O encontro
contou com participações do jornalista Gilberto
Maringoni e do Deputado Federal Ivan Valente
O
dois primeiro dia do Seminário Nacional da Intersindical reuniu operários
metalúrgicos, químicos, trabalhadores bancários, professores e servidores
públicos de diversas áreas para debater concepção e prática sindical, assim
como um plano de lutas que responda aos desafios que a classe trabalhadora
enfrenta hoje no Brasil.
Com
participação de trabalhadores das mais diversas partes do país, o encontro
objetiva construir o caráter organizacional para a formalização da
Intersindical enquanto central sindical que se realizará em março do ano
que vem.
Na
sexta-feira, 15, o encontro foi aberto por Edson Carneiro, o Índio, da
Coordenação Nacional da Intersindical sendo sucedido pelas saudações do
Movimento Avançando Sindical (MAS), representado pelo professor da rede
estadual, Rossano Rafaelle, e pela Frente Operária Socialista (FOS), por
meio de Silvana, também professora da rede estadual.
Na
sequência, houve o painel de abertura, que debateu a conjuntura, o papel
dos sindicatos numa perspectiva de esquerda e nossos desafios para o
período, que contou com as contribuições do jornalista e professor
Universidade Federal do ABC, Gilberto Maringoni, e do Deputado Federal pelo
PSOL, Ivan Valente.
A central de trabalhadores que
estamos construindo
No
sábado os trabalhos ficaram especialmente por conta da temática "papel
da Intersindical, concepção e prática sindical". Arlei Medeiros,
dirigente do Sindicato dos Químicos Unificados e também da coordenação da
Intersindical, esteve na mesa da manhã dando sua contribuição, tais quais
outras companheiras e companheiros, como o camarada Aldo Santos, da TLS
(Trabalhadores na Luta Socialista).
Os
grupos de discussão foram muito ricos, mostrando que há diversas questões a
serem aprofundadas. Pontos fundamentais demonstraram convergência de
ideias, como o entendimento da central como uma frente de trabalhadores com
duplo caráter – organizar a classe por condições de vida e trabalho e ser
escola de luta para acabar de vez com a exploração capitalista.
Outros
itens de concepção consensuais de destaque foram: a central ser
independente de patrões, governos, Estado e com autonomia em relação a
partidos e credos; e ser internacionalista (já que a classe trabalhadora é
explorada em todo mundo); ter a mais ampla liberdade de expressão combinada
com a unidade de ação, sem manipulação aparelhista.
O
relato dos grupos de trabalhos formados pela manhã e a síntese da
acumulação de outros encontros da Intersindical foram base para o debate da
tarde, sobre a organização da Intersindical e o processo a ser desenvolvido
até março de 2014, quando ocorrerá o congresso de formalização que
consolidará a Intersindical enquanto central sindical.
Nossa
central já nasce com uma diferença fundamental em relação a todas as
outras, no firme combate ao controle do Estado: não pleiteará
acesso ao Imposto Sindical.
Setoriais
de luta
Na
sexta-feira o Coletivo de Mulheres debateu a importância de incorporar a
luta feminista ao plano de ação da central em duas esferas: a da luta geral
por direitos da mulher trabalhadora e o do enfrentamento do machismo no dia
a dia no próprio movimento sindical popular.
No
sábado os setoriais de educação e outros coletivos, como o de Raça e
LGBT também se reuniram.
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