... PELA VIDA GRITA A TERRA...POR DIREITOS TODOS NÓS!
O jovem movimento do grito dos excluído está na sua 14º edição e a cada ano procura contextualizar sua ação e reflexão, diante dos conflitos e da premência de solução para os mesmos. O lema de 2011 é “Pela vida grita a terra... Por direitos todos nós”.
Na prática, esse movimento é um contraponto à oficialidade da semana da independência, celebrado pelas elites governamentais no dia 7 de setembro de cada ano.
Na verdade, trata-se de um profundo debate e questionamento sobre o conceito de pátria e nação, sobre as forças das armas e a força das ideias libertárias, num embate nitidamente de classe, no qual deverá vencer a força do povo, que grita:
Por Transporte público de qualidade, sem o aumento abusivo das passagens;
Por reforma agrária e urbana, pois o déficit, só na capital paulista, é de aproximadamente dois milhões de moradias, num contingente de aproximadamente 300 mil imóveis vazios;
Contra o desvio de verbas públicas para robustecer os cofres das empreiteiras e o bolso dos cartolas, em detrimento do abandono da saúde pública, da escola pública e de investimentos sociais urgentes;
Contra os investimentos nas forças de repressão, que cada vez mais, eliminam os pobres e negros, vítimas do capitalismo e das forças opressoras a seu serviço;
Contra a morte de aproximadamente 33,5 mil jovens entre 12 e 18 anos, que segundo estimativa perderão suas vidas até 2012, vitimados pela violência;
Contra a precarização dos serviços públicos, como energia, água e esgoto, que a população paga um preço absurdo, cujos valores são questionáveis;
Contra a privatização da saúde pelo governo do Estado, que já passou 25% dos leitos para convênios particulares através das (OSS);
Contra a alimentação contaminada e envenenada por aproximadamente 5,2 litros de veneno reservado a cada brasileiro;
Pela imediata a aplicação de 10% do Produto interno bruto na educação, além de 50% dos recursos oriundos do pré-sal. (dados extraídos do panfleto distribuído pelo movimento).
Para Ari Alberti, um dos coordenadores do movimento, o grito “É uma forma de dizer que não queremos apenas ver no dia da pátria, passivamente, o desfile de soldados e armas de guerra, mas queremos participar e exigir os nossos direitos e uma sociedade igual para todos”.
Há 14 anos, o grito dos excluídos ecoa pelo Brasil, e neste ano faz uma reflexão sobre o meio ambiente e os diretos dos trabalhadores, num país em que o congresso e o governo aumentam seus salários acima de 61%, enquanto o povo brasileiro recebe a migalha de um salário mínimo de R$ 545,00, o que significa um atestado de miséria para grande parcela da população brasileira.
Embora o governo cante aos quatro cantos que está comprometido com a erradicação da pobreza, ainda existe mais de 16 milhões de pessoas na linha da mendicância. Nesse sentido é fundamental a nossa participação nos eventos organizados pelo movimento do grito dos excluídos pelo Brasil afora.
Em São Paulo, haverá um ato político às 12 horas no Monumento do Ipiranga e os excluídos devem se dirigir para lá, em busca de uma nova possibilidade real de independência do nosso país, cuja soberania se constrói com a mesa farta, saúde para todos, educação de qualidade e educadores valorizados, alimentação de qualidade e condições de igualdade para todas e todos os brasileiros.
A nossa independência só existirá com a ruptura ao atual modelo econômico, sem a subordinação ao imperialismo americano, ruptura com o pagamento dívida pública (interna e externa), e pela construção de um mundo novo, sem opressores e oprimidos.
Lutar e vencer é preciso!!!
Aldo Santos: Vereador por quatro legislaturas em São Bernardo do Campo, (1989-2004), Coordenador da APEOESP- SBC, membro do Coletivo Nacional de Filosofia e da Aproffesp, Membro da Executiva Nacional do Psol.
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