POR
QUE OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL SÃO CONTRA O PROJETO DE ESTATUTO DO
GOVERNO MARINHO?
Caro munícipe,
Os
trabalhadores da Educação Pública Municipal pedem alguns minutos de sua atenção:
A partir de 2010 até março de 2012, os trabalhadores da educação de São
Bernardo do Campo construíram, de forma coletiva e democrática, uma proposta de
Estatuto dos Profissionais da Educação comprometida com a qualidade do ensino
público municipal que reconhece e valoriza todos os trabalhadores em educação,
garante e amplia direitos já conquistados, estabelece condições de trabalho e
de apoio adequadas e obriga a administração pública a realizar investimentos de
forma igualitária e justa na formação dos profissionais e nas estruturas das
escolas. Estas são condições básicas para garantir a melhoria da educação
pública municipal e do ensino oferecido aos cerca de oitenta mil alunos de
nossa cidade.
Nossa proposta se opõe à terceirização no
serviço público e ao atrelamento partidário das escolas ao prever concurso público
como forma de acesso para todos os cargos, pois educação não é mercadoria e
escola não pode ser campo de disputa eleitoral.
Acontece que o projeto
construído pelos trabalhadores não interessa ao governo, que prefere aprofundar
a terceirização no serviço público e pretende criar mecanismos que possibilitem
o controle partidário das equipes gestoras e dos professores, com o
estabelecimento de mecanismos de indicações de pessoas de sua confiança para a
direção, para a coordenação escolar, para a orientação e para programas
educacionais. O projeto do governo fere a autonomia das escolas e tem como
objetivo tornar os profissionais da educação cabos eleitorais.
O projeto do governo
NÃO reconhece e NÃO valoriza todos os trabalhadores ! Retira direitos e benefícios,
prejudica trabalhadores e prejudica a educação pública ao colocar em extinção
cargos do magistério (Professor de Educação Especial, Diretor, Coordenador,
Orientador Pedagógico), cargos da Equipe de Orientação Técnica (Psicólogo,
Assistente Social, Fonoaudiólogo etc) e cargos do apoio (Zelador Escolar,
Merendeira etc). A extinção destes cargos comprometerá severamente a qualidade
do atendimento aos nossos alunos e comprometerá os processos de inclusão dos
alunos com necessidades especiais.
Muita propaganda
enganosa tem sido veiculada pelo governo e ações coercitivas têm sido
praticadas para que os trabalhadores se calem. Os educadores do município estão
sendo obrigados pelo governo a entregar uma carta assinada pela Secretaria de
Educação com informações inverídicas a respeito do projeto do governo.
Os trabalhadores da Educação Pública
Municipal de São Bernardo do Campo de dois mil e dez até agora, reunidos em
assembleias e consultas, rejeitaram as intenções governistas por seis vezes
porque sabem que este projeto é ruim para a educação municipal e é ruim para os
profissionais da educação ems eu conjunto.
Por isso, pedimos o apoio da
comunidade escolar e de todos os munícipes de bem para novamente impedirmos a
destruição da educação pública municipal de São Bernardo do Campo.
Fazemos um chamado a quem possa
comparecer à Câmara Municipal nesta quarta-feira, 27 de novembro, para
novamente dizer NÂO à exclusão, NÃO à destruição da educação pública, NÃO aos
retrocessos e às perdas de direitos!
As crianças, jovens e adultos
atendidas pela rede municipal de ensino certamente agradecerão!
Oposição Independente,
classista e de luta.
Apoio: APEOESP-SBC e
INTERSINDICAL DO GRANDE ABC
Nenhum comentário:
Postar um comentário