domingo, 28 de dezembro de 2014

UNIFICAR A ESQUERDA É PRECISO!

Com o descolamento do PT da base social e eleitoral, Lula sinaliza e busca alinhar o partido no campo da oposição como condição básica para a sobrevivência do partido pelo menos no campo eleitoral. Na prática, “lula mais uma vez pisca para a esquerda e entra para a direita”. Entendo que é urgente a construção de uma frente de esquerda com os movimentos sociais, sindicais, estudantis e populares, porém, sem o viés eleitoral embutido na proposta de lula e setores que ainda nutrem esperança estratégica com o próprio PT.
 Precisamos trilhar um caminho próprio contra os golpistas e reacionários de plantão, bem como devemos ser oposição ao governo Dilma que a cada dia aprofunda sua aliança com a clássica direita, através dos partidos da base de sustentação.
A composição do congresso e dos ministros do governo da petista Dilma Rousseff  indica que não devemos ter nem dar qualquer voto de confiança a esse governo. Ao estender  a mão para essa representação, corre-se o risco de ser arrastado também para a sustentação dessa governabilidade que a cada dia se afoga na lama da corrupção. Essa frente deve ter por base programática com as bandeiras históricas da classe trabalhadora com autonomia e independência em relação aos patrões e governos. Um bom começo deve ser nossa unidade e luta contra o aumento abusivo das passagens no inicio do ano de 2015, contra a privatização da Petrobras, bem como a intensificação da luta pela reforma agrária e urbana sob controle dos trabalhadores. Enfim, até mesmo a reforma política instrumentalizada pelo PT deve ser vista com reservas, pois eles querem uma reforma dentro da ordem burguesa, que certamente legitimará as propostas da forma petista e burguesas de governar. A reforma deve ser impulsionada pela frente de esquerda em bases programáticas de ruptura com o atual modelo de representação da política institucional. Nesse contexto, se faz necessário construir uma frente de esquerda à esquerda e não com o cento/direta que o PT majoritariamente representa.
Lutar e vencer é preciso!

Aldo Santos. Membro do comitê contra o aumento da passagem e presidente da associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo.

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