PSol deve lançar 4 candidatos a prefeito no ABC
Diário regional
- Por: Fábio Sales
Horacio Neto e Aldo Santos |
Repetindo o cenário regional de 2008, o PSol pretende encabeçar chapas prefeituráveis em quatro municípios da região: Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá. Das três cidades, o partido deve optar pela bagagem eleitoral de seus quadros e repetir os mesmos nomes do pleito passado.
O lançamento de candidaturas próprias nas principais capitais e cidades do país atende à proposta da nova executiva nacional, eleita no início de dezembro, que tem como presidente, o deputado federal Ivan Valente, que deve disputar a indicação pela Prefeitura da Capital.
Antes reticente quanto a disputar novamente o pleito, o ex-vereador Ricardo Alvarez, que conquistou 7,4 mil votos em 2008, pode ser ratificado para a disputa do Paço de Santo André nos próximos dias. A direção local já sinalizou que o partido terá candidato próprio. “Não há um único militante que não defenda candidatura própria. Porém, conversaremos para se chegar a consenso e ver se é da vontade do Alvarez ser o candidato”, disse o presidente do diretório municipal, Marcelo Reina.
O dirigente acredita que Alvarez é o mais preparado para o debate da luta contra o uso das máquinas públicas e liderar o partido no processo de renovação da sigla. “Tem o diferencial na discussão sobre temas como o capitalismo causa impactos na região”, ressaltou Reina. “Sabemos que temos recursos modestos perto das máquinas federal e estadual, mas se tiver de ir para o enfrentamento em um projeto de crescimento do partido, vou para o sacrifício”, frisou Alvarez.
Questão de tempo - Na última quinta-feira (29), o diretório de São Bernardo fez avaliação da participação do partido nas próximas eleições. O ex-vereador Aldo Santos, que concorreu ao Paço em 2008 (teve 3,8 mil votos), admitiu que o anúncio da chapa própria é questão de tempo.
“Discutimos prioritaria¬men¬te nosso arco de alianças com o PSTU e PCB, para a disputa do legislativo. Porém, de qualquer forma, o PSol vai buscar, com o apoio dos movimentos organizados na sociedade, o lançamento de candidatura própria”, sintetizou.
Apesar de não confirmar oficialmente, o ex-vereador de São Caetano Horácio Neto deve ser pré-candidato ao Palácio da Cerâmica. Neto concorreu nas eleições de 2008 e conquistou 7 mil votos, fato que, em sua opinião, o credencia a nova disputa.“A ideia é fazer o raio-x mais rápido possível, para desenvolver campanha capaz de ser vitoriosa. Essa eleição será mais aberta do que a anterior”, disse.
Em Mauá, a pré-candidatura de José Silva foi oficializada no último dia 10 de dezembro. No pleito anterior, o partido foi representado por Mateus Prado, hoje no PSDB, que saiu das urnas com 5,5 mil votos.
Direção Nacional vai monitorar alianças na região
O Congresso Nacional do PSol, realizado em dezembro, determinou algumas diretrizes para a disputa das próximas eleições. Dentre as quais os municípios deverão seguir a orientação da Executiva Nacional, que avaliará caso a caso as alianças políticas e sociais que avançarem para além da Frente de Esquerda – que incluem o PSTU e PCB -, cabendo somente à instância superior a decisão final sobre concretização da ampliação do leque de aliados. O partido também sugere veto a partidos como DEM e PSDB, por divergências partidárias.
Os prováveis postulantes ao Executivo na região enfatizam que os acordos eleitoreiros devem levar em conta a adesão às propostas do programa de governo, baseado nos parâmetros da ideologia partidária, em detrimento do oferecimento de espaço em chapas ou troca de cargos.
“Se um determinado partido estiver comprometido com as propostas similares de nosso programa, como a política da reforma agrária e da defesa da mulher, o assunto será levado à Nacional e a aliança poderá ser reproduzida localmente”, disse o vice-presidente do PSol de Santo André, Ricardo Alvarez.
Para o provável postulante ao Paço de São Bernardo, Aldo Santos, a política tem virado balcão de negócio. “Política de alianças se constrói com base em relação de confiança. Procuramos estreitar laços com partidos de esquerda com programática, sem ser fisiológica e oportunista. Porque a cidade, do ponto de vista eleitoral, está acéfala”, disse.
Por outro lado, o presidente do PSol de Mauá, André Sapanos, afirmou que a tendência é disputar o pleito com chapa pura.“O diálogo com partidos não avançaram o nível da proposta. Não faremos aliança sem propósitos.” Já o membro do diretório estadual Horácio Neto analisou que alguns municípios poderão ter exceção à coligação proposta pela Nacional. “É preciso ter conivência e não cair na vala comum, ao fechar alianças sem critérios”, pontuou.
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