Querem silenciar a juventude, criminalizar os
movimentos sociais e obstruir o direito a informação.
A juventude brasileira mais uma vez parte para a
ofensiva na defesa intransigente dos direitos sociais, exigindo a revogação
do aumento das passagens, moralidade na política pública,
contra a corrupção nas construções das obras para a copa do mundo, além
da implícita agenda pela imediata mudança e destruição da
opressão capitalista.
A força repressora do aparato estatal se manifesta
impiedosamente, investindo contra os direitos mínimos que até a constituição
conservadora de 1988 assegura, como o direito de ir e vir ,
de livre manifestação e de se opor a degradante condição de
vida da classe trabalhadora.
A repressão é abjeta e tem gerado verdadeira comoção
na população que não suporta mais conviver com o sempre ameaçador
silêncio da ditadura. A repressão tem efeito catalisador e coeziona todo
sentimento de solidariedade aos lutadores sociais que se contrapõem a força
repressiva do Estado.
Presenciamos verdadeira guerra campal acompanhado do
espetáculo midiático que sempre toma partido ao lado dos opressores.
Até o momento contabilizam-se centenas de presos pelo
país, numa grande ofensiva pela criminalização dos lutadores sociais e dos
movimentos organizados. Pessoas são agredidas e violentadas
pela sanha da policia militar fiel cumpridora de ordens do poder constituído.
Atos e mais atos estão agendados e avança a
consciência de classe contra toda essa patifaria que há mais de 500 anos
domina nosso país.
Longe de silenciar a juventude que
vigorosamente enfrenta, resiste e aponta caminhos, mesmo causando algum
tipo de desconforto coletivo diante da ofensiva do aparato repressor do estado
capitalista, a luta e o enfrentamento revigora e aponta perspectiva
histórica de ruptura da ordem vigente , a médio e longo prazo.
Outro episódio metafórico foi o tiro no olho da
jornalista a serviço da grande imprensa, que foram alvejados com balas de
borrachas, numa espécie de tentativa de cegar e obstruir o livre direito
de registrar os fatos como eles de fato aconteceram. São “balas
planejadas e direcionadas” com objetivo claro de impedir a divulgação dos fatos
no calor dos acontecimentos. “Cegar a imprensa” por mais tendenciosa
que ela seja,é retornar ao período das trevas e de
obscurantismo, repelidos e sepultados historicamente pelos trabalhadores.
Estamos em plena ação e cada vez mais
fortalecidos pelo elevado grau de sensibilidade que vem sendo demonstrado pelos
trabalhadores em luta e pela solidariedade sempre bem vinda nesses momentos de
ebulição.
O avanço das lutas reflete o descontentamento interno
como o aumento da inflação, do preço dos alimentos, dos juros, do esgotamento
de políticas compensatórias, levando um exército de famélicos
institucionalizados a exigirem emprego e não dependência permanente das
benesses do governo, além de um basta à corrupção generalizada que tomou conta
dos poderes existentes no país.
O manifesto comunista escrito por Marx e Engels em
1848, afirma que a história da sociedade ao longo de sua existência,
inconfundivelmente expressa a efetiva e permanente luta de classe, cada vez
mais antagônica entre a burguesia e o proletariado.
Conforme podemos constatar, ler, reler e comparar, o
conteúdo do manifesto comunista continua absolutamente atualizado,
inclusive com o emblemático chamado: trabalhadores do mundo inteiro uni-vos.
Avançar
a Luta Socialista é preciso!
Aldo
Santos, coordenador da apeoesp de São Bernardo do Campo, presidente da
Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, da
APROFFIB e militante do Psol.
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