Nota contra o Acordo Coletivo Especial
Diante
do ataque brutal que se avizinha em relação à chamada “modernização” das
condições de trabalho, a saber: em setembro de 2011, o Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC apresentou uma proposta para flexibilizar a legislação
trabalhista. Trata-se do ACE (Acordo Coletivo Especial) que se aprovado beneficiará
apenas o patronato brasileiro ao priorizar o negociado em detrimento do
legislado atacando incontestavelmente os direitos conquistados com muita luta
pelos trabalhadores(as) e garantidos pela CLT. Segundo Mario Marsillac, essa
proposta “ao invés de avançar na consolidação de direitos e na livre
organização dos trabalhadores, prega a total desregulamentação do trabalho ao
mesmo tempo em que perpetua a intervenção do Estado no movimento sindical.
(...) Outro ponto importante da tal proposta é o ataque ao sindicato de base.
Se este se recusar a celebrar o Acordo Coletivo Especial, uma entidade
superior, (federação, confederação ou central) poderá assiná-lo em seu lugar.”
Em total sintonia com a precarização das condições de trabalho, os direitos da
classe trabalhadora correm o risco de serem eliminados, especialmente, os
relacionados às garantias específicas destinadas à mulher, ou seja, tais como a
amamentação e o intervalo de descanso de 15 minutos para mulheres antes da
jornada extraordinária (artigo 384 da CLT) e todos os outros direitos
conquistados a exemplo desses descritos acima. Vendo o ataque brutal aos
diretos trabalhistas diante do que é proposto nesse projeto de legislação,
conclamamos os setores combativos da classe trabalhadora a cerrarem fileiras em
mais esta batalha contra o patronato.
TLS (Trabalhadores
na Luta Socialista)
Nenhum comentário:
Postar um comentário