quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

MILITANTES DO COMITÊ CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM SÃO AGREDIDOS POR SEGURANÇAS DOS PREFEITOS

MILITANTES DO COMITÊ CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM SÃO AGREDIDOS POR SEGURANÇAS DOS PREFEITOS

Em junho de 2013 o segurança particular do prefeito Luiz Marinho do PT agrediu o Presidente do Psol de Santo André, Marcelo Reina. O  movimento e o partido reagiram e o segurança do prefeito foi condenado.Mais uma vez duas militantes do movimento social foram agredidas pelo motorista do prefeito de Diadema Lauro Michels (PV), após reunião no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC em Santo André, na manhã do dia  22/12/2014. “Quando o prefeito estava deixando o local, alguns integrantes do movimento se posicionaram em frente ao carro, bloqueando a passagem. O motorista, então, desceu do veículo e, após breve discussão, empurrou a manifestante Virgínia Guitzel em direção à Avenida Ramiro Colleoni. Antes de retornar ao automóvel – dessa vez no banco traseiro –, o homem agrediu uma mulher. A GCM (Guarda Civil Municipal) de Santo André precisou intervir para evitar tumulto.Apesar da violência, Virgínia afirmou que não faria boletim de ocorrência. “Isso demonstra a forma como ele trata a população”, criticou.”(Dgabc,22/12/2014)
Tanto o Marcelo Reina quanto as duas militantes são integrantes do Comitê regional unificado contra o aumento da passagem do ABCDMRR. Em 2013 o Psol emitiu a seguinte nota: AGRESSOR DO “PRESIDENTE DO PSOL DE SANTO ANDRÉ FOI CONDENADO PELA JUSTIÇA
                                            No dia 15 de julho de 2013, o segurança particular do Prefeito municipal de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, agrediu covardemente o  presidente do Psol de Santo Andre, Marcelo Reina,com um soco no nariz.Esse fato aconteceu dentro do consórcio intermunicipal do abc, ocasião em que os prefeitos  receberam os  representantes   do Comitê Regional Contra o aumento das  passagem de ônibus.  De forma truculenta, o segurança particular do prefeito, Ricardo Fabiano Pereira Barreto desferiu covarde golpe numa manifestação pacifica, além de  agredir politicamente o Partido Socialismo e Liberdade e outras entidades presentes a essa manifestação.
Em 2013 o movimento foi às ruas e obrigou os prefeitos e outras autoridades a baixarem o preço da passagem ônibus, impondo aos governantes importante derrota, além de exigir outras  pautas sociais de reivindicação  que ainda estão em curso.
 No dia da agressão, fomos ao distrito policial em Santo André, onde foi registrado Boletim de Ocorrência contra o ato covarde do agressor.
No dia 31 de março de 2014, em audiência na quarta vara  do  Foro de Santo André, a promotora de justiça manifestou-se: “por ela foi dito que: Restando a composição civil INFRUTÍFERA, ofereço ao autor dos fatos  RICARDO FABIANO PEREIRA BARRETO a proposta de aplicação imediata  de pena restritiva de direitos, consistente na prestação de serviços à comunidade, durante  (4) meses, por  (8)oito horas semanais, o que deverá  ser feito a uma das instituições  indicadas pelo juiz  do local onde o autor reside”.
Como testemunhas solidárias, estiveram no foro, além do presidente do Psol, Marcelo Reina, Dr. Horácio Neto, O Chicão e Aldo Santos, presidente do Psol de sbcampo.
Segundo Dr Horácio Neto, com a pena Criminal antecipada, resta agora a   ação  de reparação civil, o que deverá ser feito de imediato.
O Psol da região do ABCDMRR repudia qualquer tipo de agressão contra quem quer que seja, e, ao mesmo tempo, repudia o comportamento do Presidente do Consorcio intermunicipal Luiz Marinho, que, com atitudes truculentas tenta calar o movimento e os adversários políticos da região.
Nossa luta vai continuar ao lado do movimento passe livre, do comitê contra o aumento da passagem e contra a criminalização dos lutadores e movimentos sociais.  Vamos estudar inclusive a possibilidades  de ingressarmos ação contra atitude também truculenta do prefeito Luiz Marinho. Não nos calarão!”(NOTA DO PSOL DA REGIÃO DO ABCDMRR)
Em 2013, muitos manifestantes foram espancados, presos e torturados na região, tanto pela policia militar quanto pela GCM. Com mais essa agressão o consórcio diz a que veio.
No diálogo com alguns prefeitos no consórcio no dia 22 de dezembro de 2014, afirmei que nossa luta tem pelo menos duas motivações explicitas, a saber: motivação econômica, pois o poder aquisitivo dos trabalhadores não comportava o aumento almejado pelos empresários e pelos prefeitos, e, se os mesmos mantivessem esse aumento, estariam cavando a própria sepultura política na próxima eleição em 2016. A luta pelo passe livre na região tem cerca de 25 anos de acúmulo e mesmo a concessão do passe livre escolar não é uma dádiva dos prefeitos e sim  uma conquista parcial desse movimento em luta.Essa conquista parcial anima o movimento para continuar lutando pelo passe livre estudantil rumo a tarifa zero, pois o direito a educação, a saúde, ao transporte e a habitação é obrigação do Estado  e a estatização é imperativa na manutenção desses direitos.
A luta vai continuar e o movimento não se intimidará diante da truculência dos prefeitos com seus aparatos de guerra contra os trabalhadores e estudantes.

Avançar a luta pelo passe livre rumo a tarifa zero é preciso!

Aldo Santos-Membro do comitê regional contra o aumento da passagem, Presidente da Associação dos Professores e Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo.





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