terça-feira, 29 de março de 2011

TODO APOIO AOS TRABALHADORES DA LÍBIA.

Temos acompanhado pela mídia, uma avalanche de lutas políticas no norte da áfrica, como na Tunísia, Egito, Líbia e outros.

As avaliações são as mais variadas e desvairadas possíveis.De uma leitura todos comungam: estamos diante da ofensiva de países agressores que usam de todas as formas para descartar ditadores (históricos colaboradores), reagrupar e fortalecer os exércitos na política de perder os anéis para salvar os dedos, dado que o foco central é a busca incessante de mercado, cuja finalidade é o controle e domínio do petróleo e a eleição de prepostos americanos para dar consistência a cartilha dos dominantes.

Os americanos e seus asseclas estão massacrando e liquidando com as resistências no Iraque, Afeganistão e agora fortemente na Líbia. Segundo nota publicada no sitio resistir. info: “A aprovação da Resolução 1973 pelo Conselho de Segurança da ONU foi uma ruptura com o direito internacional.

Ela foi possível graças à capitulação da Rússia, da China, do Brasil e dos demais países que ali se abstiveram (a máscara "progressista" do governo Dilma caiu rapidamente).

A ONU nunca se preocupou com os palestinos massacrados em Gaza pela entidade nazi-sionista, nunca se incomodou com as ditaduras terroristas que mataram milhares de cidadãos na América Latina, nunca fez o mínimo gesto contra as ditaduras que escravizam nos emirados árabes, nada fez nem faz pelas mulheres oprimidas da Arábia Saudita, nunca disse uma palavra contra a selvageria da tropa da OTAN que massacra indefesos camponeses afegãos, nunca se manifestou contra os drones que assassinam velhos, mulheres e crianças no Paquistão.”

O que chama atenção para além da resolução e a posição do Brasil nesse episódio, foi a ousadia do Presidente Americano em decretar o ato de guerra em solo brasileiro, conforme questiona o professor de história Clovis Oliveira: “No sábado passado, Barack Obama desrespeitou a soberania do Brasil quando deliberou um ato de guerra à Líbia, no interior do Palácio do Planalto, em Brasília, a capital brasileira, em meio ao seu encontro com a Presidente Dilma Roussef, envolvendo o nosso país na agressão à Líbia.

O Brasil saiu desmoralizado deste episódio. Primeiro, porque se absteve no Conselho de Segurança da ONU, quando deveria ter votado contra a declaração de guerra à Líbia. Segundo, porque o seu Governo não manifestou a menor contrariedade com um ato de agressão a uma nação soberana, praticado dentro do nosso território, ferindo com isto a nossa própria soberania. Terceiro, porque enquanto Obama agia desta forma desrespeitosa ao Brasil, uma grande campanha de mídia percorria o país todo endeusando o Presidente norte-americano.”



Diante dessas constatações, outra medida não resta senão o veemente repúdio ao presidente Obama, a defesa inequívoca do povo Líbio que mais uma vez são massacrados pela coalizão desses países que numa ação de covardia e tentativa de “domínio absoluto”, desrespeitam o ordenamento jurídico internacional, desrespeitam a soberania dos países que avançam no processo de depuração política, rumo ao caminho revolucionário do seu povo, tentando transformar povos e civilizações em serviçais da Casa Branca.

A esquerda mundial deve rechaçar essa ação, unir forças contra o domínio do império, pois nesse contexto a destruição e domínio da Líbia representa a escravidão daquele povo que historicamente vem resistindo a todas as formas de agressão e controle estrangeiro.

O Brasil vem errando nas relações internacionais, se omitindo e se aliando na prática a essas posições políticas de realinhamento com agressores históricos da classe trabalhadora.Por vezes tentam confundir a opinião pública com notas pedindo o fim dos bombardeios e nos bastidores endossam as políticas beligerantes. Na prática, o governo está geopoliticamente definido, restando a classe trabalhadora o seu inequívoco papel de solidariedade e repulsa contra esses coveiros da humanidade.



Resistir ao Império é preciso!!!



Aldo Santos-Sindicalista, Coordenador da corrente política TLS, Presidente da Associação dos Professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, membro da executiva Nacional do Psol. (23/03/2011)



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