Diário regional
Sáb, 27 de Abril de 2013
-Por: Aline Melo
SÃO BERNARDO - O Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) decidiu pela
continuação da greve, que foi iniciada no último dia 19. De acordo com o
coordenador da subsede de São Bernardo Aldo Santos, cerca de 30% dos profissionais
da região aderiram a paralisação.
“Hoje (ontem, 26) reunimos mais de
30 mil professores na avenida
Paulista. O governo do Estado tem de reconhecer que o movimento é forte e ao
não negociar, continua prejudicando a população”, afirmou.
A categoria pleiteia aumento
salarial de 36,74% e a implementação de lei nacional, que prevê que 33% da
jornada de trabalho
dos professores sejam destinadas à preparação de aulas e à formação continuada.
“Na semana que vem, acreditamos que mais profissionais se juntem a nós.
Precisamos realizar um debate sério, no sentido de melhorar a escola pública”,
completou Santos.
A reportagem do Diário Regional
passou por diversas escolas estaduais na região e, segundo informações de
alunos, apenas algumas séries estão sem aulas, mas que a maioria dos
professores continua trabalhando normalmente.
Agenda política
Em nota, a Secretaria de Educação
do Estado afirmou que “é lamentável que a Apeoesp se paute por uma agenda
político-partidária sem perspectiva de responsabilidade
fiscal e orçamentária e completamente desvinculada do compromisso com o
aprendizado dos alunos, demonstrado, inclusive, por meio de propaganda que
incita pais a não deixarem os filhos irem à escola. É deplorável que os
dirigentes sindicais, além de hoje (ontem, 26) terem erguido bandeiras de
partidos políticos, busquem ampliar a baixa adesão de professores ao seu
movimento tentando provocar a ausência de estudantes.”
Segundo a pasta, a grande maioria
dos profissionais da rede estadual de ensino tem demonstrado seu empenho por um
ensino de qualidade e sua confiança
no trabalho da secretaria ao comparecer às escolas para garantir o andamento
das aulas. “Desde o dia 19, mais de 90% dos docentes trabalharam regularmente.
Nesta sexta-feira (26), os dados parciais dos períodos da manhã e da tarde
apontam que o registro de faltas teve oscilação de 4,5% do total de docentes em
relação à média diária de ausências de aproximadamente 5%”, informou a nota.
A Secretaria destacou que o governo
cumpre integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público.
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