terça-feira, 8 de abril de 2014

LANÇAMENTO DO LIVRO: VILA LULALDO, “DA LEI DO BARBANTE À REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA” DA EDITORA DIALÓGICA.DIA 12 DE ABRIL DE 2014 A PARTIR DAS 17 HORAS NA SUBSEDE DA APEOESP EM SBCAMPO

LANÇAMENTO DO LIVRO: VILA LULALDO, DA LEI DO BARBANTE A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
DEBATE
AS OCUPAÇÕES COMO ALTERNATIVA NA FORMAÇÃO DAS CIDADES E NA REFORMA AGRÁRIA.
DIA 12 DE ABRIL DE 2014 A PARTIR DAS 17 HORAS NA SUBSEDE DA APEOESP EM SBCAMPO.
PARTICIPAÇÃO DE LIDERANÇAS POPULARES DO MOVIMENTO DE MORADIA.
LOGO APÓS O DEBATE SERÁ APRESENTADO A EXPERIÊNCIA EXITOSA DA OCUPAÇÃO DA VILA LULALDO REGISTRADA EM LIVRO PELO PROFESSOR ALDO SANTOS E A JORNALISTA ANA VALIM.



Falta de moradia, uma questão política.

        Na introdução do livro “Vila Lulaldo, da lei do barbante à regularização fundiária”,constata-SE que, segundo IBGE-2010, o déficit habitacional hoje no Brasil está em torno de 8,3 milhões de moradias, fundamentalmente, nas  grandes regiões metropolitanas.
Por volta da década de 50 e 60 a base da economia era a agricultura e grande parte da população estava no campo, que aos poucos migram para os grandes centros urbanos invertendo essa lógica e provocando o crescimento desordenado, com o crescente êxodo rural.
Em 1950, 36,2% da população brasileira viviam em área urbana, esse índice sobe para 67,6% em 1980; e passa para 75,5% em 1991, chegando a 81% em 2000. Segundo senso do IBGE-2010, o percentual  está em torno de 84% de brasileiros vivendo nas cidades. Segundo estudos, em 2050, o Brasil chegará a um déficit de 30 milhões de moradias.
Com o crescimento e consolidação da região do ABC a partir das grandes indústrias automobilista na década de 50, o desenvolvimento urbano vai produzir uma grande concentração humana desordenada em grandes aglomerados de favelas. Em meados da década de 80, explodem inúmeras ocupações de áreas, impulsionadas pelo movimento habitacional organizado.
O movimento agora se apresenta de forma e na forma organizacional diferente das grandes aglomerações  em favelas, criando logística  urbana  com a divisão de lotes e ocupações ordenadas  com melhor qualidade de vida.
Em 1985 Acontece a grande ocupação de área no Jardim Alzira Franco, em Santo André. Em 1989, entre outras, ocorrem ocupações da área do Buraco do Cazuza em Diadema, Vila Lulaldo em Sbcampo, numa verdadeira onda de lutas, resistências e conquistas pelos moradores organizados.
Em 1990, são ocupadas as áreas do Morro do Samba e Vila Socialista, na cidade de Diadema. O PT, que antes de chegar às prefeituras municipais na região do grande ABC era um dos organizadores do movimento de luta por moradia, agora, as administrações e o partido agem como  freio na luta do povo pobre  sem casa.
É nesse contexto que a ocupação da Vila Lulaldo passa a ser um laboratório a confrontar o discurso da organização popular, em contradição com o novo modelo de “gestão popular dos trabalhadores”. Em nome da defesa da governabilidade administrativa, o movimento organizado e os  moradores  são tratados  com descaso, como caso policial e não mais como demanda  social.
Sobreviver a essa ofensiva foi o grande desafio que o livro expressa  com detalhes, numa ótica e perspectiva dos trabalhadores organizados e comprometidos  com uma nova sociedade, rumo ao socialismo.
Várias lideranças populares são mencionadas no livro,        relatos de passeatas e enfrentamentos, perseguição político ao subprefeito do Riacho Grande (Francisco Raimundo dos Santos) que foi exonerado por ter apoiado a ocupação, juntamente com o companheiro Geraldo Romualdo da promoção Social,  a indiferença e perseguição  ao   mandato   de vereador Aldo Santos, sendo  acusado de desestabilizar a administração, chegando ao ponto de pedirem a cassação do mandato popular e socialista, foram algumas das dificuldades enfrentadas por todos, sempre  destemidos e  de cabeça erguida.
Embora a cidade de São Bernardo do Campo seja uma das mais ricas do país, o déficit habitacional está em torno de 50 mil moradias, conforme dados do movimento habitacional  organizado.
As políticas nessa área são insuficientes e a participação popular  organizada é o grande  diferencial  na resolutividade dessa demanda da classe trabalhadora.
Venha debater  esses e outros temas, tendo como ponto de partida  a luta vitoriosa que está registrada no livro  “Da lei do barbante  à regularização fundiária”, de autoria do professor  Aldo Santos e da jornalista  Ana Valim.

LANÇAMENTO DO LIVRO: VILA LULALDO, “DA LEI DO BARBANTE À REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA” DA EDITORA DIALÓGICA.
Dia 12 de Abril de 2014, a partir das 17 horas, na Avenida Prestes Maia, 233, Centro de SBCampo.
Compareçam.

COMUNICAÇÃO DO EVENTO




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