Encontro do movimento negro,
dia 22 de março de 2014, a partir das 14 horas na Avenida Prestes Maia,
233, Centro de São Bernardo do Campo
Com os crescentes casos de racismo na sociedade,
principalmente nas periferias e nos campos de futebol, se faz necessário ainda
mais nossa união e organização diante desses ataques reacionários.
Nesse sentido, convidamos os negros e negras, bem como os militantes comprometidos com uma nova sociedade, para reagirmos
a este absurdo que vem acontecendo diariamente .No esporte, é comum em quase todos os jogos manifestações raciais,
com acusações a jogadores e juízes negros.
No senso comum, essa cultura esta praticamente naturalizada, e, muitas vezes, assistimos tudo isso sem esboçar ração ou indignação diante dessa abjeta imposição histórica. As leis via de regra não são
cumpridas, pois muitas vezes as autoridades policiais descaracterizam as práticas raciais, registrando boletins de ocorrência
como casos de injúria ou difamação. Nas
escolas, a lei federal não faz parte dos planejamentos escolares,
criando um grande hiato entre o que movimento reivindica e a eficácia no
cotidiano dessas questões tão relevantes e caras ao povo negro que foi
escravizado ontem, hoje, e lutamos para que em breve tenha fim.
O fim do racismo depende de ações concretas no âmbito das unidades
escolares, nas instituições governamentais, na vigilância permanente
contra toda e qualquer manifestação de preconceito racial e nos embates da luta de classe . O movimento tem
avançado com a consciência negra no mês de novembro, com a denuncia da farsa
da abolição no 13 de maio, e com a instituição do dia 21 de março como “O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e
celebra-se em 21 de março em referência ao Massacre de Sharpeville.Em 21 de março de
1960, em Joanesburgo,
na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um
protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um
cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. Porém, mesmo
tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid
abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos.Em
memória a este massacre a Organização das Nações Unidas – ONU – instituiu 21 de
março o dia Internacional de Luta contra a DiscriminaçãoRacial”(http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_contra_a_Discrimina%C3%A7%C3%A3o_Racial)
Não vamos esperar tão somente por outros e outras resolverem ou responderem sobre aquilo que é de nossa responsabilidade.
Nossa indignação e reação deve ser cotidiana e intransigente.
Nesse encontro vamos analisar os avanços e retrocesso, assim como repudiar os conceitos reacionários de uma sociedade analfabeta politicamente e reprodutora dos valores da classe dominante e escravagista.
É preciso “desintrojetar da sua consciência a consciência opressora”, como afirma Paulo Freire.
Compareça e vamos a luta sempre!
Aldo Santos, Coordenador da subsede
apeoesp-sbc,Presidente da Aproffesp e Aproffib, militante do Espaço Cultural
Luiza Mahin e do Psol
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