Protesto por passe livre em
S.Bernardo acaba em conflito
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC ,
Do Diário do Grande ABC ,
29 de agosto de 2013 às 07:00
Protesto de
estudantes ontem na Câmara de São Bernardo em prol da implantação de passe
livre na cidade terminou em
confusão. Insatisfeitos com o encaminhamento dado pela direção da Câmara à
reivindicação, dois manifestantes tentaram invadir o plenário da Casa,
mas foram impedidos pela GCM (Guarda Civil Municipal).
Organizado pela
Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), o ato reuniu cerca de 100
estudantes e teve apoio da subsede
local da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo), representada pelo ex-prefeiturável Aldo Santos (Psol). Militantes do
PSTU também participaram da atividade.
O grupo apresentou
aos vereadores a proposta de um projeto de lei que institui gratuidade no
transporte público para estudantes e desempregados em São Bernardo e esperava
que algum vereador acolhesse o
texto para encaminhar à votação ainda durante os trabalhos de ontem. A outra
reivindicação era a realização de uma audiência pública em 11 de setembro para
reunir representantes dos estudantes, Prefeitura e pedindo a abertura das
planilhas dos lucros da SBCTrans, concessionária responsável pelo transporte
público no município.
Após quase duas
horas de discussão, o presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), anunciou que
seria encaminhada uma indicação ao prefeito Luiz Marinho (PT) sobre a
possibilidade de ser estabelecido passe livre na cidade. “Não queremos fazer
demagogia nem enganar ninguém. Essa é uma iniciativa do povo ao Executivo,
nenhum vereador pode indicar um projeto desse tipo”, alegou Tião.
Como o chefe do Legislativo
não deu resposta sobre a realização da audiência pública, dois manifestantes
tentaram invadir o plenário, que em São Bernardo é separado do público por uma
imensa estrutura de vidro. Ambos foram barrados pelos guardas-civis. Em meio à
confusão, Tião Mateus tentou conversar com os manifestantes e foi novamente
cobrado sobre a plenária.
O petista voltou a
se reunir com os vereadores, mas até o fim da sessão não deu retorno aos
manifestantes.
Para Tião, não
houve truculência por parte dos guardas-civis municipais na contenção aos
ativistas. “Sempre vou abrir a Casa para todo mundo, mas as pessoas têm de se
comportar. Não pode deixar quebrar os vidros, não viemos aqui para isso. Não
admitimos exageros aqui.”
Aldo Santos contestou o posicionamento da Casa e reclamou que nenhum
parlamentar apadrinhou a proposta do passe livre. “Se o vereador não pode
apresentar nada, então fecha a Câmara.”
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