UMA TARDE DE
HISTÓRIAS, RELATOS E MEMÓRIAS.
Durante a V
conferência estadual da apeoesp realizada em Serra Negra no Estado de São
Paulo, nos dias 28/29/30/11/2012, organizamos uma plenária da TLS,
e na condição de convidado fiquei na casa alugada pelo bloco de oposição.
No dia 29 tive
um leve estado febril e fiquei repousando na chácara para tentar me recuperar
para o último dia, que via de regra é mais dinâmico e conflituoso.
Após o almoço,
tomei alguns remédios e fui descansar. Quando levantei, fui dar uma volta
no entorno da chácara e na saída da casa encontrei com o Tonhão que disse ter
ido conhecer a nossa casa. Na verdade percebi que o mesmo fôra obter informação
sobre como eu me encontrava. Uma das virtudes do Tonhão é a solidariedade de
Classe. Foi uma tarde proveitosa, pois conversamos sobre a atual conjuntura, a
situação do movimento sindical, sua situação por conta da perseguição política
que vem ha anos impedindo que tenha direito a aposentadoria e ainda falamos das
históricas lutas travadas em Diadema e outros temas relacionados a esquerda brasileira.
Falamos das
reuniões que ocorreram na conflituosa Diadema quando ele foi secretário de
educação e vice- prefeito na cidade, falamos das ocupações na região do ABCD na
década de noventa e dos enfrentamentos cotidianos onde a esquerda vem
amargando sucessivas derrotas.Ele falou das reuniões na casa de Dona Maria
minha mãe e de personagens como Boni, Romildo, Solon e tantos outros.
Falamos da Vila
Socialista, do buraco do Cazuza, da ocupação do paço municipal de SBC e da
ocupação da Vila Lulaldo dentre outros temas da história recente que
merece um bom livro desses episódios.Foram momentos de lutas formidáveis
que gerou grande impacto e era uma grande escola da esquerda naquele contexto
conjuntural.
A ocupação da
Lulaldo foi muito lembrada, principalmente de figuras como a Emilia, o Taná, o
Barba e outros, “pois foi um marco dentro do próprio PT, onde propuseram até a
expulsão e cassação do mandato de vereador do Aldo”, disse Tonhão. Foi um
momento de resistência e avanços significativos, pois o destemor era grande, o
apoio era enorme e a vontade de chegar ao socialismo era uma obsessão. Outros
companheiros entraram no papo e o tempo passou, e, por volta das 18 horas o
Tonhão ligou para seus amigos informando que iria se deslocar para outro
espaço onde iria acontecer a festa dos bárbaros.
Foi uma tarde
maravilhosa, pois, quando o presente é estéril o passado dos lutadores e um
conforto e serve para alimentar o vazio momentâneo. Um destaque do nosso
diálogo foi a divisão da esquerda, que fortalece a direta e os adversários
sindicais que já se renderam a lógica da governabilidade.
O que se teve
de novo nessa conferência foi o lançamento do Bloco de Esquerda, como uma
pequena esperança de luta e união entre os trabalhadores e lutadores
socialista.
Mesmo com
diferenças políticas, a amizade e o repeito entre os revolucionários é um alento
objetivo e subjetivo para a vida militante.
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