segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O perigo não é o que se fala, e sim, o que se deixa de falar, o que se oculta do povo.


Noticias recente em jornais impressos e televisivos dão conta do aumento do emprego no mês de agosto. É curioso perceber como são veiculadas as notícias, elas informam o aumento do emprego, mas não explora a natureza desses empregos criados. Há muito tempo não se fala mais, por exemplo, da diferença entre emprego ou desemprego estrutural e conjuntural. Explicando - o emprego estrutural é o solidificado o que existe da natureza de uma economia sólida que evidentemente cria um circulo virtuoso, para isso, é necessário um mercado interno para absorver o resultado da produção, exportando somente o excedente, em fim, indústria sólida, emprego sólido, consumo sólido, mercado interno sólido. Já o conjuntural é o de um momento em especial, impulsionado por uma política restrita num espaço de tempo, como a que vimos no apelo ao consumo pelo presidente, seja de bens duráveis ou não duráveis levando ao aumento do consumo, mas, ao mesmo tempo ao um endividamento em longo prazo da população. Uma vez endividada, faltará recursos para um novo boom, o que evidentemente, leva ao desaquecimento da produção e aí, ao desemprego em massa e, as pessoas a não honrar suas dívidas. Já os banqueiros, os donos de indústria, os empreiteiros sairão com a margem de lucro aumentada nesse período, sem falar nos bilhões destinados a eles em 2008. Em resumo, ao final desse período, após as eleições, restará o desemprego para a classe trabalhadora e, o bolso cheio dos burgueses. É necessário desalojar essa canalha que volta às ações do Estado para satisfazer os interesses da grande burguesia.

Tudo isso ocorre devido ao compromisso de classe da burguesia que financia as campanhas através das grandes empreiteiras, e demais instituições do capital (banqueiros e empresários), o que demonstra o comprometimento do candidato com os grandes grupos econômicos e não com o povo, e nada mudará após eleito. No Brasil como um todo, vemos a farra das empreiteiras, quando são criadas obras justamente para que elas possam ter de volta e com lucro os investimentos nas campanhas. É o caso de São Paulo com o rodo-anel, uma obra desnecessária, caso fosse feito o investimento em transporte público estatal de qualidade e o ferro-anel projeto engavetado há algumas décadas. A mesma lógica se aplica a privatização das rodovias, é mentira que estrada pedagiada seja boa estrada, e ainda o lento e gradual processo de privatização da saúde, o que leva o sujeito que não tem um convênio privado a não ter atendimento, correndo risco até de morte. No Brasil obras como a de Belo Monte ilustram esta sorte de coisas, mas não para por aí, bilhões foram destinados aos empresários, e outros tantos são canalizados através de programas como o PROUNE, dinheiro que deveria ser usado para construção de vagas públicas e o imediato fechamento dos varejões de ensino.

É NECESSÁRIO TERMOS QUEM DENUCIE E COMBATA ESSE BANDITISMO

A participação no processo eleitoral permite o diálogo com a sociedade uma vez que nesse período cessa a dicotomia entre o cotidiano das pessoas e a política e as torna abertas a ouvir sobre esse assunto, pois tão logo passe esse período volta à alienação onde a ideia reinante é que a vida da pessoa comum nada tem a ver com política, atividade essa relegada na democracia representativa liberal burguesa aos eleitos para isso.

Por isso participamos do processo eleitoral, lançamos candidatos e buscamos eleger com nossas forças para que esses possam denunciar, combater, organizar e apoiar as lutas (como ocorreu no episódio de retirada de idosos mulheres grávidas e crianças do acampamento Santo Dias quando a tropa de choque iria atacá-los) pelos próximos quatro anos.

Para nós, eleger nossos candidatos nas eleições burguesas é importante como tática e, pois nosso objetivo estratégico é o fim do capitalismo.

Por isso apresentamos e pedimos votos para os nossos candidatos.

Professor Diógenes da apeoesp

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