Planejamento partidário para 2014.
É urgente a realização de uma plenária com os militantes e instâncias instituídas interessadas em debater o processo eleitoral 2014, haja vista que o quadro eleitoral está definido do ponto de vista da frente de esquerda e do próprio Psol.
O PSTU vai manter a candidatura do companheiro José Maria, por caracterizar que a esquerda unida não terá condições de vazar o processo e as barreiras econômicas em curso onde a polarização PT,PSDB e PSB vão definir em princípio o processo eleitoral, restando ao mesmo, sua auto organização.
Em relação ao PCB, o professor Mauro Iazi, também já foi proclamado candidato a presidência pelo partido, esgotando assim qualquer possibilidade de composição. Com esses posicionamentos avança a desagregação ainda mais da esquerda consequente no brasil. Pretendem ainda com a candidatura dar mais visibilidade ao Partido que procura se organizar em nível de Brasil.
No Psol, as deliberações do 4° Congresso Nacional do Partido sacramentou a candidatura de Randolfe a presidência da república, e, portanto, cabe a gora organizar um programa consequente que avance no processo de luta e de interlocução com a classe trabalhadora.
Numa política de composição interna, os acordos indicam para vice a ex-deputada Luciana Genro, o que impossibilita abrir o dialogo para com os demais partidos do ponto de vista de eventual composição numa possível política de frente partidária no País.
Em minha opinião, existe um erro nos três legendas, uma vez que analisam o processo eleitoral com os óculos do momento, sem levar em conta as possibilidades da retomada das lutas em 2014 como aconteceu a partir de junho de 2013. Com a retomada da classe as ruas, a esquerda poderia se apresentar unida como porta voz desse imenso contingente de trabalhadores em nível nacional, dentro da estações militantes internacional. O segundo erro é que a divisão da esquerda em vários seguimentos partidários e sindicais fragiliza a disputa eleitoral, bem como a disputa sindical , dificultando e diluindo o potencial representado pela sinergia do conjunto das forças unificadas, ao mesmo tempo em que deseduca os trabalhadores e a juventude sobre a necessidade de sempre buscar a unificação de classe, uma vez que a burguesia age unida e organizada contra os famélicos do mundo.
No tocante a estratégia da TLS, devemos continuar defendendo a unidade da classe, tanto do ponto de vista sindical e partidário em base programática, para combater in loco o balcão de negócio representado pelo poder econômico que alimentam os valeriodutos das candidaturas do PT, do PSDB e do PSB no brasil.
Nesse sentido, o partido poderia ficar aberto a vice presidência para tentar dialogar como os demais partidos numa perspectiva de manter a frente de esquerda de fato e em condições de colaboração mútua e não através de práticas de adesismos dessa ou outra agremiação partidária.
Essa política de aliança deveria se repetir no tocante aos governos de estado e nas disputas ao senado pelo brasil.
A TLS deveria lançar candidaturas com viabilidade eleitoral combinando as possibilidades a saber:
a) Ter um bom desempenho no processo de disputa majoritária e proporcional, com chances concretas de vitórias em alguns lugares, precisando para isso investimento no capital humano, muita organização e organicidade para viabilizar tal projeto.
b) Mesmo que determinadas candidaturas não tenha viabilidade eleitoral nessa eleição em curso, potencializaria e projetaria de imediato candidaturas viáveis para a disputa ao executivo e legislativo municipal em 2016.
c) Combinar com as duas propostas anteriores a possibilidade de composição com mandatos atuais ou em condições de viabilidade de fato, para possibilitar a segunda opção acima descrita.
d) Todas as teses acima só teria sentido se apontasse para um planejamento de crescimento da representação da corrente no estado e no país, com um projeto que tenha inicio, meio e resultado crescente, uma vez que a disputa no partido a cada dia que passa vai ficar mais definida e delimitada do ponto de vista de viabilidade, da atuação e vivência interna.
Nesse sentido, deveríamos atacar na formação política dos quadros políticos eleitorais, viabilizar campanha financeira para dar condições efetiva para a disputa, instituir ferramentas para dar visibilidade ao projeto aprovado e centralizar nossa intervenção nos grandes centros urbanos e nas grandes cidades, sem prejuízo as demais cidades que estão fora desse raio de prioridade.
Precisamos aumentar potencial orgânico por dentro do partido com autonomia e prioridade explicita do nosso crescimento, onde as relações internas deveriam ser flexibilizadas, distensionadas e operadas com inteligência e prioridades orgânicas, focadas no fortalecimento da corrente, na expansão da mesma, na centralização burocrática com controle próprio dos nossos militantes e filiados com potencial , a curto, médio e longo prazo.
Temos observado que por décadas estamos lutando pelo socialismo, todavia não basta a vontade pessoal para que essa estratégia se concretize. Nesse sentido é fundamental fazer eventuais e pontuais composições com objetivos traçados e que assegure resultados efetivos a nosso crescimento e potencialmente a nossa organicidade.
As nossas relações não podem continuar sendo pautada por relações apenas pessoais, sem a implantação de instâncias efetivas que privilegie a organização partidária em detrimento de projetos limitados.
Resoluções aprovadas no nosso último congresso afirmaram que é fundamental nossa organização não só em nível nacional , mais também em nível internacional.
Pensar, agir, organizar e transformar é preciso!
Aldo Santos
Contribuição ao debate.
05/01/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário