domingo, 23 de dezembro de 2012

“É o fim do mundo”.


“É o fim do mundo”.

No dia 21 próximo passado existia uma espécie de mistério sobre o fim do mundo e todo tipo de leitura e releitura sobre essa manifestação popular que percorreu praticamente em todo o planeta.
Os espertos ganharam dinheiro, os céticos fizeram releituras dessa manifestação filosófica e sociológica, os religiosos de diferentes maneiras acabaram por levantar elementos que justificavam ou negavam essas interpretações sobre o fim do mundo, os cientistas não perderam a oportunidade de desmistificar a eternidade do planeta, e o evolucionismo mais uma vez vence esse debate e a crendice popular.
Erroneamente atribuíram aos Maias essa afirmativa de que  o limite seria o dia 21 de dezembro de 2012.Os descendentes desse povo, estão  fundamentalmente sintonizados com sua ancestralidade e deram uma brilhante lição, conforme podemos observar nas manifestações de natureza política onde comunicaram mesmo no silêncio contido do ato o “desmoronamento desse mundo de opressão do capital”.
Com o titulo de os verdadeiros Maias, “Neste dia 21/12/2012, enquanto o mundo brincava de apocalipse, os verdadeiros descendentes dos maias, vivos e reais, nos mandaram das montanhas de Chiapas uma importante mensagem, que surpreendeu o México hoje de manhã. Em diferentes municípios da região Sudeste, milhares de indígenas integrantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) iniciaram o dia em grandes marchas por diferentes estradas e cidades. A manifestação, organizada até a véspera em sigilo, foi pacífica e surpreendentemente silenciosa. Em todas as marchas, o silêncio foi absoluto. Nenhuma palavra de ordem, nenhum cântico, nenhum grito de protesto. Ao final do dia finalmente foi divulgado um comunicado oficial do líder máximo do EZLN, Subcomandante Marcos, dizendo apenas: “Escutaram? É o som do mundo de vocês desmoronando. E do nosso ressurgindo”. Como sabemos, os maias nunca falaram em “fim do mundo” (tampouco jamais conceberam essa ideia). Ao contrário, em um gigantesco silêncio, nos disseram hoje que um mundo novo, uma nova era, está começando. E que os ideais zapatistas estão de volta (Antonio Lisboa, in: ORG)”.

Esse debate serve para dialogarmos sobre a finitude humana, sobre o evolucionismo e a própria evolução do homem no Planeta. Sabemos que a atual forma de vida um dia será modificada e transformada. Sabemos que o sol terá pela frente cerca de 4.5 bilhões de anos, pois como estrela de quinta grandeza e como toda estrela ela tem um tempo de vida útil.
Falamos do curso normal de uma estrela, que poderá ser modificado, tendo em vista a condição predatória do modo de produção capitalista,visto que, se não houver um verdadeiro equilíbrio e compatibilização entre viver e respeitar o meio ambiente, essas datas poderão ser alteradas e  abreviadas. Então, longe de ser uma data ou uma “reflexão inútil”, esses momentos devem servir para que possamos avaliar a nossa intervenção e destruição da natureza, bem como  as formas concretas e científicas para preservar a existência dos seres no planeta.
O aquecimento global e outras manifestações do homem pode inclusive antecipar as previsões do período de duração da terra, das estrelas, o do próprio universo em que vivemos.
Esse é o debate que esse tipo de discussão deve instigar e deve servir de elementos para a  reflexão filosófica.

Não pensar e não combater o caráter predatório do capitalismo, de fato “É o fim do mundo”.

Respeitar a natureza é preciso!
Aldo Santos-coordenador da APEOESP-SBC, Presidente da Aproffesp e Militante do Psol.



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