NO MÊS DA
CONSCIÊNCIA VAMOS DEBATER A IMPORTÂNCIA DOS QUILOMBOS E AS
REVOLTAS DOS NEGROS NO BRASIL.
O mês da consciência negra anunciado anualmente pela subsede da APEOESPSBC em comum
acordo com o espaço cultural Luiza Mahin, tem dado importante contribuição,
pois são inúmeras as unidades escolares que estão fazendo trabalhos, exposições
sobre a temática, com disposição, alegria e muita pesquisa por parte dos alunos
e professores.
A temática desenvolvida esse ano trata do importante significado sobre os
”Quilombos e as Revoltas dos negros no Brasil”, discorre sobre os fatos cruéis
da abjeta escravidão desde o período da invasão do país em 1500,aprofunda
na colonização, encontra resistência de setores organizados no império
e ainda perdura o trabalho escravo no período republicano.
São inúmeras as formas de organização e as revoltas organizadas em busca da
liberdade individual, coletiva e de classe. Existiram dezenas de quilombos no
Brasil e inúmeras revoltas, como a heroica luta dos guerreiros de
Palmares na capitania de Pernambuco, a revolta dos malês na Bahia,
o “massacre de porongos” no Rio Grande do sul, a revolta da Chibata liderada
por João Cândido no Rio de Janeiro, a revolta de Shapeville na província de Gauteng, na África do Sul, a
revolta dos Panteras Negras, na cidade de Oakland, estado da
Califórnia, Estados Unidos e tantas outras registradas
oficialmente ou não.
Infelizmente os prefeitos, governos estaduais e o governo Federal ao não
assegurar o pleno feriado no dia 20 de novembro, data em que assassinaram o
herói do povo negro Zumbi dos Palmares, tomam partido ao lado do comercio e da
indústria e se igualam aos senhores do engenho que em nome do lucro, do consumo
e do acúmulo do capital, desrespeitam e esvaziam o significado histórico,
dessa nossa luta que registra avanços, porém, do ponto de vista
programático está ameaçada por parte dos governantes neoliberais do PT
Existe um caminho longo a ser percorrido pelos educadores e pela sociedade como
um todo,haja vista que são cotidianas as práticas de preconceito, racismo
e morte precoce do povo negro em nossa sociedade .
“Em 2010, morreram no Brasil 49.932 pessoas vítimas de homicídio, ou seja, 26,2
a cada 100 mil habitantes. 70,6% das vítimas eram negras. Em 2010, 26.854
jovens entre 15 e 29 foram vítimas de homicídio, ou seja, 53,5% do total; 74,6%
dos jovens assassinados eram negros e 91,3% das vítimas de homicídio eram do
sexo masculino. Já as vítimas jovens (ente 15 e 29 anos) correspondem a 53% do
total e a diferença entre jovens brancos e negros salta de 4.807 para 12.190
homicídios, entre 2000 e 2009” (dados recolhidos do DataSUS/Ministério da Saúde
e do Mapa da Violência-2011, publicado
no correio do Brasil)
As
políticas públicas adotadas pelos governantes, na sua maioria incriminam a
pobreza, a exemplo das ações repressoras denominadas de pacificadoras que vem
ocorrendo no Rio de janeiro, a captura dos drogaditos e moradores de rua
nas cracolândias e os assassinatos da população pobre e negra como vem
ocorrendo nas matanças permanentes no Brasil e no
momento na cidade e Estado de São Paulo.
A política de higienização, internação e ou encarceramento busca eliminar
ou mitigar a estética da pobreza que na ótica dos governantes significa o
enfeiamento do produto Brasil na ciranda do mercado internacional e da
promoção imagética de um pais “prospero em ascensão”.Essa imagem contrasta com
o Brasil real, com os índices de pobreza, exclusão e falta de
oportunidades imposta pelo modo de produção capitalista .
A população negra hoje é majoritária e deve exercer seu poder de luta e exigência
de mudanças sociais com inclusão pra valer, com rebeldia na ação, rumo à
revolução e a construção do poder socialista da nossa classe.
Erguer as bandeiras históricas do
movimento negro é preciso!
Aldo Santos- Ex-vereador em SBC,
autor da primeira lei da semana da consciência negra na cidade, apresentou
projeto de lei para instituir a capoeira nas escolas,apresentou o projeto
para instituir o feriado no dia 20 de novembro no município,
Coordenador do Espaço Cultural Luiza Mahin, Coordenador da apeoespsbc,
presidente da aproffesp e militante
do Psol.
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