Demissão de trabalhadores na Scania em SBC.
Encaminhamos aos companheiros e companheiras denúncia formulada pela CSP_CONLUTAS sobre a demissão de trabalhadores na da Scania em SBC.
No dia 29 de dezembro de 2011, os trabalhadores foram surpreendidos, com a demissão de 139 trabalhadores. Esse número poderá chegar a 1000, durante o ano de 2012.
“A contradição entre o momento econômico brasileiro e o discurso da empresa é gritante. O Brasil vive situação díspar da europeia e acaba de ultrapassar a Inglaterra tornando-se a sexta maior economia do mundo. A Scania inicia, com essas demissões, um processo de exportação da crise da Europa para cá, como forma de salvar a matriz com o sacrifício dos trabalhadores de sua filial. Uma atitude inaceitável de uma empresa que remeteu lucros astronômicos para o exterior durante o crescimento econômico, e que é tratada a pão-de-ló pelo Estado brasileiro, seja pela injeção de dinheiro do governo federal ou pela doação de um terreno de 40 mil m² pela prefeitura petista de São Bernardo. Se não houver resistência, esse tipo de medida deve generalizar-se nas multinacionais do ramo automotivo, causando impacto irreparável na economia brasileira e na vida de milhares de trabalhadores.
As demissões na Scania e a cumplicidade do sindicato com a empresa apenas reforçam a certeza de que a CUT se distanciou de seus princípios classistas, tornando-se mais uma central chapa branca, não só do governo, mas das multinacionais. Por ironia do destino ou não, a CUT se vê hoje traindo os trabalhadores da Scania. Logo eles que, em 1978, começaram a greve que nortearia todo o processo de reorganização do “novo sindicalismo” e com quem a CUT deveria ter gratidão eterna.” (Beatriz Abramides, publicado em CSP - CONLUTAS,05/01/2012)
Entendemos que o governo federal deve imediatamente intervir nesse processo, para evitar que haja demissão de trabalhadores nessa e nas demais empresas do ABCD.
Esperamos que o sindicato tome partido ao lado dos trabalhadores, pois o que está em curso é apenas a ponta do iceberg da crise mundial que dá sinais concretos da sua amplitude .
Aldo Santos, Coordenador as APEOESP-SBC, presidente da aproffesp e militante do Psol.
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