BOLETIM DA ASSESSORIA COMUNICAÇÃO ALDO SANTOS FEDERAL 5065
Vejam o vínculo das grandes empresas e bancos com os partidos e os
políticos da Classe Dominante.
PARA ACABAR COM A BANDALHEIRA É PSOL e ALDO SANTOS NELES!
Doações de campanha somam R$ 1 bi
José Roberto de Toledo, Rodrigo Burgarelli e Daniel Bramatti
Os 19 maiores financiadores de
campanha respondem por metade do valor doado até agora por empresas e
indivíduos na eleição deste ano. As contas de partidos, comitês e candidaturas
em todo o País receberam desses 19 grupos privados R$ 522 milhões do total de R$
1,040 bilhão vindo de contribuições de pessoas físicas e jurídicas até agora.
Esses valores são todos de origem
privada e calculados após levantamento que elimina distorções ou eventuais
erros cometidos pelas candidaturas. Somando-se o que vem do Fundo Partidário,
cuja origem são recursos públicos, o dinheiro que circulou até agora nas
campanhas supera R$ 1,138 bilhão. E isso é só o começo. O montante de R$ 1,040
bilhão refere-se ao que foi declarado por candidatos a presidente, governador,
senador e deputado federal e estadual ou distrital até 6 de setembro. Como se
trata de uma prestação de contas parcial, não é possível comparar com o que foi
arrecadado na eleição de quatro anos atrás.
A concentração das doações é
significativa. São quase 29 mil doadores até agora, mas 2 de cada 3 reais
arrecadados pelas campanhas vieram dos 100 maiores doadores. Sozinho, o maior
deles, o Grupo JBS, doou até agora R$ 113 milhões, ou 11% do total doado. Dona
de marcas como Friboi, Swift e Bertin, o grupo tem outras empresas que também
doaram, como Seara e Flora Higiene-Limpeza.
O PT foi o partido que mais recebeu
da JBS: R$ 28,8 milhões - ou 1 de cada 4 reais doado pela empresa. O PSD ficou
em segundo lugar, com R$ 16 milhões, e o PMDB, em terceiro, com R$ 14 milhões.
Entre todos os candidatos, a maior beneficiada pelas doações da JBS foi a
presidente Dilma Rousseff.
O setor de alimentação tem uma outra
grande doadora. O grupo Ambev - dono de marcas como Brahma, Antarctica e Skol -
aparece em quarto lugar no ranking, com R$ 41,5 milhões doados. O dinheiro foi
recebido principalmente por candidatos e comitês do PMDB (R$ 12 milhões), PT
(R$ 11 milhões) e PSDB (R$ 8 milhões). O setor financeiro tem duas das 10
maiores doadoras. O grupo Bradesco está em sexto, somando R$ 30 milhões em
contribuições vindas de empresas como Bradesco Vida e Previdência, Bradesco
Saúde e Bradesco Capitalização, entre outras. O conglomerado deu, até agora, R$
9,4 milhões para o PSD, R$ 8,7 milhões para o PT, R$ 6,7 milhões para o PMDB e
R$ 5,2 milhões para o PSDB.
O banco BTG Pactual e sua
administradora de recursos doaram R$ 17 milhões e estão em décimo lugar na
classificação geral. PT e PMDB foram os beneficiários de quase 80% desse
dinheiro.
O protagonismo desses dois bancos e a
atuação de outras empresas do setor que costumam colaborar financeiramente com
as campanhas políticas não chega a superar o destaque das empreiteiras na lista
de doações para partidos, comitês e candidaturas. Juntas, as construtoras
contribuíram com quase R$ 300 milhões, ou 30% do total arrecadado até agora.
Dos dez maiores doadores da atual
campanha, cinco são grupos empresariais que tiveram origem no ramo da
construção. São os casos da OAS (2.º maior), Andrade Gutierrez (5.º lugar), UTC
Engenharia (7.º), Queiroz Galvão (8.º) e Odebrecht (9.º). Os valores foram
agregados por grupo econômico e incluem subsidiárias de outros setores, como
energia.
Segunda colocada no ranking dos
maiores contribuintes com os políticos, a Construtora OAS acumula R$ 66,8
milhões em doações. O PT ficou com quase metade desse dinheiro, ou R$ 32
milhões. O restante foi dividido entre PMDB, PSDB e PSB, entre outras legendas.
A Andrade Gutierrez doou R$ 33
milhões, divididos quase que exclusivamente entre PT (R$ 16 milhões) e PSDB (R$
13 milhões). A UTC deu R$ 29 milhões (R$ 13 milhões para petistas), a Queiroz
Galvão doou R$ 25 milhões (PMDB recebeu R$ 7 milhões), e o grupo Odebrecht, R$
23 milhões, principalmente para PT, PSDB e DEM. O terceiro maior doador é do
setor de mineração. O grupo Vale doou cerca de R$ 53 milhões até agora, por
meio de uma série de empresas. Dois partidos se destacam entre os beneficiários
de suas doações: PMDB (R$ 20,6 milhões) e PT (R$ 14,5 milhões). As informações
são do jornal O Estado de S.
Paulo.
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