CONGRESSO DA APEOESP TERMINA COM A OPOSIÇÃO FORA DO
PLENÁRIO
O clima de divisão em torno XXIV Congresso Estadual da
APEOESP foi confirmado no dia 29/11, na figura emblemática de
João Felício presidindo a mesa sobre
mudanças estatutárias.
O tratamento diferenciado com a oposição teve inicio
com o transporte para o congresso, onde, por exemplo, a delegação de São
Bernardo do Campo e São Caetano foi levada num ônibus velho e
quebrado que levou 8 horas para chegar a Serra Negra. Ao chegar a cidade,
percebemos um nova modalidade arianista, com a decisão política de
confinar toda oposição no Vale do Sol e a Articulação nos
hotéis centrais, inviabilizando o contato entre delegados e
delegadas do Estado.
No interior do plenário, não existe uma
“racionalidade científica” sobre determinados conteúdos, onde o voto a
favor ou contra, dependia dos oradores e de suas respectivas
organizações.
A articulação sindical arrogante como sempre, dirigia
os grupos como proprietária dos professores e do congresso.
Na sexta feira, na primeira votação o clima esquentou
com a truculência do dirigente da mesa, pois a articulação insensível e numa
perspectiva de absoluto controle sobre as subsedes e sobre a participação dos
professores (as) nas assembleias, impôs mudanças que violam a liberdade
sindical, o direito a livre manifestação e transforma as subsedes em
escritórios jurídicos regionais.
Nesse momento, por decisão política dos dirigentes de
várias correntes a oposição se retira em massa do Plenário do Congresso. No
pátio em frente ao congresso, o Bloco realiza plenária para discutir os
rumos da decisão tomada, e, do outro lado, a Oposição Alternativa também
realiza sua plenária. Depois de algum tempo o bloco desce em direção a oposição
alternativa cantando palavra de ordem “Oposição unificada pra derrotar a
pelegada”, e, simbolicamente a esquerda se unifica contra o golpe da diretoria.
Foi constituída uma comissão para dialogar com a
direção da articulação onde os mesmos acenaram com algumas mudanças como:
revisão sobre as deliberações referente às subsedes e outros
pontos aprovado, e ainda admitiam a reinstalação da mesa sobre estatuto.
Durante as
negociações vários oradores revezavam numa espécie de tribuna livre sobre os
fatos ocorridos. Foi feito encaminhamento de suspender a tribuna livre
para o almoço e a retirada dos filhos e filhas da creche na fazenda Vale
do Sol.
Após o Almoço, a oposição fez uma plenária unificada,
e, literalmente dividida optaram por não regressar ao congresso.O ponto
positivo foi a unificação da esquerda para enfrentar e derrotar a articulação
na próxima eleição em 2014.
Alguns encaminhamentos apontam na direção de se
realizar uma plenária ainda no mês de Dezembro para debater
sobre o ocorrido e traçar diretrizes para o
próximo ano.
Numa conjuntura que ainda respira as revoltas
populares e a rebeldia que marcou definitivamente o ano de 2013, a
oposição age dentro de um contexto de mudanças e transformações
necessárias para dar novos rumos do movimento sindical
Brasileiro.
Unificar,
organizar, planejar e vencer é preciso!
Aldo
Santos- Coordenador da subsede da APEOESP-SBC, Presidente da Associação dos
Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo e do Brasil,
militante do Psol.
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