Livros de
escolas públicas terão versão digital em 2017
Mariana Tokarnia.
17 de
Janeiro de 2014•08h33•
Em 2017, todos os livros das escolas públicas terão versão digital. Essa
é a estimativa do diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), Rafael Torino. Com o livro digital, os
estudantes e professores poderão acessar conteúdos interativos, poderão clicar
em uma imagem e assistir a um vídeo, poderão selecionar uma palavra e ter
acesso a um jogo. Tudo pelo computador ou tablet. Isso facilitará as
atualizações. O papel, no entanto, não perderá espaço.
"A tecnologia deve entrar de forma gradual e deve entrar de forma
complementar ao papel. O papel ainda é a mídia universal, usado por qualquer
aluno em qualquer lugar do Brasil, independentemente de condições
externas", analisa. Embora a tecnologia já seja uma realidade em muitas
escolas privadas, em um universo de mais de 40 milhões de estudantes de escolas
públicas de todas as regiões brasileiras, fatores como o acesso à internet, à
tecnologia e mesmo à eletricidade devem ser levados em consideração.
Saiba Mais
As experiências com a digitalização começaram a ser feitas no ano
passado, no ensino médio, com a distribuição de tablets aos professores da rede
pública. O FNDE comprou a versão PDF de 230 títulos do Programa Nacional do
Livro Didático (PNLD) por R$ 20 milhões.
Para 2014, a digitalização já foi pensada no edital. Os livros que serão
distribuídos este ano pelo programa trazem um elemento a mais, os chamados
objetos educacionais digitais. São vídeos e jogos educativos disponibilizados
em DVDs, que podem ser livremente copiados pelos estudantes. O material será
disponibilizado também online. O custo para o FNDE foi R$ 68 milhões - o total
gasto com os livros chegou a R$ 570 milhões.
A oferta de conteúdos digitais era optativa no edital, cerca de 45% dos
livros têm materiais digitais. Esses livros serão entregues aos estudantes do
6º ao 9º ano. Para o próximo ano, cujo foco será o ensino médio, o edital pedia
também opcionalmente o livro digital. Segundo Torino, 85% das propostas
recebidas têm o livro digital.
"Atualmente é opcional e a maioria já apresentou [a versão digital]", diz Torino. A digitalização trará também
outro benefício: a atualização. O edital do livro didático é lançado com dois
anos de antecedência. Depois, são três anos até que os livros sejam trocados.
"Até lá, Plutão pode deixar de existir", exemplifica o diretor. No
papel, a substituição demora e significa mais gastos. Na versão digital, as
editoras podem fazer alterações instantâneas pela internet.
Agência Brasil
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