LANÇAMENTO
DO LIVRO: “VILA LULALDO, DA LEI
DO BARBANTE A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA”
DEBATE
AS
OCUPAÇÕES COMO ALTERNATIVA NA
FORMAÇÃO DAS CIDADES E NA REFORMA
AGRÁRIA.
DIA
12 DE ABRIL DE 2014 A PARTIR DAS 17 HORAS NA SUBSEDE DA APEOESP EM SBCAMPO.
PARTICIPAÇÃO DE LIDERANÇAS POPULARES DO MOVIMENTO DE MORADIA.
LOGO
APÓS O DEBATE SERÁ APRESENTADO A EXPERIÊNCIA EXITOSA DA OCUPAÇÃO DA VILA LULALDO REGISTRADA EM LIVRO PELO
PROFESSOR ALDO SANTOS E A JORNALISTA ANA VALIM.
Falta de moradia,
uma questão política.
Na
introdução do livro “Vila Lulaldo, da lei do barbante à regularização
fundiária”,constata-SE que, segundo IBGE-2010, o déficit habitacional hoje no
Brasil está em torno de 8,3 milhões de moradias, fundamentalmente, nas
grandes regiões metropolitanas.
Por
volta da década de 50 e 60 a base da economia era a agricultura e grande parte
da população estava no campo, que aos poucos migram para os grandes centros
urbanos invertendo essa lógica e provocando o crescimento desordenado, com o
crescente êxodo rural.
Em
1950, 36,2% da população brasileira viviam em área urbana, esse índice sobe
para 67,6% em 1980; e passa para 75,5% em 1991, chegando a 81% em 2000. Segundo
senso do IBGE-2010, o percentual está em torno de 84% de brasileiros
vivendo nas cidades. Segundo estudos, em 2050, o Brasil chegará a um déficit de
30 milhões de moradias.
Com
o crescimento e consolidação da região do ABC a partir das grandes indústrias
automobilista na década de 50, o desenvolvimento urbano vai produzir uma grande
concentração humana desordenada em grandes aglomerados de favelas. Em meados da
década de 80, explodem inúmeras ocupações de áreas, impulsionadas pelo
movimento habitacional organizado.
O
movimento agora se apresenta de forma e na forma organizacional diferente das
grandes aglomerações em favelas, criando logística urbana com
a divisão de lotes e ocupações ordenadas com melhor qualidade de vida.
Em
1985 Acontece a grande ocupação de área no Jardim Alzira Franco, em Santo
André. Em 1989, entre outras, ocorrem ocupações da área do Buraco do Cazuza em
Diadema, Vila Lulaldo em Sbcampo, numa verdadeira onda de lutas, resistências e
conquistas pelos moradores organizados.
Em
1990, são ocupadas as áreas do Morro do Samba e Vila Socialista, na cidade de
Diadema. O PT, que antes de chegar às prefeituras municipais na região do
grande ABC era um dos organizadores do movimento de luta por moradia, agora, as
administrações e o partido agem como freio na luta do povo pobre
sem casa.
É
nesse contexto que a ocupação da Vila Lulaldo passa a ser um laboratório a
confrontar o discurso da organização popular, em contradição com o novo modelo
de “gestão popular dos trabalhadores”. Em nome da defesa da governabilidade
administrativa, o movimento organizado e os moradores são
tratados com descaso, como caso policial e não mais como demanda
social.
Sobreviver
a essa ofensiva foi o grande desafio que o livro expressa com detalhes,
numa ótica e perspectiva dos trabalhadores organizados e comprometidos
com uma nova sociedade, rumo ao socialismo.
Várias
lideranças populares são mencionadas no livro,
relatos de passeatas e enfrentamentos, perseguição político ao subprefeito do
Riacho Grande (Francisco Raimundo dos Santos) que foi exonerado por ter apoiado
a ocupação, juntamente com o companheiro Geraldo Romualdo da promoção Social,
a indiferença e perseguição ao mandato de
vereador Aldo Santos, sendo acusado de desestabilizar a administração,
chegando ao ponto de pedirem a cassação do mandato popular e socialista, foram
algumas das dificuldades enfrentadas por todos, sempre destemidos e
de cabeça erguida.
Embora
a cidade de São Bernardo do Campo seja uma das mais ricas do país, o déficit
habitacional está em torno de 50 mil moradias, conforme dados do movimento
habitacional organizado.
As
políticas nessa área são insuficientes e a participação popular
organizada é o grande diferencial na resolutividade dessa demanda
da classe trabalhadora.
Venha
debater esses e outros temas, tendo como ponto de partida a luta
vitoriosa que está registrada no livro “Da lei do barbante à
regularização fundiária”, de autoria do professor Aldo Santos e da
jornalista Ana Valim.
LANÇAMENTO
DO LIVRO: VILA LULALDO, “DA LEI DO BARBANTE À REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA” DA
EDITORA DIALÓGICA.
Dia
12 de Abril de 2014, a partir das 17 horas, na Avenida Prestes Maia, 233,
Centro de SBCampo.
Compareçam.
COMUNICAÇÃO DO
EVENTO
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