região.
Para aprofundar a discussão sobre o tema, Aldo participará no dia 22 de encontro com estudantes na subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de São Bernardo. "Como é um assunto que interessa à classe estudantil, nada melhor que debater o assunto com eles", disse.
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