quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A SIMBOLOGIA DO MÊS DE JANEIRO.

A SIMBOLOGIA DO MÊS DE JANEIRO.
Como sabemos, Janeiro inicia o calendário de 12 meses do ano, tanto no calendário Juliano e Gregoriano.
O nome Janeiro vem do Latim Ianuarius, e era em homenagem a Jano, deus da mitologia romana, que tinha duas faces, uma olhando para trás, o passado, e a outra olhando para a frente, o futuro. Mesmo sem conhecer esse fato e a rica mitologia romana,  o início do ano é um pouco esse balanço do que se fez durante o ano que  passou, e de certa forma, um novo planejamento pessoal  ou coletivo para o ano que se inicia.
Por isso, é comum na virada de ano um balanço humano do que passou,  como passou, e até com eventuais ressentimentos ou euforias, e a busca de novas possibilidades frente ao novo calendário.
Muitas vezes a nossa face fica presa ao passado, nos esquecendo do presente e  sem projeção para o futuro.
 A figura mitológica é bastante clara: um deus que tem duas faces efetivamente, e deve ser para grande parte da humanidade esse aspecto preponderante e dialético, pois, o passado também já foi presente e o futuro nada será sem o existir presencial. Nesse sentido, filosoficamente e antropologicamente é fundamental ter conhecimento da história da evolução e da existência humana, da nossa ancestralidade, seus legados,  seus anseios, as pontes construídas,  para que nos dias atuais possamos dar continuidade com o olhar e a práxis crítica, e dar seguimento naquilo que depende do indivíduo e da coletividade  a qual  fazemos parte.
O respeito a vida, o respeito a história e a memória  é fundamental e se impõe na continuidade desse processo humano.
A face do ano de 2013 foi marcada por ampla manifestação e revoltas populares que teve início com a luta pelo passe livre, alavancando outras lutas pelo país, pautando a política, a mídia e fortalecendo ainda mais a consciência da classe estudantil e operária. A outra e mesma face voltada para 2014, onde o ano já se inicia com  o comportamento reacionário dos comerciantes e da divindade do mercado: A burguesia se indigna, acabou o sossego. Até no Center Shopping? Mas o capitalismo não é a supremacia da paz, da democracia e da justiça social? O capitalismo não é o Fim da História? Luta de classes não é devaneio de marxistas caquéticos? Parece que os jovens filhos da classe trabalhadora não estão concordando muito com essas teses capitalistas. Os jovens filhos da classe trabalhadora aprenderam na Sociologia da Vida que os SANTUÁRIOS chamados de Center Shoppings não são para todos. Há um apartheid social nesses “santuários”. Os atrevidos jovens da periferia, com seus “rolês” improvisados, põem o dedo na ferida”. http://socialistalivre.wordpress.com/2014/01/15/role-nos-vamos-invadir-sua-praia/
Na prática, os donos dos Shoppings expressam o mais cruel  sentimento de dominação da burguesia, com práticas  excludente, racista e xenofóbicas, estimulando a luta de classe, como temos presenciado com a perseguição dos rolês da rapaziada da periferia.
A perseguição policial revela  a face opressora do Estado burguês, que a mando de governantes transformam o anseio social em repressão policial.
 Nesse contexto devemos  dar continuidade a nossa face de luta e combatividade de 2013,  incluindo  os enfrentamentos das lutas por moradia, pelo direito a cidade, pela desmilitarização da policia militar, por educação, saúde, transporte e emprego,  padrão FIFA e questionar os gastos volumosos na construção de  estádios de futebol, em detrimento das prioridades sociais. Além da repressão a garotada da periferia o ano inicia  com o escandaloso governo de Roseane Sarney no Maranhão  onde o estado de selvageria com que os presos são tratados  expõe uma face já conhecida da degradação do sistema prisional brasileiro e mundial.
Prisões  são transformado pela   indústria da violência em escolas de maldades que assombram  a tudo e a todos como a degola de pessoas presas, revelando na prática a própria degola do sistema prisional  e do próprio governo. Fora  Roseana Sarney e sua corja.
 Com a face da experiência vivida no passado, com a práxis revolucionária do cotidiano, alimentando sonhos e utopias  e, olhando para o futuro, podemos  afirmar que   nossa libertação pertence e será edificada pela  juventude  e pela  Classe Trabalhadora.


Aldo Santos - COORDENADOR  DA SUBSEDE DA APEOESP  SBC, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES  DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO,  MILITANTE DO PSOL.

Nenhum comentário:

Postar um comentário