Ministério da Educação publica Censo Escolar completo no Diário Oficial
Brasília, 21/12/2012 (Agência Brasil) – O Ministério da Educação (MEC) publicou hoje (21) os dados completos do Censo Escolar de 2012 no Diário Oficial da União. O documento, de 624 páginas, esmiuça os dados divulgados ontem pelo MEC, com números divididos por estado e município, especificando ainda as redes municipal e estadual nas áreas rural e urbana.
Entre os avanços em relação ao censo do ano passado está o crescimento do ensino integral no nível médio e no nível fundamental, nas redes estaduais e municipais. A alta foi mais expressiva nas áreas rurais, onde o número de matrículas saltou de 81.155 para 125.634 nos anos iniciais do ensino fundamental, e de 52.010 para 82.087 nos anos finais, um crescimento de 54,8% e de 57,8%, respectivamente. O ensino médio em tempo integral nas zonas rurais cresceu 34%, com uma evolução de 10.675 matrículas para 14.369.
Nas áreas urbanas, o número de matrículas do ensino integral cresceu mais em números absolutos, mas foi menos acelerado em termos relativos, na comparação com as áreas rurais. Os anos iniciais do ensino fundamental nas escolas municipais e estaduais tinham 962.121 alunos em 2011 e, em 2012, passaram a ter 1.139.542 (18,4%). Já as matrículas nos anos finais cresceram de 530.584 para 702.858 (32,4%). No ensino médio, a alta chegou a 33,7%, passando de 162.830 para 217.830 matrículas.
Os dados mostram que o número total de matrículas no ensino fundamental caiu 2,2%, de 30,3 milhões para 29,7 milhões de alunos. No ensino médio foi registrada queda de 0,3%, o que manteve os dados praticamente estáveis, com a redução de 23 mil matrículas num universo de mais de 8 milhões.
Vinícius Soares é repórter da Agência Brasil
Censo Escolar aponta estagnação das matrículas no ensino médio
Heloisa Cristaldo
Brasília, 20/12/2012 (Agência Brasil) – As matrículas no ensino médio permanecem estagnadas. É o que mostra o Censo Escolar de 2012, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), que apontou 8.376.852 estudantes de 15 a 17 anos matriculados este ano, redução de 0,3% em relação ao ano passado (8.400.689 matrículas).
A diminuição das matrículas acontece ao mesmo tempo que cresce o número de alunos com idade para cursar o ensino médio. No início da série histórica do Censo Escolar, em 2007, eram 10.262.468 jovens em idade escolar (8.369.369 alunos matriculados). Já em 2011, último ano com esse dado, o país contava com 10.580.060 pessoas na faixa etária de 15 a 17 anos.
A maior parte dos alunos está na rede estadual, com 7.111.741 estudantes, seguida pela rede privada com 1.066.163 alunos. O sistema federal, soma 72.225 alunos. A rede municipal registra o menor número, com 72.225 matrículas.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem dito que o ensino médio é o grande “desafio” do governo. Ele defende a restruturação do currículo por causa da ampliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Há uma emergência social, uma demanda por mais educação. As escolas terão que dialogar com o Enem”, disse.
Matrículas do ensino fundamental caem e do ensino em tempo integral crescem
O ensino fundamental no país registrou queda de 2,2% nas matrículas de crianças e adolescentes com idade entre 6 e 14 anos. Atualmente, são 29.702.498 estudantes em todo país. Em 2011, esse número alcançou 30.358.640 alunos. É a etapa que reúne o maior número de estudantes no país. O ensino em tempo integral, modalidade dentro do ensino fundamental, registrou um aumento de 24,4 % em relação a 2011. Foram registradas 2.184.079 matrículas nas redes pública e privada este ano. No ano passado, eram 1.756.058 estudantes, nas duas redes.
As informações fazem parte dos dados consolidados do Censo Escolar 2012, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). Ao todo, a educação básica (infantil, fundamental e ensino médio) matriculou este ano 50.545.050 estudantes.
