Sem Aldo, Psol pode ter somente chapa de vereadores.
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
Segunda-feira, 2 de abril de 2012 10:08
O Psol de São Bernardo ainda acredita que o ex-vereador Aldo Santos possa disputar a eleição municipal. Nome de consenso no partido, Aldo briga judicialmente para recuperar os direitos políticos suspensos por cinco anos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, em decorrência de processo por uso indevido de carro da Câmara em julho de 2003 - quando Aldo usou uma Kombi do Legislativo para transportar integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) durante ocupação a terreno da Volkswagen, no bairro Ferrazópolis.
Em abril de 2010, o TJ acatou recurso do Ministério Público que considerou a iniciativa como "desordem e abuso por reivindicação". Em agosto do mesmo ano, Aldo foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
O processo aguarda análise do STF (Supremo Tribunal Federal). Aldo ganhou a ação em primeira instância. No entanto, a promotoria recorreu ao TJ, que discordou do juiz de São Bernardo e condenou o ex-vereador em segunda instância.
"Acredito que posso (disputar o pleito). Não sou criminoso, o que eu fiz foi prestar solidariedade àquelas pessoas. Isso não é crime em nenhum lugar do mundo", disse Aldo.
O advogado do Psol, Horácio Neto, disse que o partido estuda medida jurídica para assegurar a ele o direito de participar do pleito. "Vamos entrar com medida urgente em Brasília para suspender esse processo,"
Em São Bernardo, o Psol cogita formar uma frente de esquerda com PCB e PSTU, possivelmente com Aldo encabeçando a chapa. Na eleição passada, quando disputou o pleito majoritário pela primeira vez, o socialista recebeu 3.806 votos (menos de 1%).
Mesmo com a baixa votação, a presidente do diretório municipal da legenda, Maria Lourdes de Souza, segue com o desejo de candidatura do partido. "Vamos até as últimas consequências. A condenação foi uma arbitrariedade", disse a dirigente.
Se mesmo com a mobilização Aldo não conseguir a candidatura, a dirigente partidária considera a possibilidade de, em último caso, o partido ter pelo menos uma chapa de candidatos a vereador para participar do processo eleitoral.
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