sábado, 23 de novembro de 2013


Construindo a central: seminário nacional reúne militantes de diversas partes do país

Imprensa SEEB Santos e Região
O encontro contou com participações do jornalista Gilberto Maringoni e do Deputado Federal Ivan Valente
O dois primeiro dia do Seminário Nacional da Intersindical reuniu operários metalúrgicos, químicos, trabalhadores bancários, professores e servidores públicos de diversas áreas para debater concepção e prática sindical, assim como um plano de lutas que responda aos desafios que a classe trabalhadora enfrenta hoje no Brasil.
Com participação de trabalhadores das mais diversas partes do país, o encontro objetiva construir o caráter organizacional para a formalização da Intersindical enquanto central sindical que se realizará em março do ano que vem.
Na sexta-feira, 15, o encontro foi aberto por Edson Carneiro, o Índio, da Coordenação Nacional da Intersindical sendo sucedido pelas saudações do Movimento Avançando Sindical (MAS), representado pelo professor da rede estadual, Rossano Rafaelle, e pela Frente Operária Socialista (FOS), por meio de Silvana, também professora da rede estadual.
Na sequência, houve o painel de abertura, que debateu a conjuntura, o papel dos sindicatos numa perspectiva de esquerda e nossos desafios para o período, que contou com as contribuições do jornalista e professor Universidade Federal do ABC, Gilberto Maringoni, e do Deputado Federal pelo PSOL, Ivan Valente.

A central de trabalhadores que estamos construindo
No sábado os trabalhos ficaram especialmente por conta da temática "papel da Intersindical, concepção e prática sindical". Arlei Medeiros, dirigente do Sindicato dos Químicos Unificados e também da coordenação da Intersindical, esteve na mesa da manhã dando sua contribuição, tais quais outras companheiras e companheiros, como o camarada Aldo Santos, da TLS (Trabalhadores na Luta Socialista). 
Os grupos de discussão foram muito ricos, mostrando que há diversas questões a serem aprofundadas. Pontos fundamentais demonstraram convergência de ideias, como o entendimento da central como uma frente de trabalhadores com duplo caráter – organizar a classe por condições de vida e trabalho e ser escola de luta para acabar de vez com a exploração capitalista.
Outros itens de concepção consensuais de destaque foram: a central ser independente de patrões, governos, Estado e com autonomia em relação a partidos e credos; e ser internacionalista (já que a classe trabalhadora é explorada em todo mundo); ter a mais ampla liberdade de expressão combinada com a unidade de ação, sem manipulação aparelhista.
O relato dos grupos de trabalhos formados pela manhã e a síntese da acumulação de outros encontros da Intersindical foram base para o debate da tarde, sobre a organização da Intersindical e o processo a ser desenvolvido até março de 2014, quando ocorrerá o congresso de formalização que consolidará a Intersindical enquanto central sindical.
Nossa central já nasce com uma diferença fundamental em relação a todas as outras, no firme combate ao controle do Estado:  não pleiteará acesso ao Imposto Sindical.
 Setoriais de luta
Na sexta-feira o Coletivo de Mulheres debateu a importância de incorporar a luta feminista ao plano de ação da central em duas esferas: a da luta geral por direitos da mulher trabalhadora e o do enfrentamento do machismo no dia a dia no próprio movimento sindical popular.
 No sábado os setoriais de educação e outros coletivos, como o de Raça e LGBT também se reuniram.



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