LANÇAMENTO DO LIVRO
MEMÓRIAS de infância
(Professor Aldo Josias dos Santos)
São Bernardo do Campo, 03 de agosto de 2013.
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“Os
filhos do Celino davam cada bicuda na bola que ela saía assobiando, era um
verdadeiro coice de cavalo”.
Quando li essa passagem, ri muito, ao me lembrar que
jogava bola com os meus amigos e também judiava dos goleiros dando esse
tradicional coice de cavalo.
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“Quando
a nossa família matava um porco, minha mãe pedia para levarmos um pedaço de
carne, numa vasilha limpinha, aos demais vizinhos. Sempre era uma festa quando
se dividia e se recebia. Com essa prática eu entendi como seria o socialismo.
Uma vida em partilha, onde todos dividem entre si o básico para a
sobrevivência”.
É uma experiência para a vida toda: ensinou a
partilha, a solidariedade, que é “ternura entre as pessoas, entre os povos”.
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“A
mesa foi arrumada e todos se sentaram. Nós ficávamos com o olho comprido, de
longe, com grande educação, mas com uma fome feroz”.
Isso ocorria bastante com as visitas “ilustres” que
meus pais recebiam em Rancharia e Assis. A gente até rezava para que as visitas
fossem embora logo e pudéssemos encher a nossa pança que roncava alto.
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“Saí
correndo em sua direção. Era minha mãe que veio me esperar. Cheguei em
casa foi uma alegria só”.
Vejo que sua mãe foi uma referência marcante e
decisiva em sua vida. Ao falar em mãe, sempre me recordo da música “Doce
mamãezinha”, da dupla Jacó & Jacozinho, de Assis -SP, que em seu refrão
diz: “Mamãe, ainda me lembro nossa casa de madeira/ Eu no seu colo segurava a
mamadeira/ Era criança, mas era tão contente/ Mamãe, nem a pobreza ocultou o seu
sorriso/ Seu simples lar sempre foi seu paraíso/ Deus vai lhe dar um novo céu
como presente”.
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“Até
hoje, quando vejo crianças e adolescentes soltando pipa a cena daquele dia
volta à minha mente...”.
A pipa tornou-se para você um símbolo de liberdade e
ajudou a formar a convicção de que é preciso lutar muito, se organizar,
“consolidar e avançar” para a construção de uma sociedade Democrática, Livre e
Justa de verdade.
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“Foi
uma relação da minha família com momentos de profundas tristezas e alegrias, no
âmbito de nossa vivência ; são memórias singulares que simbolizam vidas
parecidas com de milhares e milhões de seres humanos que vivem às margens de
uma sociedade excludente, ainda nos dias atuais”.
Seu livro, professor Aldo Josias dos Santos, me fez
voltar ao tempo e recordar momentos que vivi no seio da família Lima dos
Santos, em meu nascimento, em Rancharia – SP. e, depois, minha infância e
adolescência em Assis – SP.. A forma que achei para parabenizá-lo por sua
coragem em repartir com as pessoas essa experiência de vida, foi essa: a
despeito das semelhanças e diferenças entre sua vida e a de quem ler o seu
livro, uma coisa fica patente: você nasceu e se desenvolveu num lar simples,
mas pautado por valores morais, compromisso e muito trabalho em favor dos menos
favorecidos desse país de abundâncias e carências. Você é um legado de sua
família e nos incentiva a sermos “uma cópia melhor de nós mesmos”.
Richard Rorty [Filósofo americano, 1931-2007].
Ivo Lima
Professor de filosofia da Rede Pública Estadual e
Escritor
Autor dos livros: O Recheio que faltava em sua vida
A Direção da vida
Membro da Associação dos professores de filosofia e
filósofos do Estado de São Paulo – APROFFESP
Para adquirir o livro MEMÓRIAS de infância,
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