Entre as razões para a queda nas matrículas do ensino fundamental, pode estar a redução do grupo populacional na faixa etária de 6 a 10 anos, grupo correspondente aos anos iniciais dessa etapa. A série histórica, iniciada em 2007, apresentava 17.067.855 pessoas. Em 2011, último ano com essa informação, o número de pessoas nesse grupo chegou a 15.252.392.
A rede municipal concentra a maior parte das matrículas da educação fundamental, com 16.323.158 estudantes. Em seguida está a rede estadual, com 9.083.704 matrículas, e a particular, com 4.270.932. A rede federal têm 24.704 alunos nesta etapa de ensino.
As informações do Censo Escolar servem de base para distribuição de recursos públicos para municípios e estados, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
De acordo com o MEC, a publicação dos dados atende ao dispositivo da Lei 11.494/2007, conhecida como Lei do Fundeb. As demais informações relativas ao fluxo e a aprovação ainda estão em fase de coleta, com publicação prevista para março do próximo ano.
Educação de jovens e adultos perde quase 1 milhão de alunos desde 2007
O número de matrículas este ano na educação de jovens e adultos (EJA) caiu 3,4% em relação às de 2011. Ao todo, estão matriculados 3.906.877 alunos e, no ano passado, eram 4.046.169 matrículas. A EJA inclui estudantes do ensino fundamental e médio.
Desde o início da série histórica, em 2007, são quase 1 milhão a menos de jovens e adultos nas salas de aula. Naquela ocasião, foram matriculados 4.985.338 alunos. As informações fazem parte dos dados consolidados do Censo Escolar 2012, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). Ao todo, foram identificadas 50.545.050 estudantes matriculados na educação básica (infantil, fundamental e ensino médio).
As informações do Censo Escolar servem de base para distribuição de recursos públicos para estados e municípios, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
De acordo com o MEC, a publicação dos dados atende ao dispositivo da Lei 11.494/2007, conhecida como Lei do Fundeb. As demais informações relativas ao fluxo e aprovação dos alunos ainda estão em fase de coleta, com publicação prevista para março do próximo ano.
País registra aumento de matrículas em creches e na pré-escola em 2012
O número de matrículas de crianças na educação infantil (creches e pré-escola) subiu 4,5% em 2012. Dados consolidados do Censo Escolar 2012 apontam 7.295.512 matrículas de crianças com até 5 anos.
As matrículas nas creches cresceram em um ano 10,5%, alcançando 2.540.791 crianças com até 3 anos. Em 2011, foram registradas 2.298.707 matrículas. Segundo o Ministério da Educação (MEC), o aumento foi possível devido à entrega de 751 creches e pré-escolas em todo país. De acordo com informações divulgadas pela pasta, até dezembro deste ano, foram financiadas 5.560 unidades de educação infantil em todo o país.
As matrículas estão concentradas nas creches da rede municipal, com 1.603.376 crianças, seguida pela as da rede privada, com 929.737. Os sistemas estadual e federal têm 6.433 e 1.245 matrículas, respectivamente. Os dois últimos não são obrigados a ofertar creches.
Já as matrículas da pré-escola registraram aumento de apenas 1,6%, atualmente com 4.754.721 alunos de 4 e 5 anos. Em 2011, o Censo Escolar identificou 4.681.345 matrículas. Assim como a creche, a maior parte das matrículas da pré-escola está na rede municipal, com 3.526.373 crianças. A rede privada registrou 1.175.647 matrículas, seguida pela estadual (51.392) e pela federal (1.309).
A universalização da educação infantil no país é a primeira meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Senado Federal. A proposta é aumentar em 50% o atendimento a crianças com até 3 anos, até 2020, e universalizar o acesso na faixa etária dos 4 e 5 anos, até 2016.
“Temos hoje 23,6% das crianças até 3 anos de idade em creches e precisamos dobrar em oito anos o número de unidades”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em programa de rádio do MEC. Na ocasião, em novembro passado, Mercadante anunciou a adoção de novos métodos de construção para acelerar as obras em creches e pré-escolas em todo o Brasil.
As informações do Censo Escolar servem de base para a distribuição de recursos públicos para os municípios e estados, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Heloisa Cristaldo é repórter da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário