UMA ATITUDE POLICIALESCA.
O debate sobre a greve dos educadores da rede
pública estadual tem merecido por parte dos professores permanentes debates,
balaços e leituras diversas, apontando medidas urgentes contra o
comportamento sindical da direção majoritária da APEOESP, vinculada a CUT e ao
PT.
Em São Bernardo do Campo, conseguimos viabilizar as
decisões do sindicato com democracia, respeito às diferenças, sempre buscando a
unidade de ação, colocando os interesses da categoria acima das disputas internas e
partidárias. Por vezes, representes da chapa 1 distribuíam panfletos quebrando
essa dinâmica estabelecida e discutida nas reuniões do comando de greve.
No dia 9 de maio, em plenária realizada na subsede foi
aprovada a continuidade da greve e na assembleia estadual do dia 10 de maio de
2013, majoritariamente os professores da cidade votaram pela continuidade
da mesma. A votação pela manutenção da greve foi amplamente vencedora, e, numa
manobra sem precedente na história do sindicato, a presidenta declarou o
encerramento da greve, passando por cima da deliberação coletiva dos
professores, desligando o microfone, incitando os presentes, provocando revolta
generalizada.
A presidenta numa conduta divisionista e antecipando
as eleições sindicais de 2013, vem destruindo boletim assinado pela “Chapa 1
unidade pra valer” identificando e denunciando publicamente
professores e partidos políticos de forma policialesca, isentando
formalmente a ação sempre truculenta da policia militar, afirmando que
:”Militantes de grupos minoritários, como PSTU e PCO, provocam
policiais”, expressando portanto, a
uma atitude açodada e defesa cordial do
aparato de repressão policial do Governo do Estado.
Reduzir a revolta dos professores (as) às ações
pontuais do PCO e do PSTU é subestimar a capacidade critica e militante de
históricos sindicalistas, haja vista que a revolta foi generalizada, pois era
notório o descontentamento inclusive de
militantes do PT e da CUT revoltados com o comportamento da dirigente sindical.
Até mesmo as correntes políticas que defenderam o fim
da greve, não referendaram o comportamento tirânico da presidenta Maria Izabel.
Com a distribuição do boletim datado de maio de
2013, distribuído em SBC e certamente no Estado de São Paulo, por volta do dia
20/05/2013, fica evidente o condenável procedimento sindical,
delatando professores que se insurgiram contra a atitude
leviana e despótica da presidenta e da direção majoritária . Esse comportamento
deve ser repudiado pelos educadores e lutadores sociais, pois significa uma
prática politicamente condenada e historicamente sepultada pela classe
trabalhadora.
A única saída para derrotar esse “projeto sindical” é
a unidade programática da esquerda consequente e dos
professores indignados com o referido
episódio, cujo caminho a ser seguido é
a luta sem trégua por um sindicato livre, classista e independente dos
governos e dos patrões.
Quem sabe faz agora!
Aldo
Santos - Coordenador da apeoespsbc, presidente da Associação dos Professores de
Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, Presidente da APROFFIB e
militante do PSOL.
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