sexta-feira, 7 de junho de 2013

OS TRABALHADORES DA SAÚDE PRECISAM DE APOIO DA SOCIEDADE.

OS TRABALHADORES DA SAÚDE PRECISAM DE APOIO DA SOCIEDADE.

A greve na saúde é sempre marcada por grandes momentos e tencionamentos para quem a faz e para quem recorre e precisa do atendimento público estadual..
No final da década de 70, fundamos Associação dos funcionários do Hospital Mandaqui, na zona norte na capital. Na ocasião realizamos  a primeira greve naquele  nosocômio. Juntamente com Jurandir, Enéias, Anacleto, Duarte, Dejair, Eunice e Dr Washington, ousamos enfrentar a ditadura militar, que, embora um pouco combalida, ainda estava em plena vigência.
Naquela época, o funcionário público não podia ser sindicalizado, e, a única maneira que encontramos foi fundar a nossa Associação dos Funcionários, onde fui o primeiro presidente, e, em nível estadual, fundamos a ASSES - Associação dos Servidores da Saúde do Estado de São Paulo.
Por conta de nosso enfrentamento fomos perseguidos, porém, de cabeça erguida enfrentamos os opressores da instituição e os ditadores de plantão.  Lembro-me de uma ofensiva da ditadura, quando numa tarde em que estávamos trabalhando, uma veraneio estacionou no pátio do hospital. Pouco depois, Eu e o companheiro Anacleto Vieira da Cruz fomos notificados pela direção do Hospital que deveríamos comparecer no dia seguinte ao Departamento Estadual de Ordem Política e Social- DEOPS.
Enfrentamos os Governos de Paulo Egídio Martins, Paulo Maluf, José Maria Martins e Franco Montoro, sempre unidos e organizados.
É inegável que ao deixar de atender um paciente era algo muito doído, porém, acuados pelas condições de precariedade trabalhista e salarial, não tinha outra saída a não ser a greve por tempo indeterminado
Fui punido administrativamente  várias vezes e finalmente em 1984 me transferiram  para um pequeno centro de saúde no Heliópolis, e, em 1985, ingressei na Secretaria  Estadual de Educação, com aulas atribuídas no município de Diadema. Naquela ocasião, Diadema era um município em péssimas condições estruturais, e, as escolas estaduais também expressavam essa cruel  realidade.
Trabalhei vários anos como atendente e auxiliar de enfermagem no até então complexo Hospitalar do Mandaqui.
Toda vez que tem greve da saúde, fico sensibilizado com o sofrimento dos colegas, com a aflição dos pacientes e triste  com a ausência frequente de apoio estrutural e solidariedade de classe.
Bravamente os atuais servidores da saúde do Estado de São Paulo, representados pelo SINDSAÚDE-SP resistem contra a tentativa de estrangulamento da greve pelo governo do Estado de São Paulo.
A pauta de reivindicação  apresentada é:
Reposição de perdas salariais de 32,2%;
Vale refeição de R$ 26,22;
Prêmio de Incentivo igual para todos e transparência no uso da verba FUNDES.
Recordo-me da greve da educação em que ocupamos o plenário da assembleia legislativa , e, depois de nove dias fomos sumariamente expulsos pela tropa de choque que invadiu o prédio da assembleia legislativa do Estado de São Paulo. Esta foi a greve  mais contundente em que já participei.
      A saúde e a educação deveriam receber por parte dos governantes total atenção pelo trabalho desenvolvido junto a população pobre e carente. Infelizmente os Tucanos continuam sucateando esses setores humanamente estratégicos,  focando na privatização  uma permanente tentativa  de destruição ao atendimento público e gratuito  a população do nosso País. Coragem companheiros (as) a luta sempre vale a pena.

A LUTA MUDA A LEI!

Aldo Santos- ex-vereador em sbc, Coordenador da apeoesp-sbc, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, membro da APROFFIB  e  militante do Psol.



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