ORGANIZE
A SUA ESCOLA E PARTICIPE DESSE IMPORTANTE DEBATE.
Estamos
sugerindo que durante o mês de Novembro façamos o debate sobre o significado
dos Quilombos no Brasil, das revoltas dos negros escravizados nesse País e
quais as lições que podemos tirar dessas lutas de resistências ao longo da
História. Desses Quilombos o mais conhecido é o Quilombo dos Palmares, liderado
por Zumbi, assassinado em 20 de novembro de 1695. As revoltas foram várias,
porém, as mais importantes foram a revolta dos Malês e da Chibata.
Revolta dos Malês
“No ano de
1835, ocorreu em Salvador, Bahia, a Revolta dos Malês. Mas quem são os malês? A
vocábulo “male” deriva da palavra da língua ioruba “imale”. Eram
considerados malês os negros mulçumanos que resistiram e reagiram à imposição
do catolicismo, mantendo sua crença e cultura. Bastante instruídos, por vezes,
até mais do que seus senhores, os malês organizaram inúmeros levantes, o mais
conhecido é a Revolta dos Malês.
Entre os
líderes dos malês estavam Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim,
juntos, conseguiram munição, armamentos e elaboraram um plano de luta contra os
senhores, visando soltar escravos e conseguir liberdade religiosa. A batalha
aconteceu no centro de Salvador com os malês atacando subitamente uma patrulha
do exército. Porém, uma denúncia alertou sobre o início da revolta.
Na noite de 24
de janeiro de 1835, alguns malês foram cercados pela polícia na Casa de Manuel
Calafate, local onde muitos rebeldes foram mortos e presos. As autoridades
agiram com rapidez, conseguiram combater ataques aos quartéis de Salvador,
expulsando os revoltosos. Ao tentar fugir da cidade, um grupo de mais de
quinhentos malês foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água de
Meninos, onde ocorreram os combates decisivos, todos vencidos pelas forças
policiais.
Neste
confronto morreram sete integrantes da polícia e setenta malês. Aproximadamente
duzentos escravos foram detidos no Forte do Mar e julgados nos tribunais. As
condenações foram a pena de morte para os principais líderes, trabalhos
forçados, fuzilamentos e açoites.
De acordo com
o historiador João José Reis: “durante o levante, seus seguidores ocuparam as
ruas usando roupas islâmicas e amuletos contendo passagens do Alcorão, sob cuja
proteção acreditavam estar de corpo fechado contra as balas e as espadas dos
soldados”.
A Revolta dos
Malês foi controlada com rapidez, mas acabou aumentando o medo de rebeliões de
escravos em todas as províncias. O receio era de que os africanos conseguissem
sua independência, como acontecera no Haiti naquela mesma época. Isso fez com
que os senhores passassem a agir de forma mais rigorosa com os escravos e, em
Salvador, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas e de
praticar as suas cerimônias religiosas.” (Por Felipe Araújo,publicado no
ehttp://www.historiabrasileira.com/periodo-regencial/revolta-dos-males/).
A Revolta da Chibata
Essa revolta
aconteceu no dia 22 de novembro de 1910, no Rio de janeiro. Depois que o
marinheiro Marcelino Rodrigues foi açoitado com 250 chibatadas e mesmo
desmaiado continuou sendo açoitado, a revolta eclodiu. A revolta foi liderada
pelo Almirante negro João Cândido que junto aos Marinheiros organizou a revolta
contra o castigo da chibata, além de apresentar uma pauta de reivindicação.
O presidente
Hermes da Fonseca decretou o fim dos castigos, porém traiu o acordo com os
marinheiros, levando-os a prisão, a segregação e a morte por parte da repressão
dos governantes.
O nosso sindicato luta,
conquista e organiza.
São inúmeras as possibilidades de estudo em relação a luta contra a escravidão.
Podemos avaliar os aspectos geográficos, sociológicos, filosóficos, históricos
e antropológicos sobre esse vasto tema.
É nesse contexto que
a subsede da APEOESP de SBC anualmente debate e organiza os professores, alunos
e militantes interessados nessa polêmica e na luta contra a tragédia da
escravidão em nossa sociedade.
Há vários anos nossa
subsede organiza e resiste contra todas as formas de preconceito racial ainda
existente em nossa sociedade. Nossa subsede também fez parte da luta e da
conquista desde a primeira propositura sobre a semana da consciência negra em
1989, apoiando também o projeto de lei do ex-vereador professor Aldo Santos que
estabelecia o feriado no dia 20 de novembro em memória a luta histórica de
Zumbi dos Palmares, que hoje é uma realidade.
O “nosso Quilombo”
está sempre presente nas atividades do cotidiano, atento a qualquer forma de
racismo ou preconceito racial, incentivando a história e a memória da luta e
dos lutadores ainda marginalizados em nosso País.
Participe das
atividades nas escolas, compareça a nossa tradicional feijoada e venha ouvir
historiadores e militantes das nossas causas. Entre em contato com a comissão
de etnia da subsede para organizar as atividades em sua escola, bem como, para
ter acesso ao acervo de filmes e textos sobre o tema.
Organize grupos de
trabalho, confeccionem cartazes sobre o tema e compareça no dia 24 de novembro a
partir das 12 horas na EE ANTÔNIO
CAPUTO, SITO A RUA MARCÍLIO CONRADO, 280, CENTRO DO RIACHO GRADE, para saborear a
tradicional feijoada feita pelo professor Cido, acompanhada da tradicional
Congada do Parque São Bernardo, com debates e atividades culturais/musicais.
A atividade terá a
seguinte programação:
12 horas-Abertura com
representantes do Movimento negro, religiosos e culturais;
12:30 horas-
Exposição do renomado Escritor de Livros didáticos Alfredo Buolos Junior,
seguido de esclarecimentos;
13 horas- inicio da
feijoada acompanhada de músicas típicas;
14 horas-
apresentação da Congada do Parque São Bernardo(Ditinho da Congada);
15 horas-
apresentações de estudantes, professores e comunidade ( Confirmar participação
com a professora Judite Arcanjo, da Escola Estadual Célio Luiz Negrini)
16 horas-Fechamento
da atividade com o artista popular Costa Sena.
Obs. O sindicato
vai disponibilizar 300 convites da feijoada, que será dividido
proporcionalmente às forças políticas representadas no
sindicato .Para o sócio o convite será gratuito .
Coordenação da subsede da APEOESP–SBC
Comissão Anti racismo da subsede da
APEOESP-SBC
(Cido, Aldo Santos, Conceição,
Verinha, Judite, Josi, Rogélio, Vicente, Aldo Junior, Lourdes e Mazé. APOIO:
LUCIMARA E ANTONIO MONIZ)
“Zumbi vive em todo ato de liberdade
e luta em defesa dos oprimidos.”Aldo
Santos
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