MILITANTES DO COMITÊ
CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM SÃO AGREDIDOS POR SEGURANÇAS DOS PREFEITOS
Em junho de 2013 o
segurança particular do prefeito Luiz Marinho do PT agrediu o Presidente do
Psol de Santo André, Marcelo Reina. O movimento e o partido reagiram e o
segurança do prefeito foi condenado.Mais uma vez duas militantes do movimento
social foram agredidas pelo motorista do prefeito de Diadema Lauro Michels
(PV), após reunião no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC em Santo André, na
manhã do dia 22/12/2014. “Quando o prefeito estava deixando o local,
alguns integrantes do movimento se posicionaram em frente ao carro, bloqueando
a passagem. O motorista, então, desceu do veículo e, após breve discussão,
empurrou a manifestante Virgínia Guitzel em direção à Avenida Ramiro Colleoni.
Antes de retornar ao automóvel – dessa vez no banco traseiro –, o homem agrediu
uma mulher. A GCM (Guarda Civil Municipal) de Santo André precisou intervir
para evitar tumulto.Apesar da violência, Virgínia afirmou que não faria boletim
de ocorrência. “Isso demonstra a forma como ele trata a população”,
criticou.”(Dgabc,22/12/2014)
Tanto o Marcelo Reina
quanto as duas militantes são integrantes do Comitê regional unificado contra o
aumento da passagem do ABCDMRR. Em 2013 o Psol emitiu a seguinte nota: AGRESSOR DO
“PRESIDENTE DO PSOL DE SANTO ANDRÉ FOI CONDENADO PELA JUSTIÇA
No
dia 15 de julho de 2013, o segurança particular do Prefeito municipal de São
Bernardo do Campo, Luiz Marinho, agrediu covardemente o presidente do
Psol de Santo Andre, Marcelo Reina,com um soco no nariz.Esse fato aconteceu
dentro do consórcio intermunicipal do abc, ocasião em que os prefeitos
receberam os representantes do Comitê Regional Contra o
aumento das passagem de ônibus. De forma truculenta, o segurança
particular do prefeito, Ricardo Fabiano Pereira Barreto desferiu covarde golpe
numa manifestação pacifica, além de agredir politicamente o Partido
Socialismo e Liberdade e outras entidades presentes a essa manifestação.
Em 2013 o movimento foi às ruas e obrigou
os prefeitos e outras autoridades a baixarem o preço da passagem ônibus,
impondo aos governantes importante derrota, além de exigir outras pautas
sociais de reivindicação que ainda estão em curso.
No dia da agressão, fomos ao distrito
policial em Santo André, onde foi registrado Boletim de Ocorrência contra o ato
covarde do agressor.
No dia 31 de março de 2014, em audiência na quarta vara do
Foro de Santo André, a promotora de justiça manifestou-se: “por ela foi
dito que: Restando a composição civil INFRUTÍFERA, ofereço ao autor dos fatos
RICARDO FABIANO PEREIRA BARRETO a proposta de aplicação imediata de pena
restritiva de direitos, consistente na prestação de serviços à comunidade,
durante (4) meses, por (8)oito horas semanais, o que deverá
ser feito a uma das instituições indicadas pelo juiz do local onde
o autor reside”.
Como testemunhas solidárias, estiveram no
foro, além do presidente do Psol, Marcelo Reina, Dr. Horácio Neto, O Chicão e
Aldo Santos, presidente do Psol de sbcampo.
Segundo Dr Horácio Neto, com a pena
Criminal antecipada, resta agora a ação de reparação civil, o
que deverá ser feito de imediato.
O Psol da região do ABCDMRR repudia
qualquer tipo de agressão contra quem quer que seja, e, ao mesmo tempo, repudia
o comportamento do Presidente do Consorcio intermunicipal Luiz Marinho, que,
com atitudes truculentas tenta calar o movimento e os adversários políticos da
região.
Nossa luta vai continuar ao lado do
movimento passe livre, do comitê contra o aumento da passagem e contra a
criminalização dos lutadores e movimentos sociais. Vamos estudar
inclusive a possibilidades de ingressarmos ação contra atitude também
truculenta do prefeito Luiz Marinho. Não nos calarão!”(NOTA DO
PSOL DA REGIÃO DO ABCDMRR)
Em 2013, muitos manifestantes foram
espancados, presos e torturados na região, tanto pela policia militar quanto
pela GCM. Com mais essa agressão o consórcio diz a que veio.
No diálogo com alguns prefeitos no
consórcio no dia 22 de dezembro de 2014, afirmei que nossa luta tem pelo menos
duas motivações explicitas, a saber: motivação econômica, pois o poder
aquisitivo dos trabalhadores não comportava o aumento almejado pelos
empresários e pelos prefeitos, e, se os mesmos mantivessem esse aumento,
estariam cavando a própria sepultura política na próxima eleição em 2016. A
luta pelo passe livre na região tem cerca de 25 anos de acúmulo e mesmo a
concessão do passe livre escolar não é uma dádiva dos prefeitos e sim uma
conquista parcial desse movimento em luta.Essa conquista parcial anima o
movimento para continuar lutando pelo passe livre estudantil rumo a tarifa
zero, pois o direito a educação, a saúde, ao transporte e a habitação é
obrigação do Estado e a estatização é imperativa na manutenção desses direitos.
A luta vai continuar e o
movimento não se intimidará diante da truculência dos prefeitos com seus
aparatos de guerra contra os trabalhadores e estudantes.
Avançar a luta pelo passe livre rumo a tarifa
zero é preciso!
Aldo Santos-Membro do
comitê regional contra o aumento da passagem, Presidente da Associação dos
Professores e Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo.
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