sexta-feira, 22 de junho de 2012

“Debate contra a violência nas escolas”




Relato sobre o “Debate contra a violência nas escolas”




A Subsede de São Bernardo do Campo realizou no dia 16 de Junho de 2012 o Debate contra a violência nas escolas onde contou com a presença de vários professores (as) e alunos (as), em especial dos palestrantes professor Rildo G. de Oliveira, diretor da E.E. Prof.ª Luiza Collaço que abordou sobre o cotidiano da vida escolar e professor Paulo Neves, diretor estadual da APEOESP que tratou sobre o papel da violência na história.

        Pontos da palestra e do debate:




1 – Atos indisciplinares – do ponto de vista legal, podemos tomar apenas os procedimentos (punição) que constam no regimento escolar;

2 – As escolas que foram propostas ao longo da história, por exemplo, Durkeim participou do processo da reconstrução de uma nova sociedade da França tentando reduzir o poder da igreja, onde propôs uma escola pautada na disciplina;

3 – Segundo estudo feito no início do século passado o tempo máximo de concentração dos alunos era cerca de 50 minutos, mas as pesquisas mais recentes apontam que, atualmente, os alunos conseguem se concentrar em torno de 5 a 7 minutos;

4 – Observamos claramente que o modelo educacional é fordista, ou seja, fragmentado, o aluno entra em uma sala para aprender matemática, após 50 minutos passa a aprender geografia e assim consecutivamente;

5 – Precisamos fazer uma reflexão profunda e questionar sobre para que estamos preparando os alunos e qual escola queremos;

6 – A experiência implantada na E.E. Prof.ª Luiza Collaço que chegou a ter 120 candidatos da comunidade participando da eleição do conselho de escola;

7 – Existe a ausência da família, as pessoas estão sem referência familiar;

8 – O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) tipifica agressão física como ato infracional;

9 – A educação para poucos se confronta com a educação para todos, nesse contexto surgiu Paulo Freire para fazer o contraponto e insistir que a educação tem que ser para todos;

10 – Em 1991 o Brasil insere a progressão continuada que na visão do governo é a aprovação automática;

11 – Temos claramente um problema de estrutura nas escolas: não temos infraestrutura, não temos quantidade suficiente de professores;

12 – Somos o elo direto com o poder público na região (entre comunidade x estado ou prefeitura); precisamos municiar a comunidade sobre a omissão e os problemas da escola de responsabilidade do poder público;

13 – Em 2010 investiram apenas 4% do PIB em educação e, atualmente, no PNE estão discutindo em torno de 8% apontando para 10% com os recursos do Pré-Sal, porém esse investimento está previsto para 2022. Não podemos concordar que isso seja uma vitória, pelo contrário, será uma grande derrota para o projeto social. Defendemos 10% do PIB imediatamente para a educação pública.

14 – Via de regra grande parte dos problemas da sociedade refletem dentro das paredes das escolas. Não podemos nos isolar e aceitar o que a política neoliberal insere nas escolas. CONTRA A VIOLÊNCIA NA ESCOLA É A DENÚNCIA E A UNIFICAÇÃO.

15 – Temos no sindicato mais ou menos umas 10 escolas com problemas de violência como Pedra de Carvalho, Kennedy, Palmira, João Batista Bernardes, Clarice, entre outras. O problema é que uma parte deixou de fazer a luta política, vivenciamos um momento em que a maioria da militância foi absorvida pela máquina. Precisamos urgentemente nos organizarmos para a luta política.

16 – A escola é o local onde os alunos são os atores políticos e precisam reivindicar melhorias para uma classe, ou seja, atuar politicamente para transformar uma realidade.



Deliberação da plenária:




1 – Campanha “em busca de melhorias para a educação pública”, estaremos juntos com os estudantes e com os pais; Fazer adesivos: “O professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo!”;

2 – Convite aos professores Rildo e Paulo Neves para fazerem esse debate no próximo RE do dia 16 de Agosto;

3 – Convidar a Dirigente de ensino de SBC para participar do RE e apresentar as propostas da DE e do estado para erradicar a violência nas escolas;

4-Concurso público pelo para contratação de funcionários  de apoio educacional;

5 – Solicitar aos parlamentares que façam um Projeto de Lei para implementar o “Dia da família na escola”,como já acontece em outros países;

6 – Impulsionar os debates com os candidatos a prefeito e vereadores nas escolas;

7 – Estabelecer fóruns de debates no sindicato e nas escolas .

8--Retomar projetos a partir das experiências demonstradas pelo diretor expositor;

9-Democratizar as relações nas escolas  apoiando e incentivando a organização dos grêmios livres estudantis, bem como os conselhos de escolas;

10-Tratar a questão da violência como desafio educacional e não policial, implantando nas escolas as comissões de convivência e normas;

Todos esses pontos são indicativos para serem apresentados e aprovados na próxima reunião da executiva do sindicato.



Secretaria dos trabalhos.

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