segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

MINHA CASA MINHA DÍVIDA.


MINHA CASA MINHA DÍVIDA.

Com o programa da presidenta Dilma minha casa minha vida, esperava-se que grande parte da população pobre do campo e da cidade conseguissem de uma vez por todas resolver esse grave problema que é a falta de habitação popular. A falta de moradia é a face cruel do capitalismo que desagrega famílias, desestrutura a sociedade e estimula os moradores sem teto buscar novas formas  de luta para consegui-las.

O déficit de casas no Brasil ainda é muito alto, em torno de 8 milhões de moradias, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A maior parte dos trabalhadores sem casa própria, cerca de 90% recebem renda mensal de zero a três salários mínimos.O programa minha casa minha vida, considerado pelos movimentos em luta por moradia a principal política do governo ainda é deficitário. Os recursos disponibilizados são baixos (cerca de R$ 65 mil), os preços dos terrenos são altos e a relação com o banco é difícil. (publicado no Brasil de fato 17/01/2013,Aline Scarso)

As bravatas eleitorais sobre o fim da miséria, das políticas de bolsas e políticas compensatórias pouco tem avançado na solução do problema habitacional.

Este segmento da sociedade está condenado a barbárie, pois quando se organizam em busca de uma alternativa são esmagados  pelo governantes a serviço da  especulação imobiliária.

O acampamento Santo Dias em 2003 na cidade de SBC chegou a ter 7 mil moradores embaixo de uma lona ao lado da Anchieta, em frente a proprietária do terreno a  Wolksvagem do Brasil, foi duramente reprimido pelo governo municipal, estadual e federal. O massacre do Pinheirinho, a possível desocupação do  assentamento Milton Santos e tantos outros casos sociais são exemplos  da falta  de programa habitacional, transformados  em  pauta  da repressão policial.

As políticas dos governantes são excludentes e o percentual é bem maior do que este apresentado pelo governo federal, basta ver a cidade de São Bernardo do Campo, uma das mais ricas desse país ainda convive com um déficit habitacional de 50 mil moradias.

Na verdade os trabalhadores com carência social estão mergulhados no processo de luta de classe, vítimas do extermínio deliberado dos detentores do capital.

Este programa mesmo construindo parte da demanda necessária, fomentou a especulação imobiliária elevando os preços dos terrenos e inviabilizando grande parte das ocupações por conta do interesse imobiliário nas áreas ocupadas.Os inúmeros incêndios às favelas brasileiras compõe esse trágico quadro do avanço da especulação, combinado com o interesse  da classe política em busca de nova estética urbana para atrair novos consumidores nos eventos de natureza internacional.

É urgente que os excluídos façam sua própria rebelião antes que morram de inanição, exclusão habitacional e outras mazelas do capitalismo.

Mesmo diante das dificuldades organizativas a ação direta dos moradores em busca de soluções efetivas é fundamental na superação desse grave problema que aflige milhões de sem-terra e sem-teto pelo país afora.

Apesar das dificuldades, várias ocupações foram vitoriosas e ainda é a melhor forma de questionar a propriedade privada, combater a especulação imobiliária e conquistar efetivamente a mordia popular.

Lutar por moradia popular  e pala reforma agrária é avançar  a luta na defesa de um  o direito básico que é o direito a moradia acima do direto à propriedade.

Lutar, resistir, morar e construir é preciso!

Aldo Santos-ex-vereador em sbc, coordenador da apeoesp-sbc, presidente da aproffesp, militante do Psol.

 

 

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