GOLPE
NOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO MUNICIPIO EM SBCAMPO.
Diário
regional, 25 de Abril de 2013
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Por: Carlos Carvalho
SÃO
BERNARDO – A Câmara de São Bernardo aprovou, na sessão de ontem (24), mudança
em dois artigos do Estatuto dos Funcionários Públicos do Município, que falam sobre
o estágio probatório. Mesmo o projeto tendo o apoio do Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais e Autárquicos da cidade (Sindiserv), a bancada oposicionista se absteve da
votação, por não concordar com as mudanças.
No artigo 23, que fala sobre o período de duração do
estágio, houve aumento no tempo de dois para três anos, assim se adequando a
Constituição Federal. No artigo 24, a nova redação sujeita ao estágio
probatório o servidor que for nomeado para outro cargo, diferente daquele
em que adquiriu a estabilidade.
A bancada oposicionista reclamou sobre dois incisos do
artigo 23, que falam sobre a licença médica. O inciso 7º diz que o servidor que
tiver mais de 30 dias de licença médica terá o processo de estágio probatório
encaminhado à Divisão de Saúde do Servidor, para que uma junta médica faça uma
avaliação.
O inciso 8º fala que se for comprovada a “inaptidão para o
exercício do cargo por motivo de saúde, devidamente comprovada por junta médica
(...) poderá o servidor ser exonerado, resguardado os direitos ao contraditório
e à ampla defesa”. As mudanças foram feitas com o parecer da Procuradoria da prefeitura.
Para os vereadores Fábio Landi (PSD) e Pery Cartola (PPS), a mudança
poderia fazer com que um servidor seja exonerado mesmo que tenha uma doença
contraída fora do ambiente de trabalho. Por exemplo, caso um funcionário
público tenha um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em casa, poderia ter seu
vínculo com a prefeitura terminado.
“É
inadmissível que você não dê garantia no estágio probatório ao servidor que
ficou doente, para que faça o tratamento e não seja exonerado. No projeto não
tem essa garantia. Eu me abstive por isso, pois sou médico de carreira, desde
1995, concursado pela prefeitura e licenciado para fazer o mandado”, disse
Landi.
Boa parte da sessão foi voltada à discussão desse assunto.
Por mais de meia hora, o líder do governo, José Ferreira (PT), explicou o
projeto aos demais vereadores, mas mesmo assim a oposição se recusava a
votá-lo.
A oposição fez dois pedidos de adiamento, mas foram
rejeitados pela maioria. Na votação, dos 25 vereadores presentes, 16 foram a
favor e nove se abstiveram. Além dos seis vereadores do PPS e os dois do PSDB,
Fábio Landi também se absteve.
Inconstitucional
O líder do PPS na Câmara, Julinho Fuzari, disse que o
projeto é inconstitucional, porque não teve o parecer jurídico da Câmara. Além
disso, o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) deu parecer
contrário ao projeto. Fuzari entrará no Ministério Público e também entrará com
ação de inconstitucionalidade. Além disso, o popular-socialista não gostou do
fato de a Casa ter aprovado um projeto somente com o parecer da procuradoria da
prefeitura.
COMENTÁRIO
DO PSOL
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ESSE GOVERNO E UM GOVERNO
REACIONÁRIO QUE DESRESPEITA OS TRABALHADORES. É LAMENTÁVEL QUE O PT QUE
SEMPRE DEFENDEU OS POBRES, DOENTES E TRABALHADORES, RASGUE E JOGUE NA LATA DO
LIXO TUDO O QUE DEFENDIAM. LAMENTAMOS TAMBÉM O POSICIONAMENTO DO SINDICATO
DOS SERVIDORES, SEMPRE COLABORANDO COM A OPRESSÃO PATRONAL. COM A MUDANÇA
NO ESTATUTO DO FUNCIONALISMO, ELES TAMBÉM VÃO DESCARACTERIZANDO O ESTATUTO DO
MAGISTÉRIO APROVADO PELOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO.
PSOL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.
